sexta-feira, 18 de março de 2011
Ter coragem para seguir em frente
Ter coragem para seguir em frente
Cada vez que nos tornamos mais transparentes à nossa própria luz, restauramos a luz do mundo.
O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. A capacidade de continuar nos ajuda a perceber que nenhum problema é sem saída. Seguir adiante significa não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.
A melhor maneira de nos libertarmos do passado é fazer as pazes conosco mesmos no momento presente. Fazer as pazes com quaisquer lembranças ou sentimentos que possam surgir. De forma que, aos poucos, não seremos mais aprisionados por essas recordações.
Passamos a permitir que antigas imagens sobre nós mesmos vão embora. Continuamos simplesmente a seguir em frente. Nada mais nos faz parar. Sabemos continuar positivamente, pois estamos conectados com nossa confiança básica, com nossa bondade fundamental.
Coragem é a habilidade de mover-se para o futuro, sem olhar para trás: desapegar-se do passado.
Segundo o Budismo, ao purificarmos nossa mente das marcas mentais negativas poderemos renascer na Terra Pura dos Buddhas onde teremos um corpo e uma mente puros, vivenciaremos continuamente a paz interior e, por isso, poderemos rapidamente concluir nossa evolução pessoal para retornar para a esfera impura do Samsara em condições de ajudar todos os seres a fazerem o mesmo: atingir a iluminação.
A Terra Pura não existe por si só, como um lugar lá no céu. Ela é o resultado de um estado mental extremamente sutil e puro.
Coragem para seguir em frente e realizar nossa vocação
Ao descobrir nossa vocação, surge em nós, simultaneamente, um profundo sentimento de coragem. Sentimo-nos muito próximos de nós mesmos quando compreendemos uma verdade interna que não pode mais ser negada. Conseqüentemente, nós nos comprometemos com a idéia de abandonar tudo aquilo que nos impedia de ir na direção de nosso destino.
“Ir de encontro ao destino é realizar plenamente o potencial que está desde sempre em nós. É como ouvir um chamado e responder a ele. Ou desabrochar todas as nossas potencialidades e seguir uma vocação. E estranhamente, o mundo costuma nos corresponder quando fazemos assim. Uma das formas de saber que se está no bom caminho e que estamos fazendo aquilo para o qual nascemos é que o mundo nos abre as portas".
Aquele que se recusa a conhecer a si mesmo e não segue os seus desejos mais profundos, acarreta problemas para os outros!
Ir além da mágoa
Se decidirmos nos tornar alguém que se dedica com todo o coração a utilizar a vida para despertar, temos que superar a dificuldade de lidar com o desconforto das mudanças.
Quando nos conscientizamos de que estamos resistentes em aceitar uma mudança iminente, é útil nos perguntar:
“O que é preciso morrer agora dentro de mim, para nascer nesta nova fase com força e confiança?” Uma resposta é certa: nossas mágoas.
Carregar mágoas nos faz sentir cansados e sem vontade de iniciar novos projetos. Elas revelam o quanto estamos estagnados por limitações internas e externas. Ficar presos a elas consome nossa energia vital.
Dalai Lama explica que o termo tibetano para nirvana é nyang-de que se traduz literalmente por “além da mágoa”. “Nesse contexto, mágoa refere-se às aflições da mente; de modo que o nirvana realmente designa um estado de ser que está livre de emoções e pensamentos angustiantes. O nirvana é a imunidade ao sofrimento e às causas do sofrimento. Quando percebemos o nirvana nesses termos, começamos a nos dar conta do que a felicidade verdadeira e genuína realmente significa. Podemos então visualizar a possibilidade de nos livrarmos totalmente do sofrimento".
Quando alguém diz que não perdoa porque o outro não merece, está cometendo uma
contradição, porque quem disse que perdão é para quem merece?
Alimentar mágoas de outrora, ressentimentos antigos,demorar a perdoar,a esquecer,delongar-se na ultrapassagem de barreiras de uma dor qualquer, enfim...há uma série de mecanismos de manutenção da amargura, que a princípio visam sua minoração, como num lamento catártico que pretende expurgar a dor; mas depois vemos o quanto é verdade que "um abismo leva (sim) a outro abismo".
Perdoar é sair do abismo que é ao mesmo tempo armadilha e ninho da depressão, o abismo que nos esconde, mas jamais nos protege, perdoar é um exercício que pode surpreender o perdoado, porque entre outras boas conseqüências, ele é o principal
Beneficiado com recompensas emocionais oriundas da libertação do ódio que entrava
o fluxo da vida.
E a vida fluindo, de verdade, sem entraves... é tudo que se pode almejar.
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