segunda-feira, 16 de junho de 2014

Consultório médico e o encontro com "COXINHAS"



Ao chegar a sala de espera de quase todos os consultórios  , a gente encontra a televisão sempre ligada na Rede Boba e um monte de revista VEJA.
Nesta consulta a cardiologista não foi diferente.Sento e para  não perder o vicio ,sintonizo o celular no face e twitter.
Rindo das  noticias tipo , tucanos criam bolsa plateia ,Eduardo Guimarães relatando caso do padeiro de cara grande ,porque a copa está dando certo etc. Comento com o marido e começamos a rir de tudo que líamos no face e twitter..

Consulta com duas horas de atraso observei que tinha um casal mãe idosa e filho nos olhando. O filho puxa conversa meio estranha sobre a copa. Critica a lama ao redor do estádio de Porto alegre, o horário do jogo de hoje, ter jogos no nordeste (detalhe fez questão de frisar q não tem nada contra o nordeste ) (risos ,aliás gargalhadas). A pintura da grama no estádio de Natal.Não entendia porque a abertura não foi no Maracanã . Bom papo  de gente que não quer dar o braço a torcer.. Entendendo tudo,  mas  e me fazendo  de desentendida ,comecei a zoar:

- Que maravilha os estádios ficaram, não é?Copa é um sucesso Conheci o estádio de Brasília e é maravilhoso.Os aeroportos funcionando a mil maravilhas.A Rede Globo,aliás a midia de modo geral, está decepcionada, pois detonou a copa o tempo todo e agora está tendo de reconhecer ,que tudo está perfeito.Os turistas do mundo todo estão encantados com o tratamento maravilhoso que estão recebendo dos brasileiros.

 Nesta altura do campeonato o cara me olhando cada vez mais feio ( risos). Não me dei por satisfeita e continuei (petista é um caso sério não consegue engoli sapo de jeito nenhum),pois é né ,a mídia está de cara no chão ,pois a organização da  copa é elogiada até no exterior.

Neste momento que disse isso entrou  uma moça no papo. Começou pegando pesado. É uma vergonha esta copa. Não sei q jornal a senhora leu elogiando a realização da copa no Brasil. Leu quais jornais? E foi citando todos os jornais estrangeiros.

Então  na maior cara de pau respondi :
- Li todos estes pela manhã antes de sair ( risos).Completei e de acordo com o  jornal britânico Eurosport ,pessoas de todo planeta sugerem que o evento sediado no Brasil está a caminho de ser um dos maiores torneiros realizados. 

Nesta altura meu marido já estava me beliscando ( risos) .O filho e a mãe pegaram força e ajudaram a mocinha a detonar. A velha disse que o jogo foi no campo do Coríntias para agradar o Lula. Para a felicidade do meu marido  chegou a minha vez e  a médica me chamou .

Antes de entrar para a consulta soltei uma  faísca:
_ Os brasileiros como vcs precisam urgentemente se tratar deste complexo de vira-latas.
   
Ao sair da sala da médica , encontrei os três com a cara de muito ódio, quase me engoliram no olhar. Sai sorrindo e despedindo de todos! kiakaiakaia

Acho que até outubro não mais irei a consultas médicas. 

É muito triste constatar que o que eles sentem, é preconceito puro. O de nordestino é talvez o maior deles. Eles estão desesperados e com muito ódio.   

Os esqueletos de Aécio


Os esqueletos de Aécio

Ninguém é obrigado a ser candidato a presidente. Mas quem abraça a causa deve saber que sua vida está sujeita a ser esquadrinhada –Mirian Cordeiro que o diga. O tucano Aécio Neves, agora candidato oficial do PSDB, parece incomodado nesta missão.

Ainda pré-candidato, Aécio começou mal. Decidiu fugir de perguntas incômodas, atacar as críticas como obra de um submundo e acionar a Justiça para tentar limpar uma biografia no mínimo controvertida. Nada a favor dos facínoras que inventam mentiras em redes sociais para desqualificar adversários. Mas daí a ignorar questionamentos vai uma distância enorme.

A repórter Malu Delgado, da revista "piauí", prestou um belo serviço ao escrever um perfil do tucano. Lá estão prós e contras, alinhados com sobriedade e rigor jornalístico. Cada um que chegue às suas conclusões. Por enquanto, elas soam desfavoráveis ao candidato.

Deixe-se de lado qualquer falso moralismo. É direito do eleitor sabatinar quem se propõe a dirigir o país. A fronteira entre o público e o privado se esmaece, sem que isso signifique a condenação a priori de qualquer um.

Vídeos na internet mostram práticas nada republicanas, como gostam de falar, por parte do então governador de Minas Gerais. Entre outras façanhas em bares e blitze, montou uma tropa de choque midiática para sufocar críticas.

Tanto fez que a guilhotina tucana decapitou sem piedade inúmeros jornalistas em Minas Gerais. Os testemunhos estão à disposição, basta querer ver e ouvir.
Sombras permanecem. A questão das drogas é uma delas, e cabe ao candidato refutá-las ou não; ao eleitor, mensurar a sinceridade dos depoimentos e até que ponto o tema interfere na avaliação do postulante. Aécio tem se embaralhado frequentemente no assunto. Adotou como refúgio a acusação de que tudo não passa de calúnias. Ao vivo, acusou jornalistas reconhecidamente sérios de dar vazão a rumores eletrônicos. Convenceu? Algo a conferir.

Na reportagem citada, destaca-se um mistério. Uma verba de R$ 4,3 bilhões, supostamente destinada à saúde, sumiu dos registros oficiais do Estado. Apesar de contabilizada na propaganda, a quantia inexiste nos livros de quem teria investido o dinheiro.

O caso foi a arquivo sem ter o mérito da questão examinado. A promotora autora da denúncia insiste na ação de improbidade. Na falta de esclarecimentos dos acusados, aguarda-se o veredicto da Justiça.

Esqueletos à parte, na convenção de sábado (14) Aécio teve a chance de ao menos apresentar um programa que justificasse a candidatura. Perda de tempo. O evento faria corar a banda de música da finada UDN. Discursos mirabolantes se esforçaram para preencher o vazio de alternativas.

Ouviram-se insistentemente anátemas contra a corrupção. Ninguém se referiu, contudo, às peripécias do mensalão mineiro e às manobras, também nada republicanas, do correligionário Eduardo Azeredo para escapar de uma condenação.

O distinto público continua sem saber se o salário mínimo vai mudar, se a aposentadoria fica como está, se haverá um tarifaço e quais medidas um governo tucano propõe para melhorar o bem-estar do povo. Ministérios serão cortados, esbraveja o senador. Mas quais? A reeleição, comprada a peso de ouro pelo seu partido na gestão FHC, vai mesmo acabar? A respeito disso tudo, o que ressoa é o eco das tais "medidas impopulares".

Em lugar de propostas, metáforas mal construídas que começam com brisa, crescem para ventania e acabam em tsunami. Talvez porque Minas não tenha acesso ao mar.

Se quiser seguir em frente, Aécio Neves está muito a dever. Saiu da zona de conforto mineira, em que a imprensa é garroteada impiedosamente para abafar desmandos de gestão. O jogo mudou, e o neto de Tancredo deve providenciar urgentemente garrafas para vender.

Não adianta apostar apenas no erro do adversário. Amante de relógios caros, muitos deles capazes de quitar com seu valor dezenas e dezenas de prestações de aspirantes a uma casa própria, o tucano já deveria ter aprendido que quem sabe faz a hora, não espera acontecer.
Fonte :
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO
16/06/2014  
Por: Ricardo Melo
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardomelo/2014/06/1470970-os-esqueletos-de-aecio.shtml

domingo, 15 de junho de 2014

A direita mostra a cara


Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

O decreto de criação da Política Nacional de Participação Social (PNPS) fez a direita botar a cara para fora mais uma vez. Assumiu a distância que a separa do cidadão e, principalmente, dos movimentos sociais. Desde 1964, quando radicalizou e sustentou a derrubada de um governo constitucionalmente eleito, a reação conservadora não se assanhava tanto quanto agora.

Tangida pelo vozerio da mídia contra o decreto, enviado há duas semanas ao Congresso por Dilma Rousseff, a decisão da presidenta esbarrou no batismo de fogo. À falta da ameaça comunista, manuseada pelos idiotas da Guerra Fria, foi o PNPS tachado pelos patetas recentes de repetir políticas bolivarianas, chavistas.

Traduzindo a acusação, o decreto seria uma forma de reduzir o papel do Legislativo. E, mais, seria uma tentativa do governo de usar um instrumento da democracia direta para controlar os movimentos sociais.

Medo. Medo de quê? O decreto orienta a criação de conselhos, comissões, ouvidorias, audiências públicas, conferências e mais coisas no sentido de instruir consultas à “sociedade civil” sobre ações do governo.

“Somos a favor da consulta, a favor da participação de todos os segmentos no processo de estruturação das políticas do governo”, afirmou a presidenta em defesa da política de participação social.

Para alguns, porém, o decreto seria algo como o Cavalo de Troia. Traria embutido nos seus 22 artigos um processo de superação dos trabalhos do Legislativo. Pura superstição conservadora.

Debruçada sobre a questão há vários anos, a professora Thamy Pogrebinschi afirma que “há um alto grau de diálogo entre deliberações propostas nas conferências nacionais e a ação dos parlamentares no Congresso”.

De acordo com as pesquisas feitas por ela, considerando projetos e legislação aprovada, “o Parlamento brasileiro espelhou de forma convergente em sua ação legislativa as demandas da sociedade civil em 3.057 oportunidades”.

Decididamente, não gostam da democracia do lado de baixo da linha do Equador. Gostam de vê-la engessada por descaso com as transformações exigidas nas mobilizações sociais, como ocorreu nas jornadas populares de 2013.

Não é difícil rastrear as reações primárias da direita. Se a PNPS representa para ela um dos princípios da política chavista, o programa Mais Médicos chegou a ser identificado como infiltração do regime cubano no Brasil. Elementar: como os médicos são funcionários do governo cubano, logo são espiões. O sistema de cotas para negros, pardos, pobres e indígenas foi rejeitado, inicialmente, por uma suposição preconceituosa: quebraria o princípio da meritocracia.



Para dar o último exemplo de uma lista muito mais longa, fica registrado o fracasso da democracia brasileira: a regulação da mídia não foi discutida e muito menos votada. Prevaleceu a falsa ideia de que o objetivo era censurar a imprensa.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O ANALFABETO POLITICO E O DEBATE POLITICO



Todo analfabeto político num debate , adora partir para o xingamento .E como nós petistas temos uma característica comum de nunca deixar o debate fugir ,encaramos e mostramos nossa posição. Nunca ficamos em cima do muro.
Nos chamam de xii
tas,de fanáticos ,de manipuladores, arrogantes e vários adjetivos bonitos. Bom.. quem não se segura e não tem conteúdo, não deve reclamar de quem tem.
Hoje li um comentário que um tucano que ama FHC fez a uma companheira nossa que ri muito:

“Quando eu digo q o PT é um partido com vocação hegemônica, autoritário, eu me refiro a isso! Ninguém pode pensar diferente q passa a ser inimigo!!!”
e continua ... “corja" no sentido de demonizar todos aqueles q não comungam com seu pensamento, reconheço é um coletivo pesado... Mas o vento q seu partido semeou começa a dar esses frutos... Vem muita tempestade aí. E ainda manda ver a comprovação nas nossas páginas petistas .
E completa:.. Veja os posts fabricados pela Rede PT... Aí vc compreenderá pq usei esse coletivo..."
( risos) Estamos ansiosamente esperando esta tempestade! kaikaiakai

Santareno, é professor da rede estadual de ensino e universitário tem uma posição sobre isso que gosto muito:

"No debate de ideias – um debate político é um grande exemplo disso – quem se coloca a fazê-lo deve apresentar suas propostas de modo a fazer com que o outro tenha, também, contra-argumentos.

No debate de ideias, a concordância quase sempre é sinônimo bajulação e a discordância parece tornar-se ofensa, o que nem sempre é verdade. Embora muitos partam para a agressão quando não sabem debater.

Saramago atirou na Lua e acertou no Universo quando disse “Com a tripa em sossego qualquer um tem ideias, discutir, por exemplo, se existe uma relação direta entre os olhos e os sentimentos, ou se o sentido da responsabilidade é a consequência natural de uma boa visão, mas quando a aflição aperta, quando o corpo se nos desmanda de dor e angústia, então é que se vê o animalzinho que somos”.

Queremos ideias para discutirmos ideias
.É este o jeito de petista debater política!Sinto muito se somos mesmo duro na queda. Não é qualquer tempestade que nos derruba .Saudações petistas!