sexta-feira, 16 de outubro de 2015

HIPOCRISIA



Eu só queria entender a cabeça de alguém , que odeia e fala mal de uma pessoa. Diz que não suporta nem olhar nos olhos dela. Porém... nas ocasiões que precisa de seus favores finge que é super amiga. 


Quer dizer ... ela usa esta pessoa pra atender seus interesses ...mesmo o odiando. 



E ainda usa a religião pra justificar sua hipocrisia. 

Não consigo conviver com este tipo de pessoa. Juro, gostaria de entender a mente de um ser humano assim. O mundo infelizmente está repleto de pessoas hipócritas. As pessoas fazem e dizem coisas para mostrarem que são bondosas e caridosas, mas na verdade são enganadoras e falsas.

Existe um ditado que diz:
“Quer conhecer uma pessoa? Então não escute que os outros dizem dela; escute o que ela diz dos outros.

Como escreveu Chico Buarque
“Eu vou virar artista
Ficar famosa, falar inglês
Autografar com as unhas
Eu vou, nas costas do meu freguês"

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO... MEU QUERIDO.


(Os fabricantes de Frankensteins)
Por : Francisco Costa

 
















Anteontem, um motorista e segurança da Câmara dos Deputados agrediu a um deputado, de 67 anos, e o colocou no hospital.

A princípio, por princípio, desaprovo, sou contra, é covardia um homem novo, forte, praticante de lutas, agredir um velho.

Mas algumas coisas me levam a esperar mais, para emitir um juízo político com mais convicção, por alguns motivos: o deputado, Takayama (PSC), é pastor, da tropa de choque de Eduardo Cunha, Magno Malta e Marco Feliciano, pessoas agressivas; os que assistiram a briga afirmam que foi por causa de manobras de carros, na porta do Congresso, que Nakayama gritou com o motorista, este respondeu com uma ofensa e, a partir daí Nakayama, certamente por ser autoridade ou já ter idade, se sentir impune, agrediu primeiro, tornando-se vítima do revide; o senador Delcídio Amaral (PT-MS) emitiu nota defendendo o motorista e a oposição caiu de pau no senador, o que aponta para uma história mal contada e que precisa ser esclarecida.

Mais um indício de que há alguma coisa estranha é que o deputado não formalizou queixa à polícia, mas, como o Estatuto do Idoso preconiza que agressão a idoso é crime de âmbito público, Eduardo Cunha fez a denúncia, indiciando o motorista.

Corta!

Velório do ex deputado, ex senador, ex governador, ex presidente da Petrobrás, ex ministro e ex presidente do PT, uma voz combativa e altamente patriótica, sem que sobre ele nunca houvesse dúvidas quanto à honestidade, na vida pública ou particular, ficha limpíssima: um bando de celerados, já identificados, de famílias ricas e católicas praticantes, nas imediações de onde acontecia o velório, gritando ofensas ao parentes do morto, à memória do morto e espalhando panfletos, afirmando que petista bom é petista morto.

Desrespeito a cerimônias fúnebres também é crime previsto no Código Penal.

E nenhuma voz da oposição, para desautorizar a “atitude heróica” dos manifestantes.
Ficarei nestes dois casos, mas poderia citar dezenas, talvez centenas, de outros mais, semelhantes ou assemelhados, mas ficarei nestes, o bastante.

Estive no velório de Edson Luis, secundarista assassinado pela ditadura, enquanto almoçava, no refeitório estudantil do Calabouço, no Rio, quando militares invadiram de surpresa, atirando a esmo, para intimidar os estudantes, em 1968, e houve ódio, mas nem tanto como agora.

Estive na passeata dos cem mil, havia ódio contra o militares, mas não tanto ódio como agora, de todos contra todos.

Estive nas manifestações da frustração pela reprovação da Emenda Dante de Oliveira, que restabelecia as eleições diretas, e havia ódio, mas não como agora.

Nunca vi tamanha radicalização emocional, tanto passionalismo político, ou, melhor, vi sem compreender: a minha paquidérmica memória registra que na morte de Getúlio vi muita gente chorando, inclusive dentro de minha casa, a começar por meu pai, muita gente aturdida, a começar por minha mãe, e o espocar de fogos, muitos fogos de artifício, sem que até hoje eu tenha entendido se de homenagem a Getúlio ou comemoração da oposição conservadora, fascista, corrupta, golpista, como a de 64 e de agora, afinal, eu só tinha 4 anos.

Mas esta situação não é natural, foi plantada, planejadamente cultivada, pela mídia, pelas religiões, com pastores demonizando o que é só humano, com padres fascistas divinizando o que é cesariano, nas igrejas, com professores e médicos, líderes naturais, sobre as mentes alheias, incitando ao ódio, os discursos e declarações levianas e descompromissadas de lideranças vazias, a começar pelo Sr. Aécio Neves, do qual os cariocas têm a imagem de um jovem alternando surf, drogas e detenções policiais, por arruaças, chegando à política na sombra de um cadáver, do avô, sem que tenha mudado.

As conseqüências estão aí, mas, como quem com ferro fere... O ódio já chegou na porta do Congresso Nacional, onde um velho deputado, pastor, autoridade política e religiosa, foi agredido.
Breve estará lá dentro, na fonte do ódio.

As conseqüências estão aí, quando já não se respeita a memória de mortos, o dor dos parentes dos mortos e se tripudia até sobre a morte, evidenciando a vulgarização da morte, pelos fanáticos fabricados, os robôs movidos a ódio, frankensteins contemporâneos.

Só que o romance Frankenstein, de Mary Shelley, bem desnudou a alma humana: os anormais, os produtos da maldade e do equívoco sempre se voltam contra os seus criadores, ou, como afirmou Friederich Nietzche, na monumental obra Assim Falava Zaratustra, “Mal corresponde ao mestre o que nunca passa de discípulo”.

Fizeram bons alunos, e se querem uma Síria aqui, sabemos todos quais serão os alvos primeiros e preferenciais, e se arrependerão do que fizeram, se tiverem tempo.



Macaé, RJ, 07/10/2015.