Por Rafael Patto
Eu pensei que, pelo tempo que eu já "brinco" aqui no feicibuqui, eu já havia recebido todos os "elogios" possíveis. Mas não. Depois desse texto que eu compartilhei ontem (https://www.facebook.com/ photo.php?fbid=485347501563224& set=a.222579191173391.45804.10 0002639352550&type=1&theater), me chegou um novo: “marxista ultrapassado”.
Sim, eu sou marxista. Não sei se já tive a oportunidade de me declarar assim, mas, se não o fiz, as coisas que escrevo certamente já o fizeram por mim.
Houve um tempo em que "pegava mal" falar em marxismo ou materialismo histórico em algumas rodas na FAFICH/UFMG. Não sei como as coisas andam por lá ultimamente, mas nunca me conformei com essa "coxinhice acadêmica" de considerar que vivemos uma era epistemológica pós-marxista.
Não vejo como falar de uma sociedade marcada pela disputa de classes, em que uma minoria se apropria indebitamente de privilégios produzidos pela força de trabalho da maioria, sem recorrer a Marx.
Quando Fukuyama veio com aquele papo de fim da história, muita gente embarcou de maneira irrefletida. O fim do bloco da URSS representou mesmo um momento de perda de referenciais para a esquerda em todo o mundo, mas daí a considerar que passaríamos a viver tempos em que apenas um discurso reinaria hegemonicamente já é um tanto fanático, né não?
O "edifício social" continua aí de pé. Combalido, com graves problemas infraestruturais, mas de pé. A superestrutura ideológica continua retroalimentando a infraestrutura econômica, e querem me convencer de que recorrer a conceitos marxistas para interpretarmos esses nossos tempos conturbados é uma prática ultrapassada? Difícil acreditar quando toda a realidade me demonstra o contrário. O pensamento de Marx, para mim, está mais vivo do que nunca. Negá-lo me parece ser uma escolha covarde e intelectualmente desonesta.
Que Marx seja rechaçado nas universidades estadunidenses, nós até entendemos. Mas reproduzir isso aqui é de uma pequenez vergonhosa. Nós não podemos nos conformar em sermos meros satélites acadêmicos dos Estados Unidos. Do contrário não passaremos mesmo de meras colônias culturais.
Mais Althusser e menos Doris Day é o que eu desejo a todos nesta terça-feira. E, se precisarem, façam como eu: call Marx.
Eu pensei que, pelo tempo que eu já "brinco" aqui no feicibuqui, eu já havia recebido todos os "elogios" possíveis. Mas não. Depois desse texto que eu compartilhei ontem (https://www.facebook.com/
Sim, eu sou marxista. Não sei se já tive a oportunidade de me declarar assim, mas, se não o fiz, as coisas que escrevo certamente já o fizeram por mim.
Houve um tempo em que "pegava mal" falar em marxismo ou materialismo histórico em algumas rodas na FAFICH/UFMG. Não sei como as coisas andam por lá ultimamente, mas nunca me conformei com essa "coxinhice acadêmica" de considerar que vivemos uma era epistemológica pós-marxista.
Não vejo como falar de uma sociedade marcada pela disputa de classes, em que uma minoria se apropria indebitamente de privilégios produzidos pela força de trabalho da maioria, sem recorrer a Marx.
Quando Fukuyama veio com aquele papo de fim da história, muita gente embarcou de maneira irrefletida. O fim do bloco da URSS representou mesmo um momento de perda de referenciais para a esquerda em todo o mundo, mas daí a considerar que passaríamos a viver tempos em que apenas um discurso reinaria hegemonicamente já é um tanto fanático, né não?
O "edifício social" continua aí de pé. Combalido, com graves problemas infraestruturais, mas de pé. A superestrutura ideológica continua retroalimentando a infraestrutura econômica, e querem me convencer de que recorrer a conceitos marxistas para interpretarmos esses nossos tempos conturbados é uma prática ultrapassada? Difícil acreditar quando toda a realidade me demonstra o contrário. O pensamento de Marx, para mim, está mais vivo do que nunca. Negá-lo me parece ser uma escolha covarde e intelectualmente desonesta.
Que Marx seja rechaçado nas universidades estadunidenses, nós até entendemos. Mas reproduzir isso aqui é de uma pequenez vergonhosa. Nós não podemos nos conformar em sermos meros satélites acadêmicos dos Estados Unidos. Do contrário não passaremos mesmo de meras colônias culturais.
Mais Althusser e menos Doris Day é o que eu desejo a todos nesta terça-feira. E, se precisarem, façam como eu: call Marx.
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