sábado, 8 de janeiro de 2011
PMDB perdeu o Ministério da Saúde
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PMDB perdeu o Ministério da Saúde, de
bobeira, e agora corre atrás do prejuízo
Na primeira “crise” do Governo Dilma, Antônio Palocci que, modesto, disse no domingo (2-1) que seu serviço, na Casa Civil, era interno e burocrático, foi clamorosamente desmentido pelos fatos em menos de 24 horas. Já na segunda, a pedido da presidente, estava atuando como bombeiro na crise entre o governo e seu principal aliado.
O PMDB, furioso com a perda, para o PT, das verbas do Ministério da Saúde está criando problemas na Câmara. A última ameaça foi a de votar por um aumento do salário mínimo superior aos 540 reais propostos pelo Governo.
É a velha história: malandro demais se atrapalha. Há um mês, nas primeiras negociações, o partido tinha os cinco ministérios que tem hoje e mais o da Saúde. Foi quando uma ou duas raposas metidas a espertas resolveram endurecer o jogo e como não gostam de Sérgio Cabral, resolveram “queimar”o nome já escolhido por Dilma, Sérgio Côrtes, indicado pelo governador do Rio.
E vou logo dizendo o nome e o sobrenome de uma das raposas, Michel Temer que, reparem, até se parece um pouco com o astuto mamífero, misturado com o velho Stewart Granger. Nos bastidores, aliás, Temer recebeu o apodo de “Belo Brummel dos Trópicos”.
Pois bem: as felpudas raposas desenvolveram o raciocínio de que não valia a pena bancar o Cortês já que ele pertencia à cota do Cabral que atua em faixa própria. O importante, raciocinavam, era garantir os postos estratégicos do segundo escalão, aquele que controla as verbas. Querem saber que verbas: 45 bilhões de reais da Secretaria de Atenção à Saúde e seis bilhões da FUNASA, Fundação Nacional de Saúde. Sem falar na verba de 12 bilhões dos Correios subordinas ao Ministério das Comunicações, que passou às mãos do PT. Mas isto é uma outra história.
O problema, justamente, é que o PT não é bobo nem nada, aprende rápido e já tem o seu próprio criatório de raposas. Nesse passo, o Ministério da Saúde acabou ficando com o promissor Alexandre Padilha (38 anos), bom médico e esperto na política. Entretanto, tudo ia bem, até que os petistas avançaram sobre as verbas do segundo escalão. Aí o bicho pegou.
Como todo partido fisiológico e sem escrúpulos, o PMDB vive de chantagens, regateios e ameaças. E nunca se sabe se Michel Temer, o presidente do partido (agora licenciado), atua em função dos interesses do Governo ou em causa própria.
Agora, além de boicotar a proposta de salário mínimo do Governo, o PMDB ameaça melar o acordo para a eleição de um petista para presidência da Câmara. Não fique ruborizada amiga leitora. Eles são chantagistas mesmo.
Por essas e por outras, é que a presidente e o Lula não gostam do Michel Temer. Tanto que, meses atrás, fizeram o possível para evitar que ele fosse o vice na chapa de Dilma. E Lula, esta flor de boas maneiras, chegou à grosseria de pedir que o PMDB enviasse uma lista tríplice para que ele escolhesse o vice de Dilma.
Temer, entretanto, resistiu aos desaforos e, tenaz, manteve sua candidatura. No máximo chegou a dizer, na época, que “o PMDB não aceita prato feito”. A tenacidade, como sabem os que já passamos dos sessenta, é a melhor arma quando o alvo é a política ou uma moça bonita.
Finalmente e avançando pelo terreno das altas fofocas, diremos que a presidente deveria saber que qualquer comentário feito em salões de beleza ou em casas de costureiras espalha-se e amplia-se vertiginosamente.
Mas agora já é tarde, por um desses dois caminhos, este blog ficou sabendo que Dilma Rousseff (para dizer de forma amenizada) realmente não morre de simpatias por seu vice.
Fonte:“Fatos Novos Novas Ideias” franciscobarreira
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