domingo, 16 de junho de 2013

A direita tenebrosa

Uma excelente análise de Valquer Bicalho que merecer ser lida e discutida como sugeriu a companheira MLuiza Vieira


A direita tenebrosa que estava recolhida nas profundezas, não está morta, e ri !

O Brasil tem a uma década, um governo diferente de tudo que era de 500 anos para cá. Mesmo com velho mundo em crise econômica e social profunda, o país anda firme, avança socialmente e economicamente.
Mas, reconstruir é difícil, sempre vai ter aquele tempo de maturação, de negociação com os contrários para avançar. Tenta andar no ritmo que o país precisa o governo, avançar mais ainda na construção de um país justo, avançar socialmente e estruturalmente. Tem o apoio popular que legitima por três eleições esse mesmo governo. Os direitos estabelecidos na constituição caminham juntos e precisam ser observados, nem sempre permite avançar no ritmo que o governo quer e precisa.


Contra esse governo, uma oposição quase apeada do poder em 2002. Oposição eleitoralmente frágil, mas que por trás das cortinas é poderosa. Tem o dinheiro, e por consequência a mídia, parte do parlamento e parte do judiciário, ou seja, o poder estabelecido a mais de 500 anos ainda ocupa praticamente toda a estrutura do Estado, ainda tem inclusive boa parte do governo executivo.


No meio de tudo isso, temos o povo com suas várias demandas a serem atendidas. Também os movimentos sociais forjados nas grandes cidades. Cidades que, devido ao êxodo rural com fluxo intenso desde 1970 até a pouco se tornaram grandes e caóticas metrópoles. Movimentos sociais vindos da periferia das grandes cidades, de uma grande massa social com um potencial eleitoral enorme e que está a décadas abandonada pelo estado, sem os instrumentos públicos mínimos necessários, massa sempre explorada e chamada ao voto pelos cabos eleitorais do neocoronelismo, a cada eleição, e sempre frustrada em suas demandas.


Esse grupo social tem pressa em suas demandas. As forças derrotadas em 2002 tem necessidade de achar um flanco aberto do governo para atacá-lo. Tentou de várias formas sem sucesso até agora.


E eis que surge no horizonte, as manifestações contrárias aos aumento do preço das passagens para transporte público em São Paulo. Metrô e trem de responsabilidade do governo estadual, (governo de oposição ao governo federal) e ônibus de responsabilidade da prefeitura, essa governada por um mais que aliado do governo federal, mas sim do mesmo partido.


Em que pese o plano de governo do novo prefeito contemplar uma busca de solução para o caótico transporte público, este autorizou o aumento mesmo abaixo da inflação nas tarifas de ônibus. O que deflagrou as manifestações do MPL – Movimento pelo Passe Livre, um movimento social justo, mas pouco conhecido até agora, até mesmo por paulistas.


De imediato as forças conservadoras viram a oportunidade de finalmente ferir o governo federal nesse flanco aberto. Procurou através de sua grande mídia amiga e serviçal de sempre (TV e Jornais), insuflar os movimentos legítimos dando eles a visibilidade que não tinham, com infiltração e estímulo a violência na maior capital do país. Claro que estes movimentos sociais, recebendo exposição na mídia que nunca tiveram, alimentados por sérios , mas, equivocados intelectuais de esquerda, e , também por pseudo intelectuais ávidos por aparecerem como seus guias, foram á luta.


O governador de oposição que comanda a força militar manda reprimir duramente, até jornalistas que trabalham na cobertura das manifestações sentem na pele o peso da repressão.


A grande mídia conta a história que lhe interessa, joga a culpa no prefeito e livra a cara do governador , chega a elogiar sua postura repressiva, e conta que o grande público compre a sua história
O prefeito em vez de dialogar de imediato com o movimento, demora a conversar, felizmente parece que caiu em si. Parece marcou-se data para negociação.


O governo federal que sempre tem os intermediários certos para conversar com os vários e conhecidos movimentos sociais pelo país afora, dessa vez tem um desastrado ministro da justiça que em vez de dialogar, alia-se a conversa que interessa ao governador repressor, dono da polícia que continua baixando o pau nos manifestantes.


Assim os oportunistas eleitoreiros de sempre já manifestam apoio com vista a ganhar uma beirada na visibilidade das manifestações.


E a #direitona? Bem e a direita tenebrosa que estava recolhida nas profundezas, não está morta, e ri. Sabe que se a coisa ficar fora de controle sempre tem os lacerdistas de plantão para chamar a sociedade mais retrógrada ao grito de: " pátria, família e propriedade " . Que os “gênios” sigam em frente. ..... 

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