terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dilma e Mandela. Superação de preconceitos e olhar no futuro.


Dilma e Mandela. Superação de preconceitos e olhar no futuro.
O exemplo de Mandiba

Um dos grandes personagens do século XX é sem dúvida o líder sul africano Nelson Mandela.

O mundo hoje o identifica como uma força inconteste da liberdade e Justiça.

Mandiba é a denominação ao clã a que Nelson Mandela pertence referindo-se aos seus ancestrais. Mandiba transformou-se num monumento honrando no mundo inteiro, pois ousou a enfrentar o odioso regime do apartheid.

Por isso, ficou preso durante 27 anos, e mesmo da cadeia liderou inúmeras ações, inclusive armadas para enfrentar os donos do poder sul africano.

Após sua saída da prisão e sua eleição para presidente da África do Sul, Mandiba promoveu a pacificação dos sul africanos num governo de conciliação.

Seu exemplo lhe rendeu o Premio Nobel da Paz em 1993 e hoje o mundo se curva com sua ação.

Diferentemente do exemplo de Mandiba a “elite” brasileira em especial, parte da imprensa transvertida de democrata, ataca a presidente eleita Dilma Ruosseff por sua ação contra o regime ditatorial no Brasil que durou de 1964 a 1985.

Vale lembrar que boa parte da impressa que hoje dita baluartes da democracia, financiou e apoio os militares em seu golpe.

Assim como Mandiba, a presidente eleita é vítima de uma campanha subterrânea de infâmia e calunia; chamam-na de guerrilheira, subversiva, assaltante, entre outros adjetivos depreciativos assim como chamavam Mandiba.

O que une a biografia de Mandiba à de Dilma Rousseff é o simples fato de se dedicarem às causas mais caras ao seu povo.

A indignação que impulsionava e alentava Mandiba na cadeia era a mesma indignação que impulsionava e alentava a luta de Dilma Ruosseff, a luta pela liberdade, pela democracia e pela justiça social.

Graças a esse desprendimento tanto a África do Sul se livrou de seu regime de segregação como o Brasil se livrou de seu regime ditatorial.

Entretanto, ao invés de enaltecer sua luta pela democracia, nossa “elite” calunia e difama, sem a mínima indignação às bárbaras torturas que Dilma Rousseff sofreu nos porões da ditadura.

Assim como não causa admiração o fato de uma jovem abrir mão de uma das melhores fases da vida para se dedicar à luta pela democracia e pela liberdade.

O que a “elite” faz é inverter os valores ao difamar Dilma, um vez que a sua ação era exclusivamente combater os golpistas.

Certo ou errado ela ficou no Brasil e não se acovardou foi para a luta contra os ditadores.

Todavia, a democracia brasileira está amadurecendo e o discurso preconceituoso e raivoso de parte da elite vai perdendo eco.

O Brasil fez uma transição pacifica do regime ditatorial para o regime democrático e hoje a luta é para o desenvolvimento e pela distribuição mais justa da renda.

A eleição de Dilma Rousseff é a quebra definitiva de certos paradigmas brasileiros pois, é a primeira mulher a ocupar a Presidência da República forma democrática, uma vez que, foi a maioria da população quem a escolheu para dirigir o país nos próximos 4 anos.

Outro paradigma quebrado é justamente o fato de Dilma ser uma ex-ativista da luta armada contra a ditadura, o que demonstra o amadurecimento inconteste de nossa democracia.

Diferentemente do que parte das “elites” e da mídia repudia é motivo de avanço em nosso país.

Assim como Mandiba provou ser possível governar olhando para frente, o Brasil também pode.

Certa vez, Mandiba afirmou na prisão “Marcado nessas pedras vocês vão encontrar a dor de nossas lutas, as tristezas de nossas perdas e os alicerces de nossa vitoria”

E com certeza foi pela a luta de pessoas como Dilma que o Brasil é hoje uma democracia.

Henrique Matthiesen
Postado por Clipping do Mário
http://clippingdomario.blogspot.com/

Um comentário:

wantuil disse...

Cada um teve seus motivos para a luta armada: Mandela queria um país livre da segregação racial, mas com uma democracia sustentada por um sistema econômico Capitalista; Dilma, por sua vez, participou de um movimento que pretendia implantar uma Ditadura cujo sistema econômico seria o Comunismo. Tanto para a África do Sul, quanto para o Brasil, ainda é melhor o regime Democrático baseado num sistema econômico que não esteja controlado pelo Estado, como é o Capitalismo (mesmo com suas falhas).