quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Pano de fundo da operação Lava Jato


Por Malu Aires 

"Se a Lava Jata e seus operadores não estão montando um esquema de desvio de investigações, um esquema pra lavar a grana suja dos maiores saqueadores da República, não vejo outra explicação pra essa palhaçada.

"Depois de pôr em liberdade todos os ex-diretores da Petrobras que roubaram a empresa por mais de 20 anos, engordando caixas dos partidos PSDB, PMDB e PP, operadores que já confessaram em juízo seus crimes, já devolveram, inclusive, parte do que foi roubado, outra parte, descoberta, até por autoridades estrangeiras... criminosos que receberam prêmios em dinheiro, depois de "presos"...
Me diga o que o time que já soltou Youssef um dia, que já engavetou todas as provas e contas secretas dos desvios bilionários do Banestado, pretende?
Querem Lula?

Mas Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC? Não. Este era o Aécio.

Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef? Não. Este era o Álvaro Dias.

Lula foi o cara que montou o esquema dentro da Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e

Delcídio? Não. Este era o FHC.

Lula é o amigo do banqueiro André Esteves? Não. Este era o Aécio, de novo.

Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena? Não. Este é o Serra. Aquele que a Lava Jato apresenta com discreta tarja preta pra imprensa.

Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação? Não. Este é o Cunha.

Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles? Não. Este também é o Cunha.
Se a Lava Jata e seus operadores não estão montando um esquema de desvio de investigações, um esquema pra lavar a grana suja dos maiores saqueadores da República, não vejo outra explicação pra essa palhaçada.

Não, meus amigos... eles não querem acabar com o PT ou se vingar do melhor governo que este país já mereceu. Isso é consequência que, se vier, brindarão com champanhe em algum endereço chique de Brasília ou Higienópolis. Querem é limpar a barra dos parceiros do crime que pretendia vender a Petrobras mais barato que a Vale, desmontar nosso esquema de defesa militar e colocar este país num caos político que alimentasse um caos social, um caos econômico e um desgaste internacional, sem precedentes. Isto sim, valeria um grande brinde. E prêmio ainda mais vergonhoso que este aí.'

Desigualdade Social


Desigualdade Social


A desigualdade social, chamada muitas vezes de desigualdade econômica, é um problema social presente em todos os países do mundo, decorrente da má distribuição de renda e, ademais, pela falta de investimento na área social.

No geral, a desigualdade social ocorre, nos países chamados subdesenvolvidos ou não desenvolvidos, mediante falta de uma educação de qualidade, de melhores oportunidades no mercado de trabalho, e também da dificuldade de acesso aos bens culturais, históricos pela maior parte da população. Em outras palavras, a maioria fica a mercê de uma minoria que detém os recursos, o que gera as desigualdades.

Estudos afirmam que a desigualdade social surgiu com o capitalismo, ou seja, o sistema econômico que passa a perpetrar a ideia de acumulação de capital e de propriedade privada; ao mesmo tempo que incita o princípio da maior competição e o nível das pessoas baseados no capital e no consumo.
Mesmo que o país nos últimos anos tenha apresentado uma diminuição da pobreza, o nível de desigualdade social no Brasil ainda é muito notório. Veja o quanto em: Desigualdade Social no Brasil.


Desigualdade Social no Mundo

Por ser um problema que atinge todos os lugares, a desigualdade social existe nos diferentes continentes, países, regiões, estados e cidades. Entretanto, há lugares em que os problemas são mais evidentes como, por exemplo, nos países africanos, os quais estão entre os mais desiguais do mundo.

Causas da Desigualdade Social

Má distribuição de renda
Má administração dos recursos
Lógica do mercado capitalista (consumo, mais-valia)
Falta de investimento nas áreas sociais, culturais, saúde e educação
Falta de oportunidades de trabalho
Corrupção

Consequências da Desigualdade Social

Pobreza, miséria e favelização
Fome, desnutrição e mortalidade infantil,
Aumento das taxas de desemprego
Diferentes classes sociais
Marginalização de parte da sociedade
Atraso no progresso da economia do país
Aumento dos índices de violência e criminalidade

Tipos de Desigualdades

Desigualdade econômica: desigualdade entre a distribuição de renda.
Desigualdade racial: desigualdade entre as raças: negro, branco, amarelo, pardo.
Desigualdade regional: desigualdade entre regiões, cidades e estados.
Desigualdade de Gênero: desigualdade entre os sexos (homens e mulheres).

Curiosidades

Segundo a ONU, o Brasil é o oitavo país com o maior índice de desigualdade social e econômica do mundo.

O "Coeficiente de Gini" é uma medida utilizada para mensurar o nível de desigualdade dos países segundo renda, pobreza e educação.
Na União Europeia, o país que apresenta maior desigualdade social é Portugal.
Os países com menor desigualdade social são: Noruega, Japão e Suécia.

Os países que apresentam maiores desigualdades sociais são do continente africano: Namíbia, Lesoto e Serra Leoa.

Fonte : http://www.todamateria.com.br/desigualdade-social/

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Mulheres


Por Helena Ferreira.



Não existe mulher que "dá" no primeiro encontro

Existe mulher que faz sexo quando está com vontade.

Ela não te "deu"

Ela nunca te pertenceu

Então não venha com essa de "ela deu pra mim"

Porque na verdade, ela não foi sua.

Ela não conta primeiro, segundo ou terceiro encontro

Ela valoriza os momentos

Ela valoriza as conversas

Os sorrisos

Os olhares

Ela valoriza aquilo que desperta vontade

Aquilo que desperta tesão em viver.

Se ela fez SEXO com você

É porque ela quis.

Não pense que ela faz sexo com todos

Ou pense se quiser

Até porque isso não é da sua conta.

Você não "comeu" ela

Ela ainda está inteira

Ainda ri de coisas bobas na TV

Ainda lê um livro antes de dormir

Ainda sai com suas amigas no sábado a noite

E almoça na casa dos pais no domingo.

Você não "comeu" ela

Porque gente não se come

Se sente.

Ela não saiu por aí gritando para todos

O quanto a transa de vocês foi ruim

Ou o quanto você foi grosso com ela

Ela não precisa dividir isso com ninguém

Então porque você precisa?
Pra se sentir mais "macho" ?
Pra se sentir mais "homem"?

Não cara

Ela não é metade do que você pensa

Ela é tão extraordinária

Que nem cabe dentro dos seus pensamentos.

Ela não te ligou

E ela não estava esperando você ligar

Ela não precisa da sua aprovação

Ela não precisa saber se foi bom pra você

Porque se tiver sido bom para ela

Ela vai fazer acontecer de novo.

Não, ela não estava bêbada

Nem drogada

Ela fez porque quis

Porque tava afim.

Quando ela se arrumou naquela noite

Ela já sabia que seria pra enlouquecer

Ou enlouquecer alguém

E pode ter certeza que você não a enlouqueceu.

Você não ganhou ela na sua conversa fiada

Ela foi porque tava afim

Porque ela te escolheu.

Não saia por aí dizendo que você a ganhou

E que você ganha a hora que quiser.

Ela não te viu como um pedaço de carne

Ela não enxerga ninguém assim

Ela gosta de conexões

Nem que seja só por uma noite

Ela gosta de se sentir ligada a alma de alguém

De sentir o calor

De olhar nos olhos

De sentir prazer físico e emocional

E se ela tiver te achado vazio demais

Não vai rolar de novo.

Você pode rezar

Implorar

Mandar flores

Ela é decidida

Tem personalidade forte.

E no dia em que ela se casar

Vai ser com um cara de muita sorte

Porque de todas as conexões

Aquela terá sido a mais forte

Ele terá sido a alma que ela escolheu

E os dois serão eternamente enlouquecidos

Um pelo outro.
E você?
Ah cara,

Você vai continuar perdendo tempo

Falando por aí das mulheres que você acha que comeu

Vai continuar perdendo tempo achando que ganhou alguém

Você vai acabar sozinho

Porque nunca soube se conectar


Nunca soube sentir a alma de alguém.".

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Pessoas resilientes

8 características das pessoas resilientes



“O que é mole é mais resistente do que é duro; 
a água é mais forte do que a rocha, 
o amor é mais forte que a violência”
– Herman Hesse –
Por que Herman Hesse pensou que o que é mole é mais forte ou resistente do que aquilo que se mostra duro ou rígido? Se agora analisarmos cuidadosamente esta frase do escritor suíço poderíamos concluir que ele estava se referindo à resiliência.
A resiliência é a capacidade que todos temos de nos adaptar e enfrentar as situações menos favoráveis. Um conceito bem conhecido da psicologia, mas pouco explorado pelo ser humano em geral.
resiliência é uma ferramenta que todos os seres vivos tem à sua disposição, ainda que de formas diferentes.
É uma chave com a qual é possível enfrentar os tempos ruins e sobreviver. Uma invenção maravilhosa da natureza graças à qual, mesmo esticando muito a corda das nossas emoções, não chegamos a rompê-la.
Contudo, parece haver pessoas para as quais resistir ou enfrentar os momentos ruins é mais fácil. Ou talvez o esforço seja o mesmo, mas a atitude seja diferente.
A resiliência é parte de um mecanismo complexo influenciado por muitos outros fatores, como a atitude que adotamos frente a um problema. Talvez por isso algumas pessoas pareçam enfrentar de uma forma diferente, com mais facilidade, as situações conflitantes ou desagradáveis.
Flor crescendo em meio à adversidade
Depois de várias pesquisas da psicologia moderna, chegou-se à conclusão de que estas são as características das pessoas resilientes:

1. São capazes de detectar a causa dos problemas



As pessoas resilientes colocam em prática as estratégias necessárias para evitar que a situação problemática aconteça de novo. Isto também implica fazer uma autoanálise, já que às vezes o detonador do conflito não vem de fora, e sim do próprio interior.

2. Sabem lidar com suas emoções



As pessoas resilientes são capazes de administrar seus pensamentos, já que toda emoção parte deles. Pensamos, logo sentimos.
As pessoas resilientes controlam seus pensamentos para não se deixarem levar pelos que têm uma carga negativa e que, no fim, têm a capacidade de produzir emoções negativas.

3. Mantêm a calma em situações de muita pressão



Todos atravessamos momentos difíceis ao longo da vida e o importante é saber manter a calma quando estes aparecem. As pessoas resilientes são capazes de estar centradas e tranquilas quando estão em situações de caos e confusão momentânea.

4. São realistas




Muito se fala sobre o otimismo, mas de forma errada, criando uma ideia geral de que ser positivo implica negar certos aspectos da realidade que são inevitáveis e estão presentes na vida de muitas pessoas.
Ser realista mas sempre esperar o melhor é melhor forma de descrever o otimismopróprio das pessoas resilientes.

5. Confiam em si mesmas



As pessoas resilientes sabem do seu valor e da sua competência para superar as adversidades.
O que dizemos a nós mesmos é o que acaba formando a nossa realidade, portanto se acreditamos que somos capazes de superar um obstáculo, certamente este será superado.
Pessoas resilientes

6. São empáticas



As pessoas com maior capacidade de enfrentar os problemas de uma forma corretasabem ler as emoções dos outros, compreender o que acontece ao seu redor e agir adequadamente.

7. São capazes de motivar a si mesmas



Nem todas as pessoas são iguais. Algumas se motivam pelos desafios e outras pelas oportunidades de mudança.
As pessoas resilientes sabem encontrar novas formas de obter satisfação na vida.Mantêm a motivação sempre alta e são capazes de detectar e atrair coisas positivas para as suas vidas.

8. Não se perguntam “por quê”, e sim “como”




Uma das características chave das pessoas que tendem a se derrubar facilmente frente aos problemas é que se deixam levar por pensamentos de censura, e constantemente questionam por que a situação negativa foi acontecer justamente com eles.
Concentram-se no “por que”, ao contrário das pessoas resilientes, que usam a sua energia para entender como podem lidar ou sair dessa situação conflitante.

Você é uma pessoa resiliente?



Se depois de ler estas características das pessoas resilientes você acha que não é uma delas, é importante ter em mente que a resiliência está presente em todas as pessoas.
Se você começar a olhar as coisas de outra perspectiva, os problemas começarão a ter menos aparência de dramas e mais de desafios que, dependendo das circunstâncias, você poderá inclusive aproveitar.
A chave? A vontade de mudar.

FONTE: http://amenteemaravilhosa.com/8-caracteristicas-das-pessoas-resilientes/

domingo, 24 de janeiro de 2016

Sorriso Amarelo

Por Paulo César PCO



Não sei o que soa mais falso: As promessas de um político ou os elogios de um rico.


Alguns militantes de direita compartilharam nas redes sociais o caso de um homem de origem humilde que em função de muito trabalho e alguma sorte se deu bem ao arriscar-se como empresário… Até ai tudo ok, se não fosse por um detalhe, a postagem vinha acompanhada dos seguintes dizeres: “Veja pessoal, este merece aplausos! Venceu sem ajuda do governo!”

Ao reconhecer que ele merece aplausos (e a esquerda também reconhece) a direita se contradiz, pois, ao elogiá-lo, automaticamente ela acaba também por reconhecer o quanto é difícil para uma pessoa de origem humilde vencer na vida, dificuldade que esta mesma direita em outras ocasiões insiste em chamar de “frescura”, “exagero”, “vitimismo” etc.

E se reconhece o quanto é difícil para um pobre vencer na vida, fica a pergunta: Por que ao contrário da esquerda, ela sempre critica programas sociais destinados a dar uma ajuda aos pobres e vítimas de preconceito em geral???

Inclusive seu alvo favorito são as cotas raciais. Segundo ela é “vergonhoso” um negro aceitar as cotas em questão. Vale lembrar que em algumas ocasiões militantes de direita chegaram ao cúmulo de sugerir que o governo privatizasse a educação, ou seja, quem tem dinheiro se forma, quem não tem que se exploda. O mais contraditório, no entanto, é que esta mesma direita não acha “vergonhoso” a mãozinha que o congresso vem tentando dar ao grande empresariado com projetos de lei prejudiciais aos trabalhadores (vide PL 4330).

A direita não quer realmente a ascensão dos pobres, basta, por exemplo, conferir no site da Câmara e do Senado que todos os projetos anti-pobres são de autoria de políticos de direita.

Para esta quadrilha, o pobre se quiser vencer que vença, desde que sem a ajuda do governo, em outras palavras; sem a ajuda dos impostos que todos pagamos. Mas o que esta direita (filhinhos de papai em sua maioria) se “esquece”, é que a riqueza que ela ostenta só se sustenta por meio da exploração.

É no mínimo mau-caratismo achar “normal” explorar os trabalhadores ao passo em que critica os que recebem ajuda do governo.

Ora! Já não basta os pobres pagarem mais impostos do que os ricos? Aliás, se pagam mais, nada mais justo que tenham sim um leque de programas sociais à sua disposição (assim como há nos países mais ricos e mais pobres que o Brasil).

A burguesia deseja os pobres menos dependentes do Estado e mais dependentes do mercado, só assim ela poderá se dar ao luxo de voltar a decidir qual a “hora certa” de ajudá-los e qual entre eles merece ser “agraciado” pelos restos que caem da sua mesa.

Numa sociedade menos egoísta, ao invés dos ricos pregarem que milhões de pobres se matem de tanto trabalhar a troco de nada, e destes só meia dúzia vença na vida, eles estariam é lutando por um mundo onde não fosse mais preciso tanto sofrimento.

Numa sociedade menos injusta, estaríamos todos lutando por um mundo onde não só meia dúzia vença, mas por um mundo onde todos tenham as mesmas oportunidades de vencer.

Mas, a questão é que historicamente os burgueses sempre tiveram medo dos pobres terem chance de ficar em pé de igualdade com eles. Por isso sonham que o Brasil volte a ser como antes de Lula se tornar presidente e democratizar a educação, o pobre sempre na condição de subalterno e com oportunidades ridículas de ascensão profissional.

Talvez esteja na hora do Estado lançar um desafio: Se é para os pobres se virarem sem nenhuma ajuda estatal e passarem a acreditar na tal “mão invisível do mercado”, que o mercado triplique o salário deles.

Se é para os pobres abrirem mão desta ajuda, que os ricos abram mão de explorá-los, muito simples. Aí sim, poderíamos dizer que vivemos numa legítima meritocracia, pois, nada mais hipócrita do que uma classe enaltecer a meritocracia estando em vantagem em relação à outra.

Chega a me dar ânsia de vômito ao ver filhinho de papai fingindo não saber que se aquele pobre sofreu tanto para vencer, sofreu basicamente porque os seus antepassados foram explorados pelos antepassados destes mesmos filhinhos de papai que hoje o elogiam.

Os elogios destes filhinhos de papai são tão suspeitos quanto as promessas dos políticos por eles financiados… Ainda mais quando percebemos que eles usam estes casos isolados (de pobres que venceram) como cortina de fumaça para desviar nossa atenção dos outros milhões que continuam na merda por mais que se matem de trabalhar para eles.


Fonte: http://www.ligiadeslandes.com.br/20/01/2016/sorriso-amarelo/

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

O complexo de vira-latas dos brasileiros!

Estudante britânico comenta o complexo de vira-latas dos brasileiros
por Adam Smith, estudante de Oxford e blogueiro da BBC



"O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo". Estudante de Oxford em estadia no Brasil comenta o complexo de vira-latas dos brasileiros e diz considerar deprimente o endeusamento de alguns aos Estados Unidos como modelo de sociedade
Estudante da Universidade de Oxford diz que brasileiros exageram na rejeição ao Brasil. “Ao mesmo tempo em que existe um exagero na idealização dos americanos, existe um exagero na rejeição ao Brasil pelos próprios brasileiros” (imagem ilustrativa)
Pouco depois de chegar a São Paulo, fui a uma loja na Vila Madalena comprar um violão. O atendente, notando meu sotaque, perguntou de onde eu era. Quando respondi “de Londres”, veio um grande sorriso de aprovação. Devolvi a pergunta e ele respondeu: ‘sou deste país sofrido aqui’.

Fiquei surpreso. Eu – como vários gringos que conheço que ficaram um tempo no Brasil – adoro o país pela cultura e pelo povo, apesar dos problemas. E que país não tem problemas? O Brasil tem uma reputação invejável no exterior, mas os brasileiros, às vezes, parecem ser cegos para tudo exceto o lado negativo. Frustração e ódio da própria cultura foram coisas que senti bastante e me surpreenderam durante meus 6 meses no Brasil. Sei que há problemas, mas será que não há também exagero (no sentido apartidário da discussão)?

Tem uma expressão brasileira, frequentemente mencionada, que parece resumir essa questão: complexo de vira-lata. A frase tem origem na derrota desastrosa do Brasil nas mãos da seleção uruguaia no Maracanã, na final da Copa de 1950. Foi usada por Nelson Rodrigues para descrever “a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo”.

E, por todo lado, percebi o que gradualmente comecei a enxergar como o aspecto mais ‘sofrido’ deste país: a combinação do abandono de tudo brasileiro, e veneração, principalmente, de tudo americano. É um processo que parece estrangular a identidade brasileira.

Sei que é complicado generalizar e que minha estada no Brasil não me torna um especialista, mas isso pode ser visto nos shoppings, clones dos ‘malls’ dos Estados Unidos, com aquele microclima de consumismo frígido e lojas com nomes em inglês e onde mesmo liquidação vira ‘sale’. Pode ser sentido na comida. Neste “país tropical” tão fértil e com tantos produtos maravilhosos, é mais fácil achar hot dog e hambúrguer do que tapioca nas ruas. Pode ser ouvido na música americana que toca nos carros, lojas e bares no berço do Samba e da Bossa Nova.

Pode ser visto também no estilo das pessoas na rua. Para mim, uma das coisas mais lindas do Brasil é a mistura das raças. Mas, em Sampa, vi brasileiras com cabelo loiro descolorido por toda a parte. Para mim (aliás, tenho orgulho de ser mulato e afro-britânico), dá pena ver o esforço das brasileiras em criar uma aparência caucasiana.
Acabei concluindo que, na metrópole financeira que é São Paulo, onde o status depende do tamanho da carteira e da versão de iPhone que se exibe, a importância do dinheiro é simplesmente mais uma, embora a mais perniciosa, importação americana. As duas irmãs chamadas Exclusividade e Desigualdade caminham de mãos dadas pelas ruas paulistanas. E o Brasil tem tantas outras formas de riqueza que parece não exaltar…

Um dos meus alunos de inglês, que trabalha em uma grande empresa brasileira, não parava de falar sobre a América do Norte. Idealizou os Estados Unidos e Canadá de tal forma que os olhos dele brilhavam cada vez que mencionava algo desses países. Sempre que eu falava de algo que curti no Brasil, ele retrucava depreciando o país e dando algum exemplo (subjetivo) de como a América do Norte era muito melhor.

O Brasil está passando por um período difícil e, para muitos brasileiros com quem falei sobre os problemas, a solução ideal seria ir embora, abandonar este país para viver um idealizado sonho americano. Acho esta solução deprimente. Não tenho remédio para os problemas do Brasil, obviamente, mas não consigo me desfazer da impressão de que, talvez, se os brasileiros tivessem um pouco mais orgulho da própria identidade, este país ficaria ainda mais incrível. Se há insatisfação, não faz mais sentido tentar melhorar o sistema?


Destaco aqui o que vejo como um uma segunda colonização do Brasil, a colonização cultural pelos Estados Unidos, ao lado do complexo de vira-latas porque, na minha opinião, além de andarem juntos, ao mesmo tempo em que existe um exagero na idealização dos americanos, existe um exagero na rejeição ao Brasil pelos próprios brasileiros. É preciso lutar contra o complexo de vira-latas. Uma divertida, porém inspiradora, lição veio de um vendedor em Ipanema. 

Quando pedi para ele botar um pouco mais de ‘pinga’ na caipirinha, ele respondeu: “Claro, (mermão) meu irmão. A miséria tá aqui não!” Viva a alma brasileira!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Religião

Seis motivos por que a religião faz mal para a sociedade
Publicado na Salon.


Em 2010, o sociólogo Phil Zuckerman publicou o livro “A Sociedade sem Deus: O que as nações menos religiosas podem nos dizer sobre o Contentamento”. Zuckerman alinhou provas de que as sociedades menos religiosas tendem também a ser as mais pacíficas, prósperas e justas, com políticas públicas que ajudam as pessoas a florescer, enquanto diminuem o desespero e a gula econômica.

Podemos discutir se a prosperidade e a paz levam as pessoas a ser menos religiosas ou vice-versa. Na verdade, as evidências apóiam a visão de que a religião prospera com a ansiedade existencial. Mas, mesmo se este for o caso, há boas razões para suspeitar que a ligação entre religião e sociedades com problemas vai nos dois sentidos. Aqui estão seis indicativos de que religiões fazem com que seja mais difícil alcançar a prosperidade pacífica.

1. A religião promove o tribalismo. Infiel, selvagem, herege. A religião divide entre conhecedores e estranhos. Ao invés de boas intenções, os adeptos muitas vezes são ensinados a tratar estranhos com desconfiança. “Não vos ponhais em jugo desigual com incrédulos”, diz a Bíblia cristã. “Eles querem que você não creia como eles não creem, e então vocês serão iguais; portanto, não sejais amigos deles “, diz o Alcorão (Sura 4:91).

Na melhor das hipóteses, ensinamentos como esses desencorajam ou mesmo proíbem os tipos de amizade e casamentos mistos que ajudam clãs e tribos a passarem a fazer parte de um todo maior. Na pior das hipóteses, os forasteiros são vistos como inimigos de Deus e da bondade, potenciais agentes de Satanás, sem moralidade e não confiáveis. Os crentes podem se amontoar, antecipando o martírio. Quando tensões latentes entram em erupção, sociedades se dividem com falhas sectárias.

2. A religião ancora crentes à Idade do Ferro. Concubinas, encantamentos mágicos, povo escolhido, apedrejamentos… A Idade do Ferro foi uma época de superstição galopante, ignorância, desigualdade, racismo, misoginia e violência. A escravidão tinha sanção de Deus. Mulheres e crianças foram literalmente posses dos homens. Pessoas desesperadas sacrificavam animais, produtos agrícolas, e os soldados inimigos organizavam holocaustos com o objetivo de apaziguar os deuses.

Os textos sagrados, incluindo a Bíblia, a Torá e o Alcorão, preservaram e protegeram os fragmentos da cultura da Idade do Ferro, colocando o nome de Deus para endossar alguns dos piores impulsos humanos. Qualquer crente que queira desculpar o seu próprio temperamento, senso de superioridade, belicismo, intolerância ou destruição planetária pode encontrar validação nos escritos que afirmam ser de autoria de Deus.

Hoje, a consciência moral da humanidade está evoluindo, fundamentada em uma compreensão cada vez mais profunda e mais ampla da Regra de Ouro. Mas muitos crentes conservadores não podem avançar. Eles estão ancorados à Idade do Ferro. Isto os coloca contra as mudanças em uma batalha interminável que consome energia e atrasa a resolução criativa de problemas.

3. A religião faz da fé uma virtude. Confie e obedeça pois não há maneira de ser feliz sem Jesus. O Senhor opera de formas misteriosas, dizem os pastores a pessoas abaladas por um câncer no cérebro ou um tsunami. A fé é uma virtude.

Como a ciência ganhar o território que já foi da religião, crenças religiosas tradicionais exigem cada vez maiores defesas mentais contra informações ameaçadoras. Para ficar forte, a religião treina os crentes para a prática do auto-engano, afastando evidências contraditórias. Esta abordagem se infiltra em outras partes da vida. O governo, em particular, torna-se uma luta entre ideologias, em vez de uma busca para descobrir entre soluções práticas, baseadas em evidências que promovam o bem-estar.

4. A religião desvia impulsos generosos e boas intenções. Sentiu-se triste sobre o Haiti? Doe para nossa mega-igreja. Grades campanhas em tempos de crise, felizmente, não são a norma, mas a religião redireciona a generosidade a fim de perpetuar a própria religião. Pessoas generosas são incentivadas a dar dinheiro para promover a própria igreja, em vez de o bem-estar geral. A cada ano, milhares de missionários atiram-se ao duro trabalho de salvar almas em vez de salvar vidas ou salvar o nosso sistema de suporte de vida planetária. O seu trabalho, livre de impostos, engole capital financeiro e humano.

Os judeus ortodoxos gastam dinheiro em perucas para mulheres. Os pais evangélicos, forçado a escolher entre a justiça e o amor, chutam adolescentes gays para a rua.

5. A religião promove a inação. O que há de ser, será. Confia em Deus. Todos já ouvimos essas frases, mas às vezes não reconhecemos a profunda relação entre religiosidade e resignação. Nas maioria das seitas conservadores do judaísmo, cristianismo e islamismo, as mulheres são vistas como mais virtuosas se deixarem Deus gerir o seu planejamento familiar. As secas, a pobreza e o câncer são atribuídos à vontade de Deus, em vez de às decisões erradas; fieis esperam que Deus resolva os problemas que eles poderiam resolver por si próprios.

Essa atitude prejudica a sociedade em geral, bem como os indivíduos. Quando as maiores religiões de hoje surgiram, as pessoas comuns tinham pouco poder de mudar as estruturas sociais, quer através da inovação tecnológica ou da defesa. Viver bem e fazer o bem, em grande parte, eram assuntos pessoais. Quando essa mentalidade persiste, a religião inspira piedade pessoal sem responsabilidade social. Os problemas estruturais podem ser ignorados, enquanto o crente é gentil com amigos e familiares e generoso para com a comunidade tribal de crentes.

6. As religiões buscam o poder. As religiões são instituições criadas pelo homem, assim como empresas com fins lucrativos. E, como qualquer empresa, para sobreviver e crescer uma religião precisa encontrar uma maneira de construir poder e riqueza e competir por participação de mercado. Hinduísmo, Budismo, Cristianismo, qualquer grande instituição religiosa duradoura é tão especialista nisso como a Coca-cola ou a Chevron. E estão dispostos a exercer seu poder e riqueza no serviço de auto-perpetuação, ainda que prejudiquem a sociedade em geral.

Na verdade, prejudicar a sociedade pode realmente ser parte da estratégia de sobrevivência da religião. Nas palavras do sociólogo Phil Zuckerman e do pesquisador Gregory Paul, “nem uma única democracia avançada que goza de condições sócio-econômicas benignas mantém um alto nível de religiosidade popular.” Quando as pessoas se sentem prósperas e seguras, a dependência da religião diminui.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Parabéns Daniel



Parabéns meu filho quero desejar a você muitos anos de vida muito amor, paz, saúde e perseverança para lidar com os obstáculos da vida.
Tenho muito orgulho de você, que Deus abençoe cada passo que você der e que siga lhe  orientando em suas escolhas e decisões e lhe  protegendo a todo instante.
Feliz aniversário! Celebre com muita alegria este dia que é só seu.

Agradeço  a Deus pela sua vida e lembrar que você foi o melhor presente que Ele poderia me dar. Conte comigo para lhe  proteger ,para cuidar de você .Eu  sempre estarei ao seu lado.

Beijos da sua mãe que muito lhe ama! 

Cansei de ser chata!




"Crescer é aceitar que os defeitos são peças indispensáveis no guarda-roupa e, felizmente, nunca saem de moda. 
Eu gosto de errar. 
Sinto o cheiro e gosto dos meus erros e simpatizo com eles. 
O certinho me causa desconfiança. 
Antipatizo com o correto. 
Prefiro a minha infelicidade com flashes de felicidade momentânea...
Esperar não é para mim.
Produzo teorias que não servirão para nada.
Invento palavras que não existem, faço meu próprio dicionário.
Crio definições que só eu uso e, ainda por cima, me mato de rir. Prefiro a minha insanidade com flashes de sanidade instantânea...
O que presta é o que me interessa.
O que eu quero, agarro.
O que eu desejo, abraço.
O que eu sonho, desenho.
O que eu imagino, escrevo.
O que eu sinto, escondo.
A perfeição está no meu humor.
Está na minha emoção.
Está nas minhas linhas tortas e devaneios tolos.
Nem sempre minhas ações condizem com as minhas palavras.
"Me conheça. Me decifre. Me ame. Me devore" (AD)