A direita não
toma jeito. Não consegue dialogar com o povo. Pedir para ela fazer isso é como
pedir para o escorpião abanar o rabo para alguém. Tatcher morreu no período em
que suas teses sobre o Estado estão em ruínas; usa-se imagens de violência
militar no Egito como se fossem na Venezuela. Aliás, lá a direita perde a
eleição e já começa o clima de golpe. No Brasil, resta apenas a mídia e o
discurso pseudomoralista. Invencionices para afagar os egos da classe média e
de nossa elite.
Criam lista
disso e daquilo. Tudo para tentar fazer as pessoas crerem que a “nata” é o que
há de melhor em nossa sociedade. Até tentar substituir o arroz e o feijão da
base de nossa alimentação pelo tomate, tentaram. Esse é um dos padrões de
manipulação da “grande imprensa” tão bem listados por Perseu Abramo. O padrão
da indução é o “resultado da articulação combinada dos vários órgãos de
comunicação, ou seja, resultado das escolhas dentro do processo de produção
jornalística enquanto empreendimento capitalista; induz o leitor a compreender
o mundo de acordo com a nova realidade que lhe é apresentada”.
Sempre foi
assim. Junte isso ao servilismo tão presente em nossa elite. Ela adora tudo que
vem da Europa e doa EUA. Quando surge um governo de caráter trabalhista, logo
vem à tona o discurso do “mar de lama”. Falo de João Goulart em 1964. Tanto a
nossa elite quanto a latino americana, adotaram métodos comuns. Se antes usavam
as armas para seus golpes de Estado agora usam as togas, vide Fernando Lugo no
Paraguai.
Se gostam
tanto da Europa e dos EUA deviam ao menos fazer debate político, como boa parte
da direita de lá faz, mesmo que também não dialogue com o povo, assim como cá.
Ocupam espaços institucionais por meio do poder econômico e midiático,
essencialmente.
Triste de uma
direita que tem José Serra e Aécio Neves como expoentes. Um é, talvez, a
criatura mais inescrupulosa que já surgiu no país. Onde ele está tem sujeira. O
outro é um playboy cuja vida na política não passa da manutenção de um status
quo de sua família. Mas esse não gosta de seu Estado natal. Prefere o Rio. Quem
não gosta de uma praia, não é mesmo?
Um deles tem
uma filha com empresa off shore onde levou o termo “lavagem de dinheiro” a um
nível jamais imaginado. Sua empresa foi aberta com um capital de $ 100,00 e em
poucas semanas já estava em torno de $ 5 milhões. Comprou-se 20% de uma empresa
de picolé por 100 milhões de reais usando a empresa multiplicadora de “dim
dim”. O detalhe é que os picolés geram lucro de apenas R4 30 milhões.
O outro é réu
em um processo por improbidade administrativa. O montante desviado é de R$ 4,3
BILHÕES. Sem falar na famosa, mas não falada na “grande imprensa”, lista de
Furnas. Não sobra uma única pena nem um único bico de tucano para contar
história.
Um deles fala
por trinta minutos no Senado e não usa as palavras povo, inclusão, emprego,
gente, miséria, renda... E é pré-candidato à presidência da República. O outro
é candidato a qualquer coisa. E não poupa esforços e baixarias para isso. Ambos
foram os queridinhos de Fernando Henrique Cardoso (FHC). O outro era até
carismático na boca flácida do “príncipe plagiador dos sociólogos”. O “um”
garantiu que defenderá o legado de sua passagem pela presidência do país. Logo
ganhou o carinho de FHC que abandonou o outro.
O outro tem o
Roberto Freire do ex-PPS. O que é melhor, isso ou estar só?
A direita no
país samba mais do que pitomba em boca de banguela. Não somente no Brasil, se
fizermos uma leitura mais atenta aos fatos da política internacional. Resta-lhe
a mídia inventando uma realidade que não existe e as togas. Tomemos cuidado com
as togas.
Autoria : Cadu Amaral
Blog:http://caduamaral.blogspot.com.br/2013/04/o-que-fazer-com-direita.html
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