ACERTANDO AS CONTAS COM A HISTÓRIA
Autor: Rafael Patto
Se o bom jornalismo não estivesse cada vez mais rarefeito neste país, o povo saberia que Lula foi quem de fato promoveu, em toda a nossa história, o mais intenso combate à corrupção no governo federal.
FHC, assim que tomou posse, baixou decreto extinguindo a Comissão Especial de Investigação, que havia sido instituída por Itamar Franco, a qual era composta por representantes da sociedade civil e tinha por finalidade o combate à corrupção. Anos mais tarde, FHC criaria a Controladoria-Geral da União, que funcionaria como verdadeiro “arquivo-morto” de denúncias de corrupção contra agentes de seu governo. Foi FHC, aliás, quem brindou o folclore nacional com a anedótica figura do Engavetador-Geral da República.
Lula, ao contrário, modernizou a Polícia Federal, investindo em recursos humanos e materiais, que a tornaram extremamente ativa e eficaz na investigação de casos de corrupção.
Além disso, Lula criou o “Portal da Transparência”, que fez com que o Brasil fosse reconhecido pela ONU como um dos oito países de todo o mundo com maior transparência orçamentária. (Os governos estaduais comandados pelo PSDB não oferecem à população nenhum instrumento de controle popular dos gastos públicos). Diferentemente de FHC, Lula sempre respeitou a autonomia funcional e a independência institucional dos órgãos de fiscalização e correição do Estado: enquanto FHC nomeava seus preferidos para o Ministério Público Federal, Lula sempre respeitou a indicação feita pelos representantes da carreira, nomeando o primeiro colocado da Lista Tríplice elaborada pelos Procuradores. Não é de se estranhar, portanto, que tenhamos a sensação de que a corrupção no governo aumentou nos últimos anos. O fato é que o que aumentou foram o combate a desvios de conduta de agentes públicos e o esclarecimento de casos que, até há pouco tempo, eram varridos para debaixo do tapete.
A hostilidade da imprensa contra o PT é a soma de oportunismo e mau-caratismo daqueles que distorcem os fatos porque querem confundir a população. Comentaristas e colunistas verborrágicos como Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor, que defendem ferrenhamente a sangria do patrimônio nacional promovida pelas “privatarias” de Serra e FHC, costumam afirmar que seria Lula o responsável pelo “atraso” (assim mesmo, abstratamente) em que, segundo a ótica míope dessa gente, o Brasil se encontraria em relação a outras nações tidas como desenvolvidas. Curiosamente, esse tipo de acusação contra Lula ou o PT não resiste à mais superficial análise aritmética.
Ora, o Brasil entrou no século XXI sem que metade de sua população tenha ainda acesso a água tratada e a esgotamento sanitário. Isso são marcas do atraso de um país secularmente maltratado pela indecência dos grupos dominantes de uma das sociedades mais injustas e desiguais do planeta!
Os problemas que o Brasil enfrenta hoje são decorrentes de um longuíssimo histórico de corrupção.
Se considerarmos apenas o período republicano da História do Brasil, contabilizamos pouco mais de 120 anos. Desses, o PT só está no poder há pouco mais de nove anos. Portanto, matematicamente, a responsabilidade que caberia ao PT seria menor do que 1/12 (um doze avos, ou a duodécima parte) de toda essa dívida. Isso se considerássemos que o PT estivesse sendo um mero mantenedor do status quo. Entretanto, como os próprios fatos e dados já citados demonstram, a chegada do PT ao poder em 2003 representou uma ruptura, sobretudo no combate sistemático à corrupção.
Em virtude disso, chega a ser uma iniqüidade querer responsabilizar o PT, um partido de 32 anos de idade, e que se encontra no poder há apenas 10 anos, pelo “atraso” de um país com mais de cinco séculos de história. Até porque os governos do PT são os que mais vêm investindo na modernização deste país.
Para o PT, a modernização não se faz a partir do desmantelamento do patrimônio público, assim como fez o PSDB, entregando as empresas estatais às mãos de capitalistas estrangeiros. Para o PT, a modernização do Brasil se faz a partir da superação daquilo de mais arcaico que a nossa sociedade ainda traz consigo: a desigualdade, que nunca foi combatida por nenhum governo desse país durante toda a sua história, até 2003.
O “atraso” do Brasil não é outra coisa senão a reverberação do que há de mais perverso das escolhas políticas mal-intencionadas que historicamente foram feitas por nossos governantes (que sempre atuaram em defesa dos interesses dos grupos econômicos hegemônicos, desde os cafeicultores da República Velha até os especuladores financeiros do recente período neo-liberal) e das quais as elites deste país sempre foram ou avalistas, ou patrocinadoras, ou beneficiárias.
Os ataques ferozes que a imprensa desfere contra o PT, portanto, não passam de oportunismo safado, que, além de inviabilizarem o debate político, em nada se fazem assemelhar a um jornalismo de verdade. São, antes de qualquer coisa, um desserviço à sociedade e um atentado à democracia.
Se o bom jornalismo não estivesse cada vez mais rarefeito neste país, o povo saberia que Lula foi quem de fato promoveu, em toda a nossa história, o mais intenso combate à corrupção no governo federal.
FHC, assim que tomou posse, baixou decreto extinguindo a Comissão Especial de Investigação, que havia sido instituída por Itamar Franco, a qual era composta por representantes da sociedade civil e tinha por finalidade o combate à corrupção. Anos mais tarde, FHC criaria a Controladoria-Geral da União, que funcionaria como verdadeiro “arquivo-morto” de denúncias de corrupção contra agentes de seu governo. Foi FHC, aliás, quem brindou o folclore nacional com a anedótica figura do Engavetador-Geral da República.
Lula, ao contrário, modernizou a Polícia Federal, investindo em recursos humanos e materiais, que a tornaram extremamente ativa e eficaz na investigação de casos de corrupção.
Além disso, Lula criou o “Portal da Transparência”, que fez com que o Brasil fosse reconhecido pela ONU como um dos oito países de todo o mundo com maior transparência orçamentária. (Os governos estaduais comandados pelo PSDB não oferecem à população nenhum instrumento de controle popular dos gastos públicos). Diferentemente de FHC, Lula sempre respeitou a autonomia funcional e a independência institucional dos órgãos de fiscalização e correição do Estado: enquanto FHC nomeava seus preferidos para o Ministério Público Federal, Lula sempre respeitou a indicação feita pelos representantes da carreira, nomeando o primeiro colocado da Lista Tríplice elaborada pelos Procuradores. Não é de se estranhar, portanto, que tenhamos a sensação de que a corrupção no governo aumentou nos últimos anos. O fato é que o que aumentou foram o combate a desvios de conduta de agentes públicos e o esclarecimento de casos que, até há pouco tempo, eram varridos para debaixo do tapete.
A hostilidade da imprensa contra o PT é a soma de oportunismo e mau-caratismo daqueles que distorcem os fatos porque querem confundir a população. Comentaristas e colunistas verborrágicos como Alexandre Garcia e Arnaldo Jabor, que defendem ferrenhamente a sangria do patrimônio nacional promovida pelas “privatarias” de Serra e FHC, costumam afirmar que seria Lula o responsável pelo “atraso” (assim mesmo, abstratamente) em que, segundo a ótica míope dessa gente, o Brasil se encontraria em relação a outras nações tidas como desenvolvidas. Curiosamente, esse tipo de acusação contra Lula ou o PT não resiste à mais superficial análise aritmética.
Ora, o Brasil entrou no século XXI sem que metade de sua população tenha ainda acesso a água tratada e a esgotamento sanitário. Isso são marcas do atraso de um país secularmente maltratado pela indecência dos grupos dominantes de uma das sociedades mais injustas e desiguais do planeta!
Os problemas que o Brasil enfrenta hoje são decorrentes de um longuíssimo histórico de corrupção.
Se considerarmos apenas o período republicano da História do Brasil, contabilizamos pouco mais de 120 anos. Desses, o PT só está no poder há pouco mais de nove anos. Portanto, matematicamente, a responsabilidade que caberia ao PT seria menor do que 1/12 (um doze avos, ou a duodécima parte) de toda essa dívida. Isso se considerássemos que o PT estivesse sendo um mero mantenedor do status quo. Entretanto, como os próprios fatos e dados já citados demonstram, a chegada do PT ao poder em 2003 representou uma ruptura, sobretudo no combate sistemático à corrupção.
Em virtude disso, chega a ser uma iniqüidade querer responsabilizar o PT, um partido de 32 anos de idade, e que se encontra no poder há apenas 10 anos, pelo “atraso” de um país com mais de cinco séculos de história. Até porque os governos do PT são os que mais vêm investindo na modernização deste país.
Para o PT, a modernização não se faz a partir do desmantelamento do patrimônio público, assim como fez o PSDB, entregando as empresas estatais às mãos de capitalistas estrangeiros. Para o PT, a modernização do Brasil se faz a partir da superação daquilo de mais arcaico que a nossa sociedade ainda traz consigo: a desigualdade, que nunca foi combatida por nenhum governo desse país durante toda a sua história, até 2003.
O “atraso” do Brasil não é outra coisa senão a reverberação do que há de mais perverso das escolhas políticas mal-intencionadas que historicamente foram feitas por nossos governantes (que sempre atuaram em defesa dos interesses dos grupos econômicos hegemônicos, desde os cafeicultores da República Velha até os especuladores financeiros do recente período neo-liberal) e das quais as elites deste país sempre foram ou avalistas, ou patrocinadoras, ou beneficiárias.
Os ataques ferozes que a imprensa desfere contra o PT, portanto, não passam de oportunismo safado, que, além de inviabilizarem o debate político, em nada se fazem assemelhar a um jornalismo de verdade. São, antes de qualquer coisa, um desserviço à sociedade e um atentado à democracia.
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