A turma do dossiê está agindo há três eleições…
junho 6th, 2010 às 21:35
Vejam como não se precisa fazer arapongagem nem nada deste tipo para ir descobrindo as armações que se procura fazer nesta campanha. O Luis Carlos Azenha, no Viomundo, ressuscita uma matéria do Correio Braziliense, de março de 2002, que fala sobre o esquema de arapongagem montado no Ministério da Saúde na gestão José Serra, sob o comando do delegado Marcelo Itagiba. A matéria é sobre a empresa contratada para o serviço, que recebeu vários aditivos e ampliações de contrato, a Fence Consultoria Empresarial, do coronel (reformado) Enio Gomes Fontenelle, ex-SNI.
Destaco um trecho da matéria do Correio Braziliense, repito, de 2002:
“As investigações realizadas pelos arapongas do PFL sobre os autores do suposto grampo na sede da Lunus haviam apontado, primeiro, para a possibilidade de envolvimento de uma empresa de Brasília, a Interfort Sistemas de Segurança.
As suspeitas contra a Interfort deveram-se ao fato de José Heitor Nunes, gerente da empresa, ter estado várias vezes no Maranhão nas semanas que antecederam a invasão da Lunus.
O que o PFL desconhece é que o coronel Fontenelle (ex-integrante do SNI), o delegado Itajiba e Onésimo (ex-chefe da área de Inteligência da PF) e Nunes (dono de uma empresa que presta consultoria para PF na área de escutas) se conhecem.
Ex-militar do Exército, Nunes tem trânsito livre nos órgãos do governo dedicados a fazer investigação. Como consultor de segurança, Nunes dá aulas para os arapongas da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Durante sua militância empresarial e militar, conheceu Itajiba e o coronel Fontenelle. É ainda amigo do delegado Onésimo, que também trabalhou com Serra e hoje presta servivo à empresa ControlRisk, especialista em investigações e medidas de segurança.
Bom, este mesma Fence Consultoria Empresarial prestava serviços a quem? Ao TSE, quando ocorreu a história do famoso “grampo que não se ouviu”, antepassado do “dossiê que não se vê” de hoje. E foi ela, como se pode ler nesta matéria da Folha, de 2006 – repito, 2006 um ano que não teve nada de especial, senão o fato de ter eleições presidenciais- quem “descobriu” o suposto “grampo” que estaria sendo feito contra ministros daquele tribunal.
Não precisa de araponga, está tudo no Google.
Um cara que vai atrás desta gente do submundo para descobrir o que qualquer garoto com um computador e uma conexão com a internet é capaz de achar merece ser chamado de… como é mesmo que o Lula falou do Sérgio Guerra?
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