quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015 está chegando ao fim.




 É muito mágico a percepção de como as coisas podem mudar tanto em apenas um ano é incrível como tudo muda amizades, pensamentos.

De janeiro pra cá, absolutamente nada em minha vida está igual. Inclusive eu mesma. Aconteceram tantas coisas, eu cometi erros ,acertos ,aprendi muito com cada um deles, fiz novos amigos. Tive muitas decepções ,que me fizeram d
escobrir quem realmente é importante pra seguir comigo nesta caminhada.

Mas o número de alegrias foi ainda maior! 

Todas as vezes em que sorri fizeram com que 2015 valesse a pena.
Quero agradecer a todos aqueles que fizeram parte deste meu ano. Tanto pessoalmente quanto virtualmente neste ano de 2015

Quero agradecer a cada comentário incentivador que vocês publicaram por aqui. Obrigada a cada amigo e amiga  que fizeram parte deste meu refúgio. Agradeço a todos que, de alguma forma, fazem parte dele.


Eu desejo um 2016 sensacionalmente “DILMAIS” para todos nós! 
Desejo que saibamos aproveitar muito bem este novo começo. Que daqui a 365 dias tenhamos muitas novas histórias na bagagem, ainda mais fantásticas do que as anteriores. E, o mais importante: que saibamos sempre enxergar o lado bom da vida.

E Que venha 2016 !

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Minha mãe ,saudade eterna!!!!









Minha mãe, amanhã completa   quatro anos que a senhora passou a brilhar no outro lado da vida  ,e eu não poderia deixar de lhe prestar uma homenagem.
Ao começar a pensar nas palavras que iria compor esta minha homenagem, eu lembrei de uma poesia de Casimiro de Abreu que nós duas recitávamos:

“Eu me lembro! Eu me lembro! - Era pequeno
 E brincava na praia; o mar bramia,
 E, erguendo o dorso altivo, sacudia,
 A branca espuma para o céu sereno.

 E eu disse a minha mãe nesse momento:
 Que dura orquestra! Que furor insano!
 Que pode haver de maior do que o oceano
 Ou que seja mais forte do que o vento?

Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
E respondeu: - Um ser que nós não vemos,
É maior do que o mar que nós tememos,
Mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.”

É mãe ,eu me lembro como fomos guerreiras e parceiras para vencermos os desafios que a vida nos colocava a prova. E olha que não foram poucas. Mas juntas nós procuramos vencer cada um deles com coragem .

A senhora foi meu esteio , meu porto seguro. Nós duas com todas estas lutas não tivemos tempo de sermos só mãe e filha . A vida cobrou um pouco mais de nós duas, pois só assim seríamos capazes de vencê-la. A nossa vida jamais poderia ser resumida em simples palavras. A senhora sempre despertava em mim diariamente para uma realidade, que me fazia acreditar sempre mais e mais no verdadeiro significado das palavras , determinação, honestidade e espírito de luta.


Você mãe ,sempre soube dos meus medos , das minhas fraquezas, dos meus temores ,das minhas inseguranças ,dos meus defeitos e também das minhas realizações, dos meus sonhos ,dos meus acertos e dos meus erros, participou intensamente do meu crescimento e me ajudou a tomar as decisões mais difíceis da minha vida .


Mãe é enorme a saudade, mas o meu carinho e amor por você  terá sempre a capacidade de alcançá-la aonde a senhora estiver!

Ser feliz nas palavras do papa Francisco



"Você pode ter defeitos, ser ansioso, e viver alguma vez irritado, mas não esqueça que a sua vida é a maior empresa do mundo.
Só você pode impedir que vá em declínio.
Muitos lhe apreciam, lhe admiram e o amam.
Gostaria que lembrasse que ser feliz não é ter um céu sem tempestade, uma estrada sem acidentes, trabalho sem cansaço, relações sem decepções. Ser feliz é achar a força no perdão, esperança nas
 batalhas, segurança no palco do medo, amor na discórdia.
Ser feliz não é só apreciar o sorriso, mas também refletir sobre a tristeza.
Não é só celebrar os sucessos, mas aprender lições dos fracassos.
Não é só sentir-se feliz com os aplausos, mas ser feliz no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões, períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista para aqueles que conseguem viajar para dentro de si mesmo. Ser feliz é parar de sentir-se vítima dos problemas e se tornar autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas conseguir achar um oásis no fundo da nossa alma.
É agradecer a Deus por cada manhã, pelo milagre da vida.
Ser feliz, não é ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si. É ter coragem de ouvir um "não".
É sentir-se seguro ao receber uma crítica, mesmo que injusta.
É beijar os filhos, mimar os pais, viver momentos poéticos com os amigos, mesmo quando nos magoam.
Ser feliz é deixar viver a criatura que vive em cada um de nós, livre, alegre e simples.
É ter maturidade para poder dizer: "errei".

É ter a coragem de dizer:"perdão". 
É ter a sensibilidade para dizer: "eu preciso de você".
É ter a capacidade de dizer: "te amo". 
Que a tua vida se torne um jardim de oportunidades para ser feliz... 
Que nas suas primaveras seja amante da alegria. 
Que nos seus invernos seja amante da sabedoria. 
E que quando errar, recomece tudo do início.
Pois somente assim será apaixonado pela vida. 
Descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. 
Utilizar as perdas para treinar a paciência. 
Usar os erros para esculpir a serenidade.
Utilizar a dor para lapidar o prazer.
Utilizar os obstáculos para abrir janelas de inteligência. 
Nunca desista....
Nunca renuncie às pessoas que lhes ama. 
Nunca renuncie à felicidade, pois a vida é um espetáculo incrível".
( Papa Francisco).

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

As Realizações do Governo Lula






1) Reduziu a inflação de 12,5% (2002) para 4,3% (2009) ao ano; a taxa média anual de inflação no governo Lula (6% ao ano) é menos da metade da que tivemos no governo FHC (12,5% ao ano);

2) Aumentou o salário mínimo para o seu maior patamar em 40 anos, com um aumento real de 74 entre 2003/2010%;

3) Reduziu a relação dívida/PIB de 51,3% (2002) para 36% do PIB(2008);

4) Acumulou um superávit comercial de US$ 252 Bilhões (2003/2010);

5) Pagou toda a dívida com o FMI e com o Clube de Paris e o Brasil se tornou credor do FMI, algo inédito na história do país, para quem emprestou US$ 10 Bilhões; Hoje, a dívida externa líquida é negativa em US$ 65 bilhões;

6) Reduziu o déficit público nominal de 4% do PIB (2002) para 1,9% do PIB (2008);

7) Ampliou a capacidade de investimentos do Estado; Os investimentos do governo federal e das estatais para 2009 estão previstos em R$ 90 Bilhões; Em 2010 eles estão programados para chegar a R$ 119 bilhões;

8) Aumentou as exportações de US$ 60 Bilhões/ano (2002) para US$ 198 bilhões/ano (2008) acumulando um crescimento de 230% em 6 anos; Em 2010, as exportações deverão superar os US$ 200 bilhões, o que acontecerá pela primeira vez na história do Brasil.


9) Aumentou as reservas internacionais líquidas de US$ 16 Bilhões (2002) para US$ 285 Bilhões (Novembro de 2010);

10) Ampliou o Pronaf de R$ 2,5 Bilhões/ano (2002) para R$ 16 Bilhões/ano (2010);

11) A concentração de renda e as desigualdades sociais diminuíram sensivelmente; o índice de Gini atingiu o menor patamar da História;

12) Gerou 15 milhões de empregos formais entre 2003/2010;

13) Reduziu o percentual da população brasileira que vive abaixo da linha de pobreza de 28% (2002) para 19% (2006), segundo o IPEA;

14) Elevou os gastos sociais públicos para 21% do PIB;

15) O BNDES emprestou R$ 137 Bilhões em 2009 para o setor produtivo, contra cerca de R$ 22 Bilhões em 2002;

16) Fez o Brasil se tornar credor externo, com um saldo positivo de US$ 65 Bilhões, algo inédito na História do país;

17) Criou programas sociais inclusivos, como o Bolsa-Família, ProUni, Brasil Sorridente, Farmácia Popular, Luz Para Todos, entre outros, que beneficiaram aos pobres e miseráveis e contribuíram para melhorar a distribuição de renda;

18) Iniciou novas grandes obras de infra-estrutura (rodovias, ferrovias, usinas hidrelétricas, etc) financiadas tanto com recursos públicos como privados. Exemplos: Usinas do Rio Madeira, Transnordestina, Ferrovia Norte-Sul, recuperação das rodovias federais, duplicação de milhares de quilômetros de rodovias;

19) Anulou portaria do governo FHC que proibia a construção de escolas técnicas federais e iniciou a construção de dezenas de novas unidades e que foram transformadas em Institutos Superiores de Educação Tecnológica (são 214 novas escolas técnicas federais construídas entre 2003/2010);

20) Criou o Reuni, que iniciou um novo processo de expansão das universidades públicas, aumentando consideravelmente o número de universidades, de campus e de vagas nas mesmas;

21) Os lucros do setor produtivo cresceram quase 200% no primeiro mandato em relação ao governo FHC;

22) Fez o Estado voltar a atuar como importante investidor da economia. Exemplos disso: a criação da BrOI, que têm 49% do seu capital nas mãos do Estado; a compra e incorporação de bancos estaduais pelo Banco do Brasil (da Nossa Caixa, do Piauí, Santa Catarina e Espírito Santo) evitando que fossem privatizados; a participação da Petrobras em 2 grandes petroquímicas nacionais (a Braskem, com 30% do capital nas mãos da Petrobras; a Ultra, com 40% do capital nas mãos da Petrobras); o aumento da participação dos bancos públicos (BNDES, CEF, BB, BNB) no fornecimento de crédito para a economia do país;

23) Elevou o volume de crédito na economia brasileira de cerca de 23% do PIB, em 2002, para 46% do PIB, em 2010;

24) Criação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que prevê investimentos públicos e privados de R$ 646 Bilhões entre 2007/2010; até 2013 os investimentos previstos chegam a R$ 1,14 Trilhão;

25) Reduziu a taxa de desemprego de 10,5% (Dezembro de 2002) para 6,8% (Dezembro de 2008);


26) Reduziu os gastos públicos com pagamento de juros da dívida pública para 5,9% do PIB (em 2008),representando uma queda de cerca de 36% quando comparado com o segundo mandato de FHC.

 por Marcos Doniseti

INVEJA, UM SENTIMENTO QUE SUCUMBE À INFELICIDADE



A inveja dos homens mostra o quanto se sentem infelizes, e sua atenção constante às ações e omissões dos outros mostra o quanto se entediam.


Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão

Inveja, palavra proveniente do latim invidĭa, significa o desejo de obter algo que outra pessoa possui e que você não tem. Representa a tristeza ou o pesar pelo bem alheio.

De acordo com o psicoterapeuta e escritor José Luis Cano, a inveja nada mais é do que “um fenômeno psicológico muito comum que causa um grande sofrimento para muitas pessoas, tanto para os invejosos como para suas vítimas. Ela pode ser explícita e transparente, ou formar parte da psicodinâmica de alguns sintomas neuróticos. Em todos os casos, a inveja é um sentimento de frustração insuportável perante algum bem de outra pessoa, causando o desejo inconsciente de danificá-lo”.

Cano também afirma que um indivíduo invejoso é um ser insatisfeito, seja por imaturidade, repressão, frustração, etc. No geral, essas pessoas sentem, consciente ou inconscientemente, muito rancor contra outros que possuem algo que elas também desejam, mas que não podem obter ou não querem desenvolver (beleza, dinheiro, sexo, sucesso, poder, liberdade, amor, personalidade, experiência, felicidade).

É por isso que o invejoso, ao invés de aceitar suas carências ou perceber seus desejos e capacidades e assim desenvolvê-los, odeia e deseja destruir todas as pessoas que, como um espelho, lembrem-no da sua privação. Em outras palavras, a inveja é a raiva vingadora do impotente que, em vez de lutar por seus anseios, prefere eliminar a concorrência.

A inveja tem inúmeras formas de expressão: críticas, ofensas, dominação, rejeição, difamação, agressões, rivalidade, vinganças.  O psicoterapeuta espanhol José Luis Cano assinala que “na escala individual, a inveja costuma ser parte de muitos transtornos psicológicos e de personalidade; nas relações profissionais e de casal, ela está envolvida em muitos conflitos e rupturas; e na escala social e política, sua influência é imensa”.

Já o catolicismo considera a inveja como um dos sete pecados capitais, uma vez que ela constitui a fonte de outros pecados. O invejoso deseja ter algo que o outro possui, sem se importar em prejudicar a outra pessoa, para obter esse bem. Para o cristianismo, esse sentimento baixo e ignóbil é inaceitável, já que cria uma situação que causa infelicidade e dor para o outro indivíduo.


O poeta italiano Dante Alighieri, na sua obra o Purgatório, o segundo dos três cantos da Divina Comédia, define a inveja como “amor pelos próprios bens pervertido ao desejo de privar a outros dos seus”. O castigo para os invejosos era ter seus olhos fechados e costurados com arame, para que eles não vissem a luz (porque haviam tido prazer em ver os outros sofrerem).

Síndrome de Solomon




Psicólogo explica o que é a Síndrome de Solomon, que leva as pessoas a pensarem como a maioria.

 A Síndrome de Solomon foi desenvolvida pelo psicólogo americano Solomon Asch, e, para comprová-la, fez testes com 123 voluntários, em que avaliou a influência que a opinião dos outros tem sobre o que o indivíduo pensa.

 Na prova, o psicólogo mostrou três linhas diferentes, adicionando uma quarta a elas, e os voluntários precisavam dizer quais das linhas eram iguais às desenhadas ao lado. Os alunos que davam sua opinião antes (e que sabiam qual era a resposta correta) induziam a última vítima ao erro, e, no total, 75% das cobaias responderam incorretamente para não ir contra ao que dizia a maioria.

 O que Solomon quis determinar com esse experimento, segundo o psicólogo e mastercoach João Alexandre Borba, é que os seres humanos estão muito condicionados em relação ao que os outros pensam sobre eles.

“Podemos perceber a Síndrome de Solomon em nós mesmos quando tomamos decisões ou adotamos comportamentos para evitar nos sobressairmos, destacarmos ou nos diferenciarmos dentro de um determinado grupo social, ou, também, quando boicotamos nossos próprios pensamentos e vontades para seguir no mesmo fluxo da maioria. É muito importante que a nossa identidade sempre acompanhe nossas ações. Uma ação sem a presença forte do “eu”, sempre se torna facilmente influenciada”, explica.

 Por vezes, de acordo com Borba, esse sentimento de não querer se destacar pode gerar inveja sobre quem não tem esse medo e não tenta seguir a opinião da maioria. “Superar a Síndrome de Solomon é necessário para que as pessoas possam desenvolver consciência crítica, e o começo disso é superando a obrigação de sempre acreditar e concordar com as opiniões alheias”, observa.


 “É preciso compreender a futilidade que é deixar as opiniões dos outros influenciarem o modo como vivemos nossas vidas. Só porque uma grande maioria acredita que X é a verdade absolta, não significa que ela realmente é tudo isso que dizem, ou então que ela se aplica a sua vida. É importante manter o pensamento crítico e analítico constantemente. Sem o mesmo, nos tornamos marionetes não ‘mãos’ de opiniões alheias. Permita-se refletir sobre os mais variados temas, deixando sua mente livre para agir ”, finaliza o psicólogo.

sábado, 26 de dezembro de 2015

Terapia Regressiva Evolutiva – A terapia do mentor espiritual

Obsessores espirituais nas famílias

Na TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) – A Terapia do Mentor Espiritual (ser desencarnado de elevada evolução espiritual, responsável diretamente pelo nosso crescimento espiritual) – método terapêutico de autoconhecimento e cura criado por mim em 2006, que busca unir a ciência psicológica e a espiritualidade, frequentemente – entre outros problemas – os pacientes vêm em busca da causa e solução de seus conflitos familiares.
As queixas mais comuns que ouço em meu consultório são: “Por que minha mãe (pai) sempre me odiou?”.
“Por que os meus irmãos até hoje me agridem verbalmente e/ou fisicamente?”.
“Eu me sinto um estranho no ninho, não tenho o amor de meus familiares”.
“Eu me dou bem com meus irmãos, mas não suporto a minha irmã e a recíproca também é verdadeira”.
“Há 15 anos cortei as relações com a minha família, não tenho mais contato com eles”.
Conflitos familiares são bastante comuns porque encarnamos e nos vinculamos por laços de sangue tanto com amigos, bem como com inimigos do passado, isto é, de vidas passadas. Sendo assim, a TRE não vê uma família como um mero agrupamento de pessoas ligados “casualmente” por laços de sangue, mas, sim, um agrupamento de espíritos, unidos através de laços cármicos, que estão se reencontrando para reparar erros cometidos no passado, buscando a reconciliação e os aprendizados necessários.
Mas, além dos resgates cármicos, o que pode ocasionar também os conflitos familiares (brigas verbais e/ou físicas, rixas, discussões, desentendimentos, aversões e antipatias entre pais e filhos, irmãos, com tios, avós) é uma causa externa, isto é, interferência dos obsessores espirituais (desafetos, seres desencarnados) que movidos a ódio e vingança por terem sido prejudicados pela família em outras vidas, buscam ajustar as contas provocando discórdias, desentendimentos, mal entendidos, semeando dúvidas, desconfiança, raiva, ciúmes na mente dos membros de uma família.
Mas quero ressaltar que toda obsessão espiritual é um processo bilateral em que há sempre uma relação de cumplicidade entre os envolvidos (obsessor espiritual e obsediado). Ou seja, é preciso que aja um “terreno fértil”, isto é, maus hábitos e imperfeições por parte do obsediado, tais como maledicência, mágoas, ódio, ira, ciúme, medos, insegurança, inveja, orgulho, arrogância, etc., para que seu obsessor espiritual possa explorá-los e, com isso, provocar discórdias, ou até mesmo uma tragédia familiar.
Recentemente (a mídia noticiou fartamente), houve uma tragédia numa família que residia na zona norte de São Paulo, na capital, cujos pais eram policiais militares, onde o filho (Marcelo) de 13 anos os matou a tiros, bem como a avó e a tia-avó e, em seguida, cometeu o suicídio. Este caso, entre outros, não se pode descartar uma interferência espiritual obsessora que pode ter usado o garoto para matar toda sua família.

Caso Clínico:
Problemas familiares
Uma mulher de 45 anos, casada, um filho, veio ao meu consultório para saber sobre sua família, o porquê que ela sempre era pivô de brigas de sua família.
Ela me relatou que sempre foi uma pessoa submissa, que ajudava os pais em tudo, principalmente financeiramente, e mesmo sabendo que não podia fazer determinadas coisas ela fazia para não desagradar seus pais. Mas, após casar e constituir sua família passou a viver em função do marido e filho e, com isso, sua mãe a acusou de que era uma filha ruim, que estava mudada, pois não mais a ajudava financeiramente, e praguejou dizendo que hoje ela estaria por cima e amanhã podia cair.
Assim, a paciente desabafou chorando: – Dr. Osvaldo estou cansada, não aguento mais, agora por último foi com o meu pai, simplesmente ele tomou as dores do meu irmão, ou seja, meu marido fez uma sociedade de representação comercial de um produto com o meu irmão, mas o negócio acabou não dando certo porque o meu irmão é teimoso, queria fazer do jeito dele, não escutando a opinião de meu marido e acabaram com a sociedade brigados. Meu pai me acusou, falando que a culpa era minha, pois fui eu que sugeri a sociedade, pois o meu irmão estava desempregado. Por último, eu e o meu marido também estamos brigados, pois ele teve muito prejuízo nesse negócio e contraiu muitas dívidas.
Na primeira sessão de regressão, ela me relatou: – Está tudo escuro, Doutor, não vejo nada. Sinto muito frio. Está muito frio!  Sinto que tem alguém aqui, mais não o vejo. Está bem perto, pois consigo sentir sua presença (paciente estava sentindo a presença de um ser desencarnado das trevas, do umbral).
– Pergunte quem está com você, não tenha medo. Você tem proteção dos seres amparadores de luz.
– Escuto uma risada, doutor, muito alta… Agora não sinto mais nada.
Na segunda sessão de regressão, assim ela me relatou: – Vejo um homem, é um ser espiritual de luz. Está em pé e me estende as mãos. Ele é alto, moreno, muito bonito… Parece que o conheço há muito tempo, essa é a sensação que tenho. Agora ele me abraça. Nem sei como descrever, sinto muita paz. Sinto um amor verdadeiro (paciente fala chorando muito).
Ele pede para que eu vá com ele, estamos caminhando no meio de rosas. Um cheiro tão bom. Nossa, que sensação maravilhosa! Nunca senti algo assim tão intenso. Doutor, este homem caminha ao meu lado, mas não fala nada. Adiante, vejo uma mulher. Sinto também a mesma coisa, um amor, uma ternura. Ela me espera e quando estou chegando perto, ela me estende os braços. Tenho vontade de correr e vou ao seu encontro. Ela me abraça e o homem também.
– Pergunte para esses seres de luz quem são eles? – Peço à paciente.
– Falam que são meus pais. Meus pais de verdade. Meus pais de alma, de minha família espiritual, de onde vim antes de encarnar. Por isso esse amor todo que sinto, essa sensação de paz eterna. Um carinho que nunca tive de meus pais da encarnação atual. É um carinho que sempre busquei, um amor de verdade!
– Fico no meio dos dois, pareço até uma criança. Vamos caminhando, agora eles param e sentamos num gramado, num campo bem vasto (paciente estava descrevendo o plano espiritual de luz).
O que eles lhe dizem? –Pergunto à paciente.
– Minha mãe espiritual me diz que se chama Stella e o meu pai Luís. Eles dizem que estou me saindo bem nessa encarnação, mas que preciso delimitar algumas coisas para que eu possa passar por essa encarnação e aprender. Eles dizem que eu faço tudo para ser aceita e muitas vezes isso me traz problemas porque eu minto. E quando se mente, mesmo que para não fazer o outro sofrer, um dia essas pessoas que eu quero que não sofram, vão usar isso contra mim. (pausa).
– Eu pergunto aos meus pais espirituais como então devo proceder?
Eles estão me lembrando de que eu vim de outra cidade, Alagoas, e trouxe toda a minha família para São Paulo e os ajudei a serem o que são hoje. Mas me prejudiquei porque sempre quando eles me pedem determinadas coisas e não posso fazer, eu digo inverdades, “mentiras”, porque tenho dificuldade de dizer não para não desagradá-los. Stella, minha mãe espiritual, me diz: – Minha filha, a família na qual você encarnou não há vínculo afetivo nenhum com você, mas eles estão tendo a oportunidade de conviver com você. Eles precisam aprender com você e você com eles, mas não é só isso. Há nessa família vários obsessores espirituais que eles os prejudicaram no passado, e é por isso que você teve que se afastar deles.
Por isso, você sempre se sentiu como um peixe fora d’água, não é mesmo?
– Sim, mãe, inclusive me sinto culpada porque a minha mãe da encarnação atual me fala que me ama, mas nunca senti isso como verdade, pois quando eu não dou dinheiro, ela fala coisas ruins de mim para meu pai e meus irmãos. Os meus pais dessa encarnação deturpam tudo o que faço. Gostam de me deixar em uma situação constrangedora e daí, tenho que me explicar e inventar situações. Estou farta disso!
Não quero dar uma de vítima, não quero que me vejam como pobre coitada porque não sou. Só quero entender e aprender como me respeitar.
Na 3ª e última sessão, a paciente estava mais segura e me disse que estava se sentindo bem melhor. Após o relaxamento progressivo, ela me disse: – Doutor Osvaldo, meus pais espirituais estão aqui e dizem que não vão demorar muito. Eles falam: – Você precisa aprender a dizer NÃO e entender que sua família terrena está sendo obsediada, mas você não faz parte disso; então, não precisa se sentir culpada, pois cada um está no seu nível de evolução. Não se preocupe o que seus familiares pensam ou deixam de pensar de você, pois nada que você disser ou fizer para seus familiares mudará; por isso, não desperdice energia com eles. Não seja mais submissa, aprenda a se aceitar mais.
Agora eles me abraçam e me beijam. Falam que estão orgulhosos de mim, que sou uma filha maravilhosa. Dizem que serei muito feliz, mas tenho que aprender a me impor, não temer nada. Dizem que estão sempre comigo e que me amam muito.
Eles estão se despedindo de mim e dizem um até logo (paciente chora copiosamente).
Após alguns meses do término da terapia, paciente me enviou um e-mail dizendo que estava conseguindo mudar sua vida, que se sentia mais autoconfiante, estava aprendendo a dizer não, pois lembrava que tinha aqueles pais espirituais maravilhosos e que entendeu que na família terrena na qual veio eram somente papéis, rótulos que cada um desempenhava, e que ela no papel de filha fez seu melhor.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Cicatrizes do autoritarismo





Quase três décadas após o fim do regime militar, país ainda sofre com as consequências da ditadura na educação, na segurança pública e, principalmente, na cultura política dos brasileiros
Rogerio Waldrigues Galindo
Desde a fase final do regime militar, o país foi eliminando aos poucos o aparato legal que permitiu os abusos da ditadura

1978 - Depois de dez anos de vigência, o Ato Institucional nº 5, baixado pelo presidente Costa e Silva, deixa de valer. Sua eliminação foi um dos passos dados pelo presidente Ernesto Geisel rumo à “abertura”.

1979 - O presidente João Figueiredo assina, ainda no primeiro ano de seu mandato, a Lei de Anistia, que garante que crimes políticos cometidos durante o regime não serão punidos. A anistia permitiu a volta ao país de esquerdistas, a libertação de presos políticos e também garantiu a impunidade a agentes do regime que cometeram abusos.

1988 - O país promulga a sua nova Constituição, que substituiu a anterior, de 1967, e elimina os traços ditatoriais da revisão constitucional de 1969, que havia incorporado vários itens importantes do AI-5.

Nenhum país passa impunemente por duas décadas de ditadura. Mesmo depois de restabelecida a democracia, as marcas do período de exceção se espalham por várias áreas e por muitos anos. No caso brasileiro, nem mesmo quem nasceu depois da Constituição de 1988 está totalmente livre dos efeitos do golpe de 1964: eles estão presentes na educação, na segurança e, principalmente, na cultura política dos brasileiros.

E embora haja muitos que ainda considerem o período da ditadura como um tempo com menos escândalos políticos ou como uma época mais segura – até em função de a censura ter barrado à época notícias que não interessavam ao regime –, os índices de corrupção e de insegurança de hoje podem ter sido causados em grande medida devido às decisões tomadas naquela época. A desmobilização da sociedade, a divisão cada vez mais forte entre governados e governantes e a crença de que só o poder central poderia resolver os problemas da nação levaram o país a ter uma sociedade civil fraca e impotente – incapaz de fazer os políticos agirem como devem e de cobrar medidas para melhorar os serviços públicos.

“Criou-se uma ética da servidão”, resume Roberto Romano, professor de Ética e de Ciência Política da Unicamp. Nesse sistema, quem tem o poder recebe as garantias de que, faça o que fizer, ninguém poderá lhe cobrar nada. E quem não governa sabe que, se tiver “juízo”, meramente obedecerá. A cultura do autoritarismo sempre existiu no país. Mas, segundo Romano, intensificou-se e se centralizou com as duas ditaduras do século 20 – a de Getúlio Vargas e a dos militares. “Antes, o medo era do coronel da região. Depois, passou a haver temor físico do Estado central.”

Nesse modelo ético, o povo deixa de assumir a responsabilidade por seus atos, delegando soluções para quem ocupa cargos e posições. O outro lado, porém, também perde responsabilidade, e até os servidores menos importantes, amparados na impossibilidade de fiscalização, agem como quiserem. “O vice-presidente Pedro Aleixo definiu magistralmente a situação quando lhe disseram que o presidente Costa e Silva não abusaria do AI-5. O problema, disse ele, não era o presidente, mas o guarda da esquina”, diz Romano.

Na sala de aula

A desmobilização da sociedade não se deu apenas em razão da ausência de eleições ou da postura autoritária dos governos. Foi criada também dentro das salas de aula. Segundo o professor Ângelo de Souza, do Núcleo de Políticas Educacionais da UFPR, a desmobilização na escola não ocorreu devido a um projeto consciente dos militares. “Simplesmente era um regime que não tinha uma proposta educacional. Não era importante para eles”, afirma.

Souza aponta três consequências duradouras do ciclo ditatorial que ainda permanecem vivas. Uma foi a fusão de dois ciclos completamente diferentes naquilo que hoje se chama ensino fundamental. Outra, a falta de um projeto para o ensino técnico, que num momento era visto como algo a ser separado da área de Humanidades e em outro voltava a fazer parte de um ensino mais amplo. E a terceira foi a perda de um sentido para o ensino médio – até hoje, ninguém sabe exatamente qual deveria ser a principal função dos anos que antecedem a entrada na universidade.

Outras reformas feitas na ditadura trouxeram consequências na educação. Retiraram-se do currículo disciplinas como Filosofia e puseram outras destinadas a ensinar assuntos relacionados à política de uma maneira menos profunda, como a Educação Moral e Cívica e a Organização Social e Política do Brasil (OSPB). “Era uma educação tecnicista. Faltava aquilo a que a filósofa Hannah Arendt se referia como amor mundi, o amor à humanidade”, afirma Daniel Medeiros, historiador e doutor em Educação pela UFPR. Segundo ele, criou-se uma geração de “ignorantes políticos”. “Quando a democracia voltou, achávamos que tudo estaria resolvido e nos surpreendemos quando descobrimos que também num regime democrático havia pessoas em altos cargos que não estavam interessadas em fazer o bem comum. Como víamos um mundo apenas de mocinhos e vilões, nos tornamos ingênuos. Viramos fiscais do Sarney, imagine!”

Ordem? Que ordem?

Na área de segurança, os males causados pelo período pós-64 são muitos. Há casos em que a origem do problema é controversa. Exemplo é a tese de que presos políticos, deixados em cadeias junto com presos comuns, teriam ensinado pessoas ligadas ao tráfico a se organizar, o que teria redundado na criação de facções como o Comando Vermelho – a teoria é contestada; antes mesmo desse convívio, havia criminosos que praticavam os assaltos a banco que lhes teriam sido ensinados pelos guerrilheiros, por exemplo.

Em outros aspectos, a herança é mais visível. Cada vez que um policial sai fardado às ruas, por exemplo, fica evidente a militarização da segurança. A Polícia Militar foi usada pelo regime como parte de sua doutrina de segurança. A derrocada do regime não pôs fim à militarização das polícias. “Na área da segurança, o instrumento que era realmente definidor do regime de 1964 continua praticamente intocado”, afirma Pedro Bodê, do Núcleo de Estudos da Violência da UFPR. É claro que os exemplos mais radicais de interferência das Forças Armadas no policiamento sumiram, como os Dois – órgãos de repressão política comandados pelo Exército. Mas isso não impede que a militarização siga seu curso.

Bodê diz que as PMs assumem cada vez mais tarefas e passam a ter um projeto para o país, o que classifica como “muito perigoso”. “Neste ano, Goiás repassou o controle de dez escolas públicas para a PM por acreditar que havia muita violência lá. Militares não servem para resolver nem mesmo problemas de segurança entre civis, quanto mais para dar educação”, diz o professor.

Outra cicatriz deixada pelo regime na segurança foi a politização da Justiça Militar, encarregada de julgar quem cometesse crimes dentro das Forças Armadas e da PM. O direito a que os militares fossem julgados unicamente por seus pares levou a uma espécie de acordo tácito em que ninguém punia ninguém, criando um ciclo violência. Isso traz consequências até hoje – basta ver as inúmeras acusações de truculências que pesam contra as polícias.

“Os excessos se devem à impunidade dos excessos anteriores”, diz Edson Fachin, professor de Direito da UFPR. “O que se quer é a garantia de que a ordem será feita dentro da liberdade. Mas, do jeito como as coisas estão postas hoje, nem está se garantindo a liberdade nem se garante a ordem.”


A ordem a que Fachin se refere era um dos sonhos da Constituição que sepultou o regime autoritário, em 1988. O documento registrou a vontade de um povo não só de sair da ditadura como de garantir direitos. Como qualquer lei, é imperfeita, e não resolveu todos os problemas criados a partir de 64 – mesmo porque isso não se faz a canetadas. Vinte e seis anos depois, porém, continua sendo a base da jovem democracia brasileira, e a garantia de que os erros de 50 anos atrás não se repitam nunca mais

domingo, 6 de dezembro de 2015

O idoso

O idoso e o direito de morar sozinho


Outro dia, recebi um email que dizia assim: “Gostaria de saber qual é a idade permitida para uma senhora morar sozinha – sem acompanhante - tendo uma ótima saúde”. Primeiro, achei engraçado uma pergunta dessas. Mas depois relendo, percebi que a dúvida era real e me espantei. Ainda hoje muita gente pensa que existe limite para o exercício da capacidade civil, da autonomia de vontade.
Vamos esclarecer de uma vez por todas, no Brasil a capacidade civil começa aos 18 anos completos e não termina com idade alguma. O que determina esta capacidade é a lucidez, ou seja, uma pessoa pode ser lúcida aos 95 anos enquanto outra pode ser considerada incapaz aos 30 anos. Vale dizer: a incapacidade não é uma consequência do envelhecimento. A incapacidade civil, que gera o processo de interdição e consequente nomeação de um curador (para adultos) ou tutor (para crianças), pode surgir em qualquer fase da vida em decorrência de uma doença degenerativa, de um acidente ou de uma dependência química por exemplo.

Voltando a pergunta: não existe limite de idade para morar sozinho, ou melhor, para viver sozinho. A escolha deve ser do idoso e de ninguém mais. Mesmo que a decisão traga desconforto para os familiares e amigos, a decisão deve ser respeitada. O importante é fornecer subsídios para que o idoso faça uma escolha consciente, levando em conta sua liberdade, sua saúde, seu conformo e principalmente sua autonomia. E vale ressaltar, o fato do idoso morar sozinho não impede que a família lhe ofereça ajuda, se necessário.

Não obstante o auxílio prestado pela família em casos emergentes, cresce realmente a proporção de idosos vivendo sozinhos, tanto homens quanto mulheres, conforme comprovam o Relatório Nacional Brasileiro sobre o Envelhecimento da População Brasileira divulgado pelo IBGE.

Viver só representa, para os idosos, uma forma inovadora e bem-sucedida de envelhecimento, o que vai de encontro à imagem estereotipada de abandono, descaso ou solidão. Viver só pode ser uma situação temporária do ciclo de vida, mas pode também refletir uma opção pessoal, um exercício de vontade. Na verdade, a proximidade física ou geográfica, nem sempre pode ser traduzida por uma maior frequência de contato ou afetividade. Porém, o que acontece muitas vezes é que a família conta com os rendimentos do idoso para se sustentar e por isso vai morar com ele ou o leva para perto. Nas duas atitudes é preciso se preocupar com a vida, o objeto e o espaço físico do idoso, pois todos estes elementos constituem sua memória de vida e não devem ser descartados ou desqualificados.

Enfim o mais importante é garantir o direito de escolha do idoso. Ele deve ser motivado e orientado a decidir sobre sua vida, sua moradia, seus amigos e seus bens. À família cabe apenas o apoio. A família não deve expropriar o idoso de suas decisões, mesmo que seja sob o argumento de protegê-lo. O idoso deve continuar fazendo suas próprias escolhas e ninguém deve ser impedido de gerir sua própria  vida senão depois de exaustivamente demonstrada sua incapacidade em um processo legal chamado de interdição judicial. Somente através deste processo, que conta com perícia médica e psicológica, alguém pode ser considerado incapaz de coordenar sua própria vida.


*Pérola Melissa Vianna Braga é advogada, autora do livro Direitos do Idoso – (Quartier Latin-2005), mestre em Direito Civil pela PUC/SP, conferencista sobre Direitos do Idoso, professora universitária e Editora deste site.

sábado, 5 de dezembro de 2015

Na Árvore da Vida Você É Folha ou Fruto?



Na Árvore da Vida Você É Folha ou Fruto?
Por Bemvindo Sequeira









Estava eu posto em sossego observando a Natureza num dos parques florestais do Rio. Sentado em silêncio vi o cair de uma folha. A Natureza depositou-a suavemente sobre a terra à minha frente. Pouco depois uma manga caiu pesadamente ao solo, esborrachada, aberta, sangrando seu sumo.

E eu estava justamente pensando por que as pessoas boas muitas vezes morrem cedo, de modo abrupto, ou mesmo quando maduras, com muito sofrimento, enquanto gente muito má vive o tempo além do tempo e morre suavemente como a folha que caiu aos meus pés.

É sempre uma pergunta que o povo faz quando morre alguém bom:  - Por que este homem bom morreu assim, enquanto aquele malvado continua vivo e feliz?

É a árvore da vida, percebi… há pessoas que não são frutos. São como folhas estéreis, que se despregam leves e suaves da árvore. Há outras que são generosas, como um fruto suculento. Quando maduras, ou atingidas por um imprevisto como uma tempestade,  desabam dolorosamente sobre a terra.  Mas mesmo assim, por sua generosidade, levam consigo a semente que uma vez na terra gerará mais e mais vida, mais e mais frutos.

Divagação que tive que interromper. Começou a chover. A bendita água caindo generosamente sobre tudo e todos: folhas e frutos, inclusive sobre mim, que enquanto me abrigo da chuva penso se vou ficar ou não pra semente.