segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
SONHO "remédio para corpo e alma"
Remédio para corpo e alma
Tão importante quanto o ar que você respira, os sonhos são reveladores e abrem as portas para vários níveis de realidade. Só para se ter uma idéia, em 10 anos de vida, três você passa dormindo e sonhando. “Por que não aproveitar esse tempo para sua evolução?”, questiona a psicóloga transpessoal Gislaine D’Assumpção, estudiosa dos sonhos. Mesmo que você não se lembre dos sonhos quando acorda, o certo é que eles acontecem, numa média de seis a sete por noite. Inclusive é possível ter sonhos lúcidos ou conscientes.
Paul MacCartney, por exemplo, acordou certa manhã com uma música maravilhosa na cabeça. Foi até o piano e achou as notas, em ordem cronológica, exatamente como no sonho da noite anterior. E que música era essa? Nada mais nada menos do que Yesterday. A canção até hoje figura no livro Guiness dos Recordes como a mais tocada e regravada da história.
Para Gislaine, quando você atinge esse grau de conhecimento, passa a ser dono da própria vida. “Não há diferença entre sonho e realidade. É uma coisa só.” Mas ela lembra que não dá para ficar procurando o significado dos sonhos num almanaque ou dicionário. “Sonhar é muito mais do que entender o significado de cada um. É tomar posse da consciência, ser dono da própria vida e se preparar para a grande viagem – a morte. É por meio dos sonhos que cada um resolve suas frustrações, angústias e problemas. É possível fazer terapia com você mesmo enquanto dorme e viaja pelo mundo dos sonhos. Dormir e sonhar faz bem para corpo, mente e espírito. É o seu inconsciente se manifestando e enviando mensagens, entrando em contato com a alma”, explica.
Ela ensina como se deve fazer para lembrar dos sonhos e trabalhar cada um deles para conquistar qualidade de vida. “Dá até para interferir nos sonhos ou terminar os inacabados e também transformar os negativos em positivos. No sonho, você é o ator, o produtor e o diretor, portanto, pode fazer o que quiser.”
Se as pessoas não sonhassem, enlouqueceriam, “porque eles são responsáveis pela nossa saúde mental”, explica a psicóloga. Mesmo quem vive sob forte opressão, sonha. Como aconteceu na época do nazismo. A jornalista alemã Charlotte Berardt fez uma lista dos sonhos dos judeus nos campos de concentração. Um deles é o exemplo de como funciona o inconsciente coletivo: “Sonhei que era proibido sonhar, mas eu continuava a sonhar.”
Com a leveza de um anjo
Gilmar Coelho, de 57 anos, aposentado da área de mineração, é responsável por um grupo de meditação com os nomes sagrados de Deus. Sereno, ele dá muita importância aos sonhos e os mais marcantes são trabalhados num grupo de terapia, em que aprendeu a entoar o mantra “O senhor é meu pastor”, para ajudá-lo a se conectar com o self, que é o centro da alma, o inconsciente.
Repetindo a primeira frase do Salmo 23, faz-se uma ponte com o self. “É um processo de incubação dos sonhos, como se fosse uma programação. Ao entoar o mantra, você se lembra dele na dimensão onírica e também de que está sonhando. São sonhos lúcidos, que dão a você a consciência de que está sonhando”, conta.
Nesse processo de terapêutico, ele teve um sonho em particular. “Sonhei que estava no alto de uma montanha, numa espécie de platô. Um dos lados dava para um precipício e me deu muito medo. Eu me vi de frente para o abismo e percebi uma escuridão tremenda. Foi um momento de perigo, de um vazio imenso, mas me lembrei de que estava sonhando e também do mantra “O Senhor é o meu pastor”. “De repente, a paisagem mudou, se transformou numa cachoeira e ao mesmo tempo me senti leve dentro do sonho. A leveza foi tanta que consegui voar acima dos abismos. Como se fosse um anjo”, diz.
O mantra tem o poder de nos conectar com nossa alma, que é o centro de uma natureza superior. Com certeza, os sonhos nos ajudam no processo evolutivo. Na dimensão onírica, há a possibilidade de conectar com nossa essência divina, o amor e que nos humaniza, nos transformando em seres mais compassivos, em pessoas melhores, capazes de amar ao próximo.” A exemplo do que anunciou o espírita mineiro Chico Xavier: “A realidade acontece nos sonhos e se concretiza no amor”.
Mestres dos sonhos
Assim como Paul McCartney, que vislumbrou nos sonhos a música Yesterday, a psicóloga Gislaine D’Assumpção sonhou com a história do livro Pingo de luz, lançado pela Editora Vozes, que fala de um assunto delicado para crianças – a morte. Além de psicóloga transpessoal, ela é especialista em tanatologia (estudo da morte). A idéia do livro e todo o conteúdo vieram em sonho e acabaram por acordá-la em plena madrugada, em 1983. Não conseguindo dormir mais, Gislaine começou a escrever as mensagens enviadas enquanto dormia. Às 7h da manhã, o livro estava pronto. Na época, o tema era pouco tratado, tanto que Pingo de luz está em sua 35ª edição. Em seguida veio De volta à casa do pai. “As pessoas viviam me perguntando o que ocorria depois da morte.” O segundo livro também foi produzido em sonhos. A psicóloga considera os sonhos como guias em sua vida. “Eles são meu GPS, indicam meu caminho, aonde tenho que ir.”
De viagem marcada, Gislaine parte, esta terça-feira, para o Norte da Índia, com um grupo de pessoas que busca os caminhos da espiritualidade mais do que do turismo. Em Tharamsala, no Himalaia, onde fica a sede do governo tibetano, e mora o dalai-lama, ela vai aprender mais com os mestres dos sonhos, que são os tibetanos. “Eles estão num alto nível de evolução, pois dormem conscientes. Só o corpo adormece.”
Para Gislaine, os sonhos hoje não são mais tratados como subproduto do sono, mas vêm sendo cada dia mais considerados como ciência, a partir de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, que em 1900 publicou a obra A interpretação dos sonhos, revelando que eles fazem parte dos desejos do inconsciente. Com o desenvolvimento da neurociência, os especialistas procuram entender seus aspectos físicos e psíquicos. Os sonhos, no entanto, sempre intrigaram a humanidade, como mostra a própria Bíblia, no livro do Gêneses, Antigo Testamento, capítulo 43. José anuncia tempos de fertilidade e miséria, por meio da interpretação dos sonhos do faraó com sete vacas magras e sete gordas. E ganha respeito e admiração.
Na antiga Grécia, quando ainda não havia médicos e hospitais, os moradores recorriam aos templos de cura. Eles acreditavam num deus chamado Esculápio, que curava em sonhos. O doente ia para o templo dormir e se curar. Tomava um banho e pedia a cura espiritual antes de dormir. No dia seguinte, contava o sonho para o sacerdote e recebia as orientações por meio da interpretação dos sonhos. Às vezes, a pessoa sonhava com Esculápio cuidando dela e ao acordar sentia que estava curada. Outras vezes, recebia orientação de mudança de hábitos de vida, de alimentação ou era receitado algum chá. “Todos nós temos um deus interior de cura, que é o inconsciente. A doença aparece no físico, mas o desequilíbrio já ocorreu no emocional, mental e espiritual. A doença física é consequência”, diz a psicóloga Gislaine D’Assumpção.
FAÇA O PRÓPRIO DIÁRIO DOS SONHOS
Sonhos são mensagens do inconsciente e da alma.
Para entendê-los é bom ter um diário.
Trabalhando os sonhos você estará
fazendo terapia consigo mesmo:
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1-Ao acordar pela manhã, não mexa nem a cabeça. Relembre os sonhos e anote numa linha. Primeiro sonho, data. Na linha seguinte, o título
2-Salte uma linha e escreva todo o sonho no presente, como se estivesse ocorrendo agora. Em linhas alternadas, coloque:
a) Sentimento (escreva os mais fortes do sonho, como medo, ansiedade, alegria)
b) Assunto (veja o tema do sonho, como perseguição, viagem, etc.)
c)Questões (se ficou alguma dúvida, qual é a questão para você)
d) Símbolos e significados (escreva os símbolos e o que eles representam para você)
e) Lembre-se de que os sonhos podem orientar tudo na vida, ajudando-o a dar o passo certo na hora certa
Déa Januzzi
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Um comentário:
olha, se vc tive rinteresse tem o site sonhos.clickgratis.com.br com mtos sonhos eh mto elgal os significados
bj
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