quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Tatu subiu no pau

Aldir Blanc , compositor desnuda o  FHC:
Não, Fernandinho. Nunca se apurou tanto.


Nunca se apurou e se prendeu tanto, o que não acontece quando os criminosos pertencem à tucanagem
O gatuno e atiçador dos cães assassinos da ditadura militar J. M. Marin foi preso na Suíça. Por que não aqui? A resposta cabe à Polícia Federal, Receita e outros órgãos complacentes diante da corrupção de direita. J. Hawilla, da Traffic (que não se perca pelo nome), também está entre os envolvidos e já foi confessando geral. Só no caso dele, a roubalheira pode chegar, por baixo, a quase meio bilhão de reais. Será que os outros membros dessa quadrilha de trafficantes serão presos no Brasil?
Aos 68 anos, vi a tal foto que vale por mil, ou bilhões de palavras: no evento de 1º de Maio da Força (faz força, Paulinho, que a sujeira sai!), quase abraçadinhos sob o pé do flamboayant, Dudu Cucunha e Anéscio Neves, o canibal do avô, cochichavam. Cucunha enfiou o indicador da mão direita na deep narina, enquanto fazia Aócio rir feito Mutley, o cachorro do Dick Vigarista. A chopeidança primou pelos discursos que pediam a cabeça da Dilma. Por isso, um dos seus aliados estava lá, quase osculando o Abóstulo do Terceiro Turno. De vomitar. Aócio chamou Dilma de covarde por ter evitado pronunciamento na telinha. Está exercendo seu direito de livre expressão em uma democracia. Minha opinião é diferente: covarde é marmanjo que, entupido de pó, bate em mulher.

Outra frase jocosa foi de FHC I e II: “Nunca se roubou tanto nesse país”. Não, Fernandinho. Nunca se apurou e se prendeu tanto, o que não acontece quando os criminosos pertencem à tucanagem. Taí o mensalão do Azeredo, 20 anos de esbórnia nos trens metropolitanos de São Paulo, escândalos nas privatizações selvagens etc. que não me deixam mentir. Empreiteiros corruptos estão sendo soltos. Banqueiro condenado a 21 anos de cadeia tem a sentença anulada, todos em casa, aliviados, preparando o próximo golpe. A balança da Cegueta precisa de um ajuste fiscal...
O cenário pornopolítico foi dominado pelo massacre dos professores no Paraná. Depois do “prendo e arrebento”, temos Bato Racha, vulgo Beto 9.9 em violência na escala Richa. Bato Racha levou nove dias para se arrepender, e com a frase mais — desculpem, não há outra palavra — escrota que pode brotar da boca de um covarde: “Machucou mais a mim...” O perdigoto não agradou, Racha deu ré e agora aprova de novo a pancadaria sanguinolenta, balas na cara, bombas, pitbulls... Foi um tremendo rasgo na Cortina de Penas do bom-mocismo tucano. Eles são aquilo mesmo. Bato Racha mandou fitas para jornalistas comprovarem a ação de “elementos infiltrados” no protesto. Ninguém encontrou um único agente provocador. Bato Racha é também um deslavado mentiroso.
Estão soltas no pedaço as feras do CCE (Comando de Caça aos Esquerdistas). Parecia que o senadô Lulu Menopausa Nunes dedaria sem luva a próstata do Fachin, em plena sabatina. Dez horas de humilhação. Mas vento que venta pra lá... Uma delação premiada saiu pela culatra: propinas para caixa 2 na reeleição de Bato Racha. Não invadiram a casa do espancador para apreender obras de arte. Afinal, convenhamos, são todos “artistas” medíocres.
Por Aldir Blanc , compositor

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Cabeça de coxinha que sofre lavagem do PIG


Por Francisco Costa
Macaé, RJ, 10/11/2015.


Fuii jantar,a pouco. Melhor, fui distrair o estômago, e tem uma casa que faz um churrasquinho no espeto de primeira, cadeiras e mesas na calçada.

Chego e o assunto reinante é o interminável chororô de está uma merda.

Peço um espetinho de alcatra com molho e guaraná natural, sento-me, para esperar, me irritando cada vez mais com o que ouço, a alienação coxesca em grau máximo, até que vem a gota d’água:

- Se não tirarem a Dilma não sei aonde vamos parar, tem que tirar essa mulher.

É muito para a minha parca e superficial paciência, solto a voz:
- Tirar a Dilma porque, meu amigo?
- Não está vendo essa roubalheira, o país parando, as empresas demitindo?

Como falei alto, em tom intimidatório, há silêncio.
- Mas não é que eu concordo com o amigo? Você tá certo! A roubalheira está terrível, o país está parando, as empresas estão demitindo.

Há sorrisos de concordância.
- Vamos começar pela roubalheira: se tirarem a Dilma, quem sobe?

Ninguém responde.
- A turma do Aécio Neves, Serra, Eduardo Cunha, Aloysio Nunes... Zé Serra tem dezoito processos por corrupção, Cunha, vinte e dois processos por corrupção, só esses dois juntos são quarenta processos por corrupção. Alguém aí pode me dizer quantos processos Lula e Dilma têm, juntos?

É o silêncio, até que uma vozinha ousa:
- Vai dizer que não roubam?
- Lembram do mensalão? Fuçaram a vida da mulher toda, fuçaram a vida do Lula toda. Agora a mesma coisa na Lava Jato, não pegaram nada. Vocês acham que a polícia federal, Joaquim Barbosa e Moro são otários e Dilma e Lula são espertos ou acham que nesse jogo só tem espertos e se não pegaram nada é porque não tem? Lula e Dilma não têm processo nenhum.
É ladrão querendo pegar a Dilma ou a ladra Dilma querendo pegar os honestos?

Já ouviram falar da operação Zelotes? Dezenove bi de rombo, só empresário poderoso: banco, mineradora, operadora de telefone, siderúrgica... Tudo sonegador ladrão, querem derrubar a Dilma.
Já ouviram falar no banco HSBC, esse que o Eduardo Cunha tem quatro contas? São oito mil contas iguais as dele, a maioria aberta na época do FHC, nas privatizações, tão lembrados? Os donos dessas contas todas querem derrubar a Dilma.

Sabem porque a gente tá na merda? Porque tem um rombo de caixa de cem bilhões. É muito? Os empresários devem quinhentos bilhões de impostos, vocês acham que eles querem derrubar a Dilma para pagar ou para não pagar? Os do HSBC e da Zelotes querem derrubar a Dilma para se prenderem ou para não serem presos?

Vamos nos tocar, amigos!
E aparece logo o coxa mestre, o que vai ser o pato da hora:
- E porque essa bronca da Dilma, menos de dez por cento vai com a cara da mulher?
- Vocês sabiam dessas coisas que falei?

Silêncio.
- Sabem porque? Porque a única fonte de informações da maioria aqui é o Jornal Nacional, não deu lá não existe, deu é porque é verdade.

Acontece que a Globo deve quase um bilhão de impostos, vocês acham que ela quer pagar ou quer ir no embalo dos outros?

E aí foi a vez do dono do negócio:
- Todo mundo tem bronca dela.
- Meu amigo, sabe porque eu como aqui? O teu estabelecimento é limpo, a carne é macia e gostosa e o preço é bom. Agora imagina que eu fosse o dono da maior rádio aqui da cidade e não gostasse de você, que passasse o dia todo dizendo que o teu estabelecimento é sujo, a carne é dura, o preço é caro, o atendimento é péssimo... Eu ia te levantar ou te derrubar?
- Derrubar.
- Então faz de conta que você é a Dilma e eu sou a Globo. Entendeu?
- Agora a situação braba! As empresas estão mandando embora? Estão, eu não sou cego, estou escutando, estou vendo uma porrada de placas de aluga-se, nas lojas e nas casas, mas vamos ver o motivo, para tudo tem uma explicação.

Acho que quem mais está sentindo isso é vocês, sabe por quê? Vocês estão em Macaé, a capital brasileira do petróleo, e a Petrobras está passando por um aperto, e por quê?
Incompetência da direção da empresa? Não!
Roubalheira? Não!
Culpa da Dilma? Não!
Acontece que os americanos precisam do petróleo do PreSal, aqui, pertinho da gente, precisa do petróleo da Venezuela e de quebra precisa quebrar a China, o Irã e a Rússia, e o que fizeram, mandaram a Arábia Saudita, que é a maior produtora mundial de petróleo, encharcar o mundo de petróleo, para os preços caírem e arrebentarem com a Petrobrás e as estatais de petróleo da China, Rússia, Irã e Venezuela, arrastando o mundo todo.
A Petrobras ficou na merda? A Esso também, a Shell também, a Chevron também... Todo mundo no vermelho. E o que vocês queriam, que a Dilma fosse lá dar porrada no Obama? Que a gente declarasse guerra aos Estados Unidos?

Meu churrasco chegou, galera, vou alimentar os meus vermes (risos), outra hora a gente conversa mais.
Sentei-me e fiquei ouvindo: “aí o cara tá certo”, “quem sabe, sabe”, “culpado é a gente mesmo, que vota nesses filhos da puta”...

Terminei de comer, paguei e:
- Boa noite, galera. Desculpem-me aí por falar alto, é que agente fica nervoso, vendo os amigos tomando veneno pensando que a dor de cabeça vai passar.

Um se pronuncia, tímido:
- O senhor é petista?
- Sou brasileiro, como todo mundo aqui, só que procuro me informar, e digo pra vocês, com toda a sinceridade: se a merda está começando a feder, ainda dá pra Dilma fazer a faxina. Agora, sem o PT a fedentina vai ser geral, nós vamos ter saudade do dia de hoje. Boa noite.
Responderam-me e vim embora. A discussão deles continuou.

Carta Aberta a FHC

Theotonio dos Santos e a Carta Aberta a FHC: uma das manifestações públicas mais demolidoras da nossa história política recente

 

Meu caro Fernando,

Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960.


A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação.Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população.

Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000). Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você…

Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação.

Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada pais apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário. No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos.

TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO.

E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar. E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”.

ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE?

Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese? Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.

Segundo mito – Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade.

E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava.

Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.

Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição os 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID.

Tudo isto sem nenhuma garantia. Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações.

A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.

Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional.

Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista.

E dessa política vocês estão fora. Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.

Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço.

Fonte:http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/carta-aberta-fhc-theotonio-santos-historia.html