tag:blogger.com,1999:blog-6605690127524893442024-03-13T04:12:00.397-07:00AninhaAninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.comBlogger977125tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-78427066620872767522018-05-01T17:01:00.000-07:002018-05-01T17:01:15.641-07:00Carta de Lula aos trabalhadores, no 1º de maio:<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzp9yWxMSYwLoIkr_yBMhYSGlEhc9H8jYzFJQ8X2P0ggvNTis51taN5_iszdotDs-omDXcdHCuYBzd7ElXfnVHds5xLSCWvwO_1XwixcodYy83jvTQ2tUJ71WstLiJAxwpCjDWUPG4qeSk/s1600/lula+20.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="490" data-original-width="653" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzp9yWxMSYwLoIkr_yBMhYSGlEhc9H8jYzFJQ8X2P0ggvNTis51taN5_iszdotDs-omDXcdHCuYBzd7ElXfnVHds5xLSCWvwO_1XwixcodYy83jvTQ2tUJ71WstLiJAxwpCjDWUPG4qeSk/s320/lula+20.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">“Por isso a
esperança! A esperança que retomamos neste 1.º de Maio unificado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Meus amigos,
minhas amigas, o Brasil vive esse 1º de maio com tristeza, mas esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">É com
tristeza que vivemos um momento onde a nossa democracia está incompleta, com um
presidente que não foi eleito pelo povo no poder. O desemprego cresce e humilha
o pai de família e a dona de casa. Em uma força de trabalho superior a 100
milhões de pessoas, apenas 33 milhões têm carteira assinada, o número mais
baixo em 6 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Uma multidão
de mais de 13 milhões está desempregada e outros tantos milhões em subempregos
ou na informalidade. O país sofreu com a reforma do governo Temer o mais duro
golpe nos direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo do século XX.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">É com
tristeza que vemos a economia patinar, conquistas democráticas serem revogadas
e a maioria da população fazendo sacrifícios diariamente. O direito ao
trabalho, a proteção da lei, ao estudo, ao lazer tem sido cada vez mais
restritos. A mesa já não é farta, e até para cozinhar o pouco que tem muitas
famílias catam lenha porque não podem mais pagar o bujão de gás. Crianças e
jovens perdem o futuro que lhes garantimos e a porta de acesso ao ensino
superior que tiveram nos governos nos quais servimos em benefício daqueles que
mais precisavam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Vocês se
lembram da prosperidade do Brasil naqueles tempos. Quando o Brasil ia bem e
parte da imprensa reclamava o tempo inteiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Agora o
Brasil vai mal e os mesmos falam em “retomada da economia”. A sabedoria popular
contra essa propaganda massiva, em especial das Organizações Globo, que
controlam a maior parte das comunicações desse país, revela-se nas pesquisas,
onde o povo mostra que sabe o caminho para voltar a ter um Brasil melhor, com
mais inclusão social, democracia e felicidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Um Brasil
onde os trabalhadores tenham direito a ter direitos. Onde os trabalhadores
possam ter uma vida digna. Onde as crianças possam ter uma boa educação. Onde nenhum
menino ou menina passe fome ou fique pedindo esmola em um farol. Onde o filho
do pedreiro possa fazer uma faculdade e virar doutor. Um país do qual possamos
ter orgulho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Sabemos que
esse Brasil é possível. Mais do que isso, já vivemos nesse Brasil há muito
pouco tempo atrás.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Por isso a
esperança! A esperança que retomamos neste 1.º de Maio unificado não é apenas
um desejo, é algo que buscamos em nossa luta democrática em todos os dias. Ela
nos fortalece para superarmos o triste momento presente e para construir um
futuro de paz e prosperidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Viva o Dia
dos Trabalhadores! Viva os trabalhadores brasileiros! Viva o Brasil!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Luiz Inácio
Lula da Silva<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Lucida Calligraphy";">Curitiba, 1
de maio de 2018<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-50601463992565626482018-05-01T13:58:00.002-07:002018-05-01T13:59:36.376-07:00O ataque sistemático ao PT <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="td-post-header td-pb-padding-side" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 12px; padding: 20px 19px 0px 20px;">
<br />
<header style="box-sizing: border-box;"><h1 class="entry-title" style="box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: "Open Sans", arial, sans-serif; font-size: 32px; font-weight: 400; letter-spacing: -0.02em; line-height: 40px; margin: 6px 0px 7px; word-wrap: break-word;">
O ataque sistemático ao PT não lhe tira a popularidade e o protagonismo político.</h1>
<h1 class="entry-title" style="box-sizing: border-box; color: #222222; font-family: "Open Sans", arial, sans-serif; font-size: 32px; font-weight: 400; letter-spacing: -0.02em; line-height: 40px; margin: 6px 0px 7px; word-wrap: break-word;">
Por Eugênio Aragão</h1>
</header></div>
<div class="td-post-content td-pb-padding-side" style="background-color: white; border-bottom-color: rgb(255, 255, 255); border-left-color: rgb(255, 255, 255); border-right-color: rgb(255, 255, 255); border-top: 1px solid rgb(255, 255, 255); box-sizing: border-box; color: #444444; font-family: Verdana, Geneva, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 24px; padding: 20px 19px 0px 20px;">
<figure class="wp-caption aligncenter" id="attachment_211660" style="box-sizing: border-box; clear: both; margin: 6px auto 0px; max-width: 600px; text-align: center;"><a href="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-barroso-deu-a-volta-em-raquel-dodge-para-pressionar-temer/barroso-dodge/" rel="attachment wp-att-211660" style="background: transparent; box-sizing: border-box; color: #4db2ec; text-decoration-line: none !important;"><img alt="" class="size-large wp-image-211660" data-attachment-id="211660" data-comments-opened="1" data-image-description="" data-image-meta="{"aperture":"2.8","credit":"Jos\u00e9 Cruz\/Ag\u00eancia Brasil","camera":"Canon EOS-1D X","caption":"Bras\u00edlia - A procuradora-geral da Rep\u00fablica, Raquel Dodge, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Lu\u00eds Roberto Barroso, participam da palestra Direito \u00e0 \u00c1gua promovida pela UniCEUB (Jos\u00e9 Cruz\/Ag\u00eancia Brasil)","created_timestamp":"1521023644","copyright":"","focal_length":"200","iso":"3200","shutter_speed":"0.005","title":"","orientation":"0"}" data-image-title="barroso dodge" data-large-file="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-600x400.jpg" data-medium-file="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-300x200.jpg" data-orig-file="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge.jpg" data-orig-size="740,493" data-permalink="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-barroso-deu-a-volta-em-raquel-dodge-para-pressionar-temer/barroso-dodge/" height="400" sizes="(max-width: 600px) 100vw, 600px" src="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-600x400.jpg" srcset="https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-600x400.jpg 600w, https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-300x200.jpg 300w, https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-630x420.jpg 630w, https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-640x426.jpg 640w, https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge-681x454.jpg 681w, https://www.diariodocentrodomundo.com.br/wp-content/uploads/2018/04/barroso-dodge.jpg 740w" style="border: 0px; box-sizing: border-box; display: block; height: auto; margin-bottom: 0px; max-width: 100%; width: 640px;" width="600" /></a><figcaption class="wp-caption-text" style="box-sizing: border-box; font-size: 11px; font-style: italic; line-height: 17px; margin: 4px 0px 17px; text-align: right; z-index: 1;">Raquel Dodge e Luís Roberto Barroso (foto de José Cruz/Agência Brasil)</figcaption></figure><br />
<div style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<strong style="box-sizing: border-box;">POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça</strong></div>
<div class="p1" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Mal cai a ficha da tal “opinião pública”, tornando-se evidente que o juiz de piso Sergio Moro não é lá essa Brastemp toda que diz ser e que Lula foi vítima de atuação grotescamente seletiva e partidária duma “<i style="box-sizing: border-box;">kangoroo justice</i>”, que os estamentos do judiciário instrumentalizados pelo golpe – polícia, ministério público e a magistratura – se apressam em promover novo ataque de linchamento midiático de Lula e o PT.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">A nova invectiva vem em movimento de pinça sincronizado: enquanto a turma de Curitiba acelera a negociação da deduragem extorsiva (chamam-na de “delação premiada” também) de Palocci, a Procuradoria Geral da República se utiliza das viciadas e recortadas estórias contadas por diretores da Odebrecht para denunciar, além de Lula, também a senadora e presidenta do PT Gleisi Hoffmann e outros personagens daquilo que seria uma peita gigantesca no valor de dezenas de milhões de reais.</span></div>
<div class="td-a-rec td-a-rec-id-content_inlineright " style="box-sizing: border-box; float: right; margin-bottom: 15px; margin-left: 21px; margin-top: 6px;">
<div data-google-query-id="CLelgbWx5doCFSHh4QodOx4EHQ" id="Post_Arroba1" style="box-sizing: border-box; text-align: center;">
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</div>
</div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">A dinâmica é sempre a mesma, funciona como uma troca de figurinhas para montar o álbum dos sonhos dos acusadores. Trocam liberdade ou penas irrisórias para empresários de comprovada má reputação no mercado por acusações contra personalidades-alvo.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Não é qualquer informação sobre presumíveis crimes que interessa, mas somente aquelas que preenchem as lacunas do álbum dos investigadores amadores: “dê-me a figurinha 140 que o livro solto!” Não são as figurinhas 139 e nem 138 que prestam. Somente a 140. É assim que se completa o enredo previamente desenhado pelos jovens e bem-pagos burocratas do ministério público.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Que isso não tem nada a ver com a busca da verdade real ou verdade provada parece aos poucos claro para toda a sociedade, ou, pelo menos, para sua parte com maior discernimento. Estamos diante de um esforço corporativo de consolidar o ilegítimo protagonismo político de quem não tem voto, mas apenas tortas convicções e projetos pessoais. Enquanto isso, o país sangra, com suas instituições em frangalhos, desacreditadas e sua constituição transformada em pasquim.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">A segurança jurídica já não existe e o desfecho de julgamentos depende apenas de quem é escolhido para ser o relator ou julgador ou, até , por vezes, da cara do freguês, das partes do processo. A lei – que lei? – passou a ser uma metamorfose ambulante, mudando de conteúdo de conformidade com o objetivo político – ou será politiqueiro? – dos atores estatais.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">No meio dessa verdadeira saturnália jurídica, em que tudo que já valeu não vale mais, é, no entanto, incrível que o PT e Lula, os alvos preferidos da agressão judicial-corporativa, permanecem inabalados na preferência coletiva. Lula é de longe o candidato com maiores chances de ganhar as próximas eleições, enquanto a popularidade do PT é nove vezes maior que a do segundo partido avaliado. Isso em plena tempestade.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Ao invés de deixar que o eleitor julgue os políticos, a ensandecida burocracia acusatória prefere impedir a eleição plena e justa. Lula voltar a ser presidente é para esses mauricinhos e essas patricinhas concursadas o fim do mundo, pois permitiria a sociedade se reencontrar e colocar cada qual em seu lugar – o ministério público e a magistratura como agentes da legitimidade derivada da lei aprovada pela soberania popular e não como árbitros da legitimidade originária dos que têm voto.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Mas esquecem-se esses abastados consumidores da elite do serviço público que a história continua. Mesmo que batam e esmurrem Lula e o PT, não vão conseguir fazer desaparecer a luta de classes que é sua força e sua vocação. Os miseráveis relegados ao esquecimento e à lixeira social pelo golpismo são a maioria e sabem perfeitamente quem se preocupa com seu destino e quem não se preocupa.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Não adianta insistir na quimera do combate à corrupção, porque hoje têm consciência de que o golpe apoiado na persecução da esquerda partidária e dos movimentos sociais só promoveu desemprego, perda de direitos e desqualificação global do Brasil.</span></div>
<div class="p3" style="box-sizing: border-box; color: black; font-size: 18px; letter-spacing: -0.003em; line-height: 29.5px; margin-bottom: 24px;">
<span class="s1" style="box-sizing: border-box;">Lula e o PT são forças invencíveis na sociedade porque se pautam na realidade do processo histórico. Podem sacrificá-los, podem fingir que não existem, mas não lograrão anular o sonho da grande maioria das brasileiras e dos brasileiros de uma sociedade inclusiva, de uma democracia para todas e todos e de um país altivo e respeitado no concerto das nações. Durmam com essa!<br /><br />Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-ataque-sistematico-ao-pt-nao-lhe-tira-a-popularidade-e-o-protagonismo-politico-por-eugenio-aragao/</span></div>
</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-75658264259540390972018-05-01T11:53:00.002-07:002018-05-01T11:53:40.105-07:00A LAVA JATO DE MORO ACABOU! <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6S9M3OuNg8i9JiOSQyl9gK3qunWLO72bCygLG0eBgLHAAmJbwAGtSNcdpAmQ8hnrrbaTTIZIq-f54i7F3Zmh9Wf3N9J12mkh1aVRSs97IezS3n0wADw46nAuOBMmiT0k7msnucjUPNHX6/s1600/moro+45.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="501" data-original-width="498" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6S9M3OuNg8i9JiOSQyl9gK3qunWLO72bCygLG0eBgLHAAmJbwAGtSNcdpAmQ8hnrrbaTTIZIq-f54i7F3Zmh9Wf3N9J12mkh1aVRSs97IezS3n0wADw46nAuOBMmiT0k7msnucjUPNHX6/s320/moro+45.jpg" width="318" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /><span style="font-size: large;">
Por Carlos Henrique<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">No seu barulhento afã desintegrador, Moro parou o Brasil e
hoje vive a própria erosão. Atracada no pátio da Globo, a Lava Jato está
condenada à demolição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Aquela orgulhosa muralha obreira da tarefa de desintegrar a
economia nacional, agora esfarela-se como um castelo de areia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Não existem substâncias vitais para dar seguimento à farsa.
Agora é delação sobre delação. Um requentando a outra no cozidão de Curitiba.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Personagens vão se repetindo e produzindo aquela enorme ruga
de crosta. A Lava Jato agora anda em círculos, e está condenada a desaparecer.
O diamante é falso, não há o que lapidar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Aquele solo arável, plano e apto a criar escândalos contra o
PT, Lula e Dilma, hoje está deteriorado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Não há o que a Globo fazer para salvar a decomposição do
logro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Dodge até tentou criar um fato novo denunciando a cúpula do
PT a fomentar o apetite da sociedade por mais um escândalo criado mecanicamente
no Ministério Público, mas nada. Nem a mídia viu qualquer valor estratégico
nisso pra satisfazer a gula troglodita de bolsomitos e congêneres e, muito
menos para abastecer de especulação o grande mercado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">A Lava Jato vem somando buracos n’água e derrotas
estratégicas em tribunais superiores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Do ponto de vista político, ela não existe mais,
transformou-se em molho de pimenta aguada em prato de baiano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Para Moro, sobrou manter Lula mais alguns dias preso, numa
tentativa tola de anulação total do maior líder político da história do Brasil,
mas o tempo de Lula jamais passou. Já o da Lava Jato, expirou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Agora começa a erguer-se a onda legalista para tentar apagar
a responsabilidade do judiciário no desastre criado por Moro no país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;">Se esse enfeite vai colar, tenho minhas dúvidas. O
judiciário como um todo, subordinado ao mercado, tem hoje uma dívida com a
sociedade difícil de pagar, sobretudo depois do golpe contra Dilma e a prisão
de Lula. A ver…<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-30722113226413934632018-04-22T14:51:00.001-07:002018-04-22T14:53:22.178-07:00Bolsonaro representa uma verdadeira ameaça à democracia<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">De Uirá Machado <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<img alt="Resultado de imagem para Bolsonaro representa uma verdadeira ameaça à democracia" height="179" src="https://f.i.uol.com.br/fotografia/2018/04/20/15242513115ada3aafd6043_1524251311_16x9_md.jpg" width="320" /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Em entrevista à Folha, célebre pensador fala sobre riscos
que a democracia enfrenta com a ascensão de líderes populistas nacionalistas,
tema presente em seus últimos escritos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Os dias de certeza de Francis Fukuyama há muito ficaram para
trás. No final da década de 1980 e nos anos 90, o autor do célebre ensaio “O
fim da história?” (1989) parecia convencido de que a democracia liberal
representava o ápice da evolução ideológica da humanidade e se universalizaria
como forma de governo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Passadas quase três décadas do artigo de 18 páginas na
revista “The National Interest” (o interesse nacional), Fukuyama está
preocupado. Ainda acredita na sobrevivência da democracia, mas considera que a
ascensão de líderes populistas nacionalistas —Jair Bolsonaro (PSL) entre eles—
constitui sério risco para o sistema político e econômico que se difundiu no
Ocidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(…)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O professor de ciência política da prestigiosa Universidade
Stanford registra que o número de países democráticos saltou de 35, em 1970,
para quase 120 nos anos 2000. A partir de então, a onda começou a refluir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Do ponto de vista qualitativo, a situação piora. Fukuyama
afirma que não se trata só de observar que o apoio à globalização tem sido
substituído em muitos lugares por uma ênfase na soberania nacional. O problema
é maior porque essa nova tendência ganha força dentro do próprio mundo
democrático.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Holanda,
Hungria e Polônia, cada um a seu modo, são exemplos de países ocidentais nos
quais a agenda do nacionalismo populista ganha espaço crescente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(…)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Questionado sobre a possibilidade de o nacionalismo
populista ser um risco para o sistema político brasileiro, disse: “Bolsonaro
representa uma verdadeira ameaça à democracia. Subjacente a isso, há uma
polarização social no Brasil, que transformou em luta ideológica o que começou
como campanha anticorrupção”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">(…)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Fonte : Folha de S.Paulo.<br />https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2018/04/bolsonaro-e-uma-ameaca-a-democracia-diz-francis-fukuyama.shtml<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-48844069848147716182018-04-22T14:36:00.001-07:002018-04-22T14:37:35.216-07:00Lula é vítima de Lawfare? <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas o que é isso?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">por Wagner Francesco <o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p><b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span></b></o:p><img alt="Resultado de imagem para Lawfare." src="https://www.ocafezinho.com/wp-content/uploads/2017/03/Lawfare.png" /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Os advogados do Lula deram (mais) um argumento para rebater
as denúncias contra seu cliente: segundo eles, "Lula é vítima de
‘Lawfare’.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Mas o que é Lawfare? A grosso modo, é uma guerra travada por
meio da manipulação das leis para atingir alguém que foi eleito como inimigo
político. É o uso (muitas vezes) abusivo da lei como uma arma de guerra. É a
estratégia de utilizar - ou abusar - do direito como um substituto de
tradicionais métodos militares para obter sucesso em um conflito.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ora, numa democracia é necessário que a lei seja obedecida;
o Estado, dessa forma, se vale do uso da lei para atacar aqueles/aquilo que
considera como inimigo. Desenhando: dar um ar de legalidade aos abusos. Sabe
quando alguém diz que apesar do impeachment ter seguido os trâmites legais,
ainda assim ele foi golpe? Tipo quando o diabo, para tentar Jesus, usou as palavras
de Deus? Pois, quem defende isso defende que houve, no Brasil, uma Lawfare e
que Dilma saiu derrotada...<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Segundo os advogados do Lula, há a prática de Lawfare, pois,
para deslegitimar o ex-presidente, há manipulação do sistema legal, abuso de
direito, tentativa de influenciar a opinião pública, judicialização da política
e promoção de desilusão popular. Isso porque uma"guerra legal" parte
da ideia de que um grupo político vai tentar usar a lei para impedir ou punir a
ação de outro grupo político - e esse argumento é usado pela defesa do Lula
para passar a impressão de que a atuação do Ministério Público não é só
jurídica, mas política também.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Resumo: os advogados do Lula argumentam que nas urnas
ninguém o vence, então seus opositores se valem da Lawfare, que é uma guerra
jurídica, para derrubá-lo politicamente.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não caindo no mérito sobre se os advogados do Lula têm razão
ou não, o fato é que o uso da lawfare é mais eficiente e menos cansativo que
ganhar uma eleição. Nada melhor que derrubar um opositor usando uma via mais
destrutiva: de forma legal - ainda que camuflada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O que posso afirmar é que a Lawfare é inerentemente
negativa. Não é uma coisa boa. É o oposto da busca pela justiça, pois, por meio
de apresentação de processos judiciais frívolos e do mau uso de processos
legais, intimida e frustra os adversários. E ganha uma Lawfare quem tem mais
poder: político e econômico - e essa guerra nunca foi novidade num cenário
internacional. Se chegou ou não ao Brasil devemos, sim, discutir: mas de
repente pode ser só um jus esperniandi...<o:p></o:p></span></b></div>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-88099816880489348882018-04-22T14:29:00.001-07:002018-04-22T14:29:25.119-07:00 ‘Noite chegou tarde.’<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj56RCeBp3S-nWRgG30azgaQK4X6h0ZiqBgKf_v0cn1arqcstHvSlO81Q2XUiqiypoKLsPAmqfr0tuHq_T_38om7HyOFKbkfaxNywkxfvRK8lhg4ahk-a2TmVXN0KeK_5YgnTeTyeBf6ALb/s1600/lula-nordeste-recife20170824_0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj56RCeBp3S-nWRgG30azgaQK4X6h0ZiqBgKf_v0cn1arqcstHvSlO81Q2XUiqiypoKLsPAmqfr0tuHq_T_38om7HyOFKbkfaxNywkxfvRK8lhg4ahk-a2TmVXN0KeK_5YgnTeTyeBf6ALb/s320/lula-nordeste-recife20170824_0001.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Pedro Tierra*</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
‘O reverso da madrugada bate à tua porta.<br />Mais uma vez. Como há quarenta anos.<br />Com o nó dos dedos desta noite<br />que insiste em revogar os códigos do tempo<br />e prolonga sua aspiração à eternidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Há quarenta anos vem polindo algemas.<br />Com os olhos atentos<br />de quem te acompanha<br />por tantos desertos,<br />em tantas batalhas,<br />acendo a suspeita:<br />a Noite chegou tarde<br />ao encontro que todos esperavam...</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A esta altura, você já é<br />a própria madrugada,<br />luz intangível que emana<br />para alimentar esperanças:</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Impossível cercar com algemas<br />os pulsos da madrugada.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Homens vestidos de preto,<br />sob as ordens de outros tantos,<br />igualmente vestidos de preto<br />te conduzem a Curitiba.<br />Julgam que você lê um livro<br />no silêncio da cela. E se enganam.<br />Você está no alto da página de um jornal,<br />em Nova Iorque, sob a neblina de Londres,<br />aos pés de Luís de Camões, em Lisboa,<br />na Puerta del Sol, em Madri.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Não suspeitam, os homens de preto,<br />que a Universidade de Rosário<br />te confere nessa hora<br />o título de Doutor Honoris Causa...</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Você desembarca em Roma,<br />Berlim, Moscou ou no alarido de Beijing...<br />Anda por uma rua de Paris<br />que se despede do inverno,<br />acenando flores ainda indecisas<br />para tecer a irrevogável primavera<br />que se anuncia.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Você roda pelo sul do país,<br />sob o fogo das carabinas<br />ou no Eixo Norte da transposição,<br />rebatizado em Monteiro, na Paraíba.<br />Ali o São Francisco lança água<br />e esperança<br />nos olhos de teus irmãos.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Você chama o país a S. Bernardo,<br />para devolver São Bernardo ao país:<br />os sentidos de S. Bernardo,<br />os sonhos de S. Bernardo.<br />E avisa:<br />“não se aprisionam os nossos sonhos” .</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Hoje você foi visto, finalmente...<br />agitando bandeiras na cobertura<br />de um certo tríplex, no Guarujá...<br />e expôs a fraude da sentença<br />que te condena<br />e a verdade que te absolverá.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
A vida é breve para uma luta tão longa.<br />Não basta uma vida para tantas batalhas.<br />“Dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria...”<br />repetem há 200 anos as montanhas de Minas...<br />A vida, há que multiplicá-la por tantos<br />quantos forem teus filhos vivos.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Nossa palavra será o teu alimento.<br />Devolvemos a você,<br />raiz e destino de nossas esperanças,<br />a força de sua voz rouca<br />que nos ecoa no coração,<br />com a ternura rabiscada na letra incerta<br />das crianças, dos peões ou das mulheres do povo<br />que te escrevem – garrafas ao mar... –<br />mensagens de acender<br />amor em dias de indignação.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
O amor em tempos sombrios,<br />nos ensina a soprar sob as cinzas<br />as brasas sagradas da cólera...</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
*Pedro Tierra é poeta. Militante do Partido dos Trabalhadores.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
Acampamento “Lula Livre”, Brasília, antevéspera do 21 de abril.</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-49519170275572947142018-04-22T14:13:00.002-07:002018-04-22T14:19:37.830-07:00A PRODUÇÃO DO CAOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Fim da Nova República terá brutalização da espoliação e Estado tutelado pelas Forças Armadas.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCtmO-LWB8ZPKkTp5f9AN9g7ujRZxqTyq0BpNqDe1olN5cE6L1jKsN5QRTpO7CLvnyZx5kxhyphenhyphenVOreqAeDyK_TkE4DwR4AbAhz42qBsXF7Oam4wnE3KtjXj62Yo2tEITLgbggqVsiGZqMeM/s1600/caos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="779" data-original-width="762" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCtmO-LWB8ZPKkTp5f9AN9g7ujRZxqTyq0BpNqDe1olN5cE6L1jKsN5QRTpO7CLvnyZx5kxhyphenhyphenVOreqAeDyK_TkE4DwR4AbAhz42qBsXF7Oam4wnE3KtjXj62Yo2tEITLgbggqVsiGZqMeM/s320/caos.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Por
Vladimir Safatle – <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Talvez
a formulação mais precisa a respeito do sentido da prisão do ex-presidente
Lula, ocorrida na semana passada, tenha sido fornecida pelo filósofo Renato
Lessa: “impeachment preventivo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Dentro
do horizonte de radicalização da brutalidade das relações de classe pela qual
passa atualmente o Brasil, não há mais espaço para pactos e compromissos. Lula
foi a encarnação mais bem acabada dos pactos nacionais. Sua prisão é uma forma
dos operadores tradicionais dizerem que esta era definitivamente acabou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Por
mais que esse sistema de pactos que imperou na Nova República tenha sido
responsável por preservar uma democracia de fachada com sua violência armada
contra setores desfavorecidos da população, é inegável que ela conseguiu frear,
por um momento, os arroubos mais fortes do neoliberalismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">O
Brasil é um país que chegou a 2018 como uma espécie de capitalismo de Estado no
qual, por exemplo, 2 dos 4 principais bancos são públicos, assim como as duas
maiores empresas nacionais (Petrobras e BR distribuidora).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Suas
universidades públicas são completamente gratuitas, seu sistema de saúde
público (embora problemático) é universal para uma população de 209 milhões.
Tudo isso está completamente fora da cartilha neoliberal reinante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Mas
para avançar no choque de acumulação primitiva e de concentração de renda seria
necessário impor o aumento exponencial e a generalização completa da violência
de Estado, isso em um país no qual esta já era responsável por uma política
contínua de desaparecimento, tortura e simples execução.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Como
fazer isso não produzindo deliberadamente o caos, ou seja, dando a impressão de
que nenhuma resposta política seria mais possível, sendo necessário apelar à
força? Mas produzir o caos significava eliminar todos os atores políticos
críveis, assim como impedir que novos sujeitos políticos aparecessem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Dentro
dessa estratégia, a Operação Lava Jato teve um papel central. Desde que o juiz
Sergio Moro decidiu por divulgar em cadeia nacional os grampos de conversa
entre Dilma e Lula, a fim de impedir sua posse como ministro, ele transformara
uma operação importante de combate à corrupção em modo de intervenção política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Sua
caçada a Lula foi construída a partir do calendário político do país, seus
passos foram claramente calculados para impedir um grupo político de atuar. Ou
seja, sua operação foi uma farsa por estar politicamente comprometida e
interessada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Seus
resultados concretos no que diz respeito a combate contra a corrupção são
inexistentes. Ao contrário, o Brasil caiu 17 posições no Índice de Percepção da
Corrupção (IPC) nos últimos dois anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Nosso
governo atual é explicitamente mais corrompido do que o anterior sem que nada
possa pará-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Sem
contar que a Lava Jato normalizou práticas impensáveis até mesmo em uma
democracia liberal, como grampear telefones de advogados de um acusado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">O
resultado não poderia ser diferente do alcançado por seu congênere italiano, a
Operação Mãos Limpas: entregar o país para um grupo ainda mais corrompido e
“apolítico” (no caso, Berlusconi).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">No
entanto, há uma especificidade brasileira. Dentro desse cenário de caos, as
Forças Armadas sentem-se completamente à vontade para retornar seu protagonismo
e se impor ao país como verdadeiro poder.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Este
será o saldo do fim da Nova República: brutalização da espoliação e Estado
tutelado pelas Forças Armadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Nesse
horizonte, espero que as forças progressistas lembrem do destino de Lula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Aquele
que melhor encarnava as dinâmicas de negociação entre classes da Nova República
terminou na cadeia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Aquele
que acreditou que os processos de transformação poderiam ser garantidos por
meio de um reformismo gradual e seguro foi simplesmente jogado na cadeia na
primeira oportunidade, independente do caos que isso possa gerar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Esta
é uma aula sobre o que de fato é o Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">*Filósofo,
é professor livre-docente do Departamento de Filosofia da USP (Universidade de
São Paulo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial rounded mt bold" , sans-serif;">Fonte : Folha de São Paulo<o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-23633737614553279802018-02-14T12:54:00.002-08:002019-11-25T09:18:06.056-08:00Afaste-se de pessoas que lhe fazem sentir-se mal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
Por UNIVERSOKG<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebHcj3H2WbOibHlqB2JoXkbARvnjPS0nNJUBfD8dmwskYbLPukC33bxgGMiZtJSmvkGHRC1sCVWbZKIZYa1eEDE1yI5zobOk9LrFJjv5K4N5GHBY9hAyMjcQx_SV1gUt8Kw3aVWFD2VkW/s1600/toxica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="300" data-original-width="400" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjebHcj3H2WbOibHlqB2JoXkbARvnjPS0nNJUBfD8dmwskYbLPukC33bxgGMiZtJSmvkGHRC1sCVWbZKIZYa1eEDE1yI5zobOk9LrFJjv5K4N5GHBY9hAyMjcQx_SV1gUt8Kw3aVWFD2VkW/s320/toxica.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Às vezes é inevitável. Conviver com pessoas tóxicas faz
parte da vida. A Palavra de Deus diz: amai-vos uns aos outros, mas sabemos que
no dia-a-dia nem sempre é tão fácil. Como identificar uma pessoa tóxica?
Simples: são pessoas egocêntricas, manipuladoras, interesseiras, arrogantes,
rancorosas, amarguradas, mal amadas, invejosas ou fracassadas, que não
conseguem ver o sucesso ou a felicidade alheia. Enfim, pessoas sombrias que
minam os relacionamentos e amizades com intrigas, críticas excessivas, falta de
consideração e respeito pelo outro e abusos verbais ou físicos. Pessoas muito
perigosas de se conviver.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essas pessoas tóxicas acabam, de alguma forma, nos
envenenando quando não estamos em alerta. Direta ou indiretamente, acabamos
agindo por influência delas, seja com atitudes ou omissões. Muitas vezes
acabamos agindo por impulso para evitar essas pessoas, ou, na pior das
hipóteses, acabamos agindo da mesma forma. São pessoas nocivas, intoxicando
nosso comportamento e nos levando a agir e a tomar decisões que, em outras
circunstâncias poderiam ser completamente diferentes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
São tóxicas, porque conseguem despertar o que há de pior
dentro de nós, não apenas no sentido de maldade ou crueldade, mas no sentido de
perdermos a identidade, a autonomia, a energia, a iniciativa e o poder de
decisão. Ficamos estagnados, hipnotizados, paralisados. São verdadeiros
vampiros, sem Luz própria, que consomem nossa energia vital, que exploram e
manipulam pessoas de acordo com os seus interesses e vivem às custas da energia
dos outros para se sustentarem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reflita, você convive intimamente com alguma pessoa tóxica,
seja na família, no trabalho, ou nas “amizades”?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tenha cuidado, afaste-se, fique longe o quanto antes dessas
pessoas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cuide-se, preserve-se, seja você mesmo, seja pleno e feliz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E acima de tudo sempre perdoe essas pessoas, muitas vezes,
elas não tem consciência de seus próprios malefícios.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Como conseguir viver bem ao lado de pessoas com
características “tóxicas“?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: red;">1) NÃO TENTE MUDAR A PESSOA<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
Isso é um pouco decepcionante, pois, na prática, é difícil
não tentar mudá-la. Ainda mais se gostamos e queremos o bem da pessoa. Ocorre
que é preciso levar em conta que ninguém muda pelo outro. Só mudamos porque
queremos mudar e, mesmo assim, é um processo difícil e demorado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="color: red;">2) AJUSTE AS SUAS EXPECTATIVAS SOBRE A RELAÇÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
Não espere valorização ou algum tipo de reconhecimento por
algo que você fez para a pessoa. Pessoas difíceis são inseguras e com baixa
autoestima, apesar de, muitas vezes, apresentarem uma fachada que mostra
exatamente o contrário. Geralmente, sabem tudo sobre a vida alheia, mas não
conseguem enxergar a si mesmas. Costumam falar: “Eu não tenho problemas” ou “É
você que está com problema”. Portanto, se essas pessoas não conseguem
reconhecer o próprio valor, imagine ver o valor dos outros!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><i><span style="color: red;">3) CUIDE DE SUA AUTOESTIMA<o:p></o:p></span></i></b></div>
<div class="MsoNormal">
Essas pessoas sempre tentarão abalar o que você pensa sobre
si mesmo. Potencializam os seus pontos fracos e o enchem de culpa e
frustrações. Portanto, cuide de sua autoestima para conquistar uma imunidade
emocional cada vez mais forte e, consequentemente, conseguir se desviar de
qualquer “ataque tóxico” da pessoa.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Portanto, é possível se proteger da “toxicidade” dessas
pessoas e não deixar sua vida ser dominada por elas. Não se desgaste
emocionalmente tentando mudar a pessoa. Aproveite para usar essa energia para
si mesmo. Invista na construção de uma autoestima à prova de balas e,
consequentemente, viva com menos estresse e mais felicidade ao lado de qualquer
pessoa saudável ou “tóxica”. <o:p></o:p></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-78374035554061993802018-01-26T14:56:00.000-08:002018-01-26T14:56:22.105-08:00Lula, enfim, se libertou<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<h3 class="post-title entry-title" itemprop="name" style="font-family: Lobster; font-size: 18px; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: normal; line-height: normal; margin: 0px; position: relative;">
<br /></h3>
<div class="post-header" style="color: #999999; line-height: 1.6; margin: 0px 0px 1.5em;">
<div class="post-header-line-1">
</div>
</div>
<div class="post-body entry-content" id="post-body-4852102154362691961" itemprop="description articleBody" style="font-size: 14.85px; line-height: 1.4; position: relative; width: 528px;">
<div dir="ltr" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgadk_OlZlIn4UqQWkVhN7cm4V0yfD4qd2KvnQWiSP0dHqLvqTNxTOdhAcSXbhZIFxX0uo4spRqcaqAsBwyRxfqb6uMyaDSqf7jwPJpARk5S1p9RAf-0fL_uPvWdw1pF5n21JmZN2VIhSRf/s1600/lula+179.jpg" imageanchor="1" style="color: #771000; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><img border="0" data-original-height="504" data-original-width="414" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgadk_OlZlIn4UqQWkVhN7cm4V0yfD4qd2KvnQWiSP0dHqLvqTNxTOdhAcSXbhZIFxX0uo4spRqcaqAsBwyRxfqb6uMyaDSqf7jwPJpARk5S1p9RAf-0fL_uPvWdw1pF5n21JmZN2VIhSRf/s320/lula+179.jpg" style="border: none; position: relative;" width="262" /></a></div>
<br style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px;" />
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-size: 16pt;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b>por Jeter Gomes</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O dia 24 de janeiro de 2018 ficará marcado na história como o dia em que Lula se libertou. Acabou a apreensão, o nervosismo da expectativa de um possível julgamento justo. O que se viu em Porto Alegre, durante horas e horas de sessão, foi a confirmação de que o Judiciário brasileiro não tem o menor pudor em assumir diante das câmeras que tem um lado: o das elites brancas, escravocratas e raivosas. Longuíssimas leituras e discursos políticos dos magistrados e nem uma migalha de provas da culpabilidade do ex-presidente da República. Como os inquisidores nada conseguiram provar, mostraram para seus patrões da mídia e do Kapital que são ainda mais cruéis que o TorqueMoro e aumentaram a pena. Tramando a confirmação do crime, vilipendiaram as leis, a Constituição, o Estado Democrático de Direito. Com punhos de renda, prestaram contas ao rentismo. Com inteligência média, ganharam as manchetes da mídia. E voltaram pra suas casas com as mãos sujas dos carrascos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: 0px; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E ali começou a libertação de Lula do seu pequeno corpo físico de metalúrgico migrante do agreste pernambucano. O que era carne virou verbo: Lular. Se de um lado, o prefeito de Porto Alegre, seu inimigo figadal, tucano de filiação e MBL (essa seita dirigida por garotos fascistas, financiada por abastados e seguida por abestados) por convicção, não conseguiu juntar uma centena de g(p)atos pingados; do outro, 70 mil pessoas de todo o Brasil lularam numa demonstração gigantesca de apoio ao seu líder e que a mídia Golpista ocultou dos seus leitores. Certamente, Lula é o réu que mais arrastou simpatizantes para um julgamento na história da humanidade. E a massa lulava com força, com gana, com raça, com coragem, mesmo sabendo que os juízes jogavam no time adversário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A farsa acabou, os véus foram rasgados, as máscaras deixadas nos bolsos das togas. Despiram-se das fantasias a menos de vinte dias do carnaval. E quando o mundo abriu os olhos, os três patéticos estavam nus diante do tribunal da verdade, aquela que adoece, mas nunca morre. A guilhotina foi armada para decapitar o maior líder popular e o presidente mais bem avaliado da história do Brasil. Mas Lula desencantou, bateu asas na Esquina Democrática da capital gaúcha, sobrevoou o Guaíba, se misturou ao vento e se espalhou pelo país. Se fez matéria nas universidades e institutos tecnológicos que construiu, nos 40 milhões que ajudou a tirar da miséria, na retirada do Brasil do mapa da fome da ONU, nas águas transpostas do Velho Chico, na Luz que ofertou para Todos, nos alimentos da Agricultura Familiar que saciou a fome nas merendas escolares, nos tetos seguros do Minha Casa Minha Vida, nos milhares de jovens negros e pobres que ingressaram nas universidades e adquiriram conhecimento até ultrapassaram nossos limites geográficos no Ciência Sem Fronteiras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Esfumando-se da cidade que foi por vezes sede do Fórum Social Mundial, Lula aterrissou na Praça da República (ironia da história), na capital do Kapital brasileiro. Ali, num tom sereno, dos que portam a certeza da sua inocência, acalmou e orientou para a luta os 50 mil militantes que o ouviram atenta e emocionadamente. Paradoxalmente, a poucos quilômetros dali, na Avenida Paulista, os vitoriosos do dia não conseguiram amealhar mais do que 300 adeptos. Sintoma de que a população se cansou de ser manipulada por grupelhos infanto-fascistas e pela mídia golpista. Senão, como explicar que os torcedores do time campeão recolheram-se em seus lares e os “derrotados” desfilaram na avenida como se tivessem ganho o campeonato? E o mar de vozes e bandeiras vermelhas lulou até a Paulista, onde já não havia o menor sinal dos “vitoriosos”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Lula não é mais de carne e osso. Não é mais um nordestino de voz rouca e língua presa. Lula virou pássaro, virou canção, virou poesia. Já entrara pra história como um dos nossos melhores presidentes, senão o melhor. Agora se perpetuará como um dos mais injustiçados, caçados, esquadrinhados, revirados, tripudiados. Seu corpo de 72 anos pode até ser encarcerado, mas não se pode prender seus ideais, seus projetos, seus sonhos, seus feitos, sua utopia. Eles não cabem nas gaiolas da FIESP, da Rede Globo, da FEBRABAM, da Veja ou da Folha de São Paulo, pois já estão fecundados nos corações e mentes de milhares de brasileiros e brasileiras que não desistirão nunca de serem livres. Lula não mais se pertence. Ele agora é do povo, dos mais humildes, dos mais conscientes, dos mais necessitados, dos excluídos. Não por acaso, lidera folgado todas as pesquisas de intenção de voto para presidente da República. E já não precisa mais receber nenhum desses votos, pois virou lenda, virou mito, virou luz na escuridão que o Golpe nos jogou. Virou estrela no céu cinzento, virou sol em meio a tempestade. Seus algozes quiseram transformá-lo em cinzas, mas Lula é Fênix. Renasce e cresce a cada derrota. O sapo barbudo ficará na história, os juízes na escória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Contam que depois da sentença, pré-anunciada pela crônica, ouviu-se Lula declamando os versos do gaúcho (talvez uma homenagem à cidade que o abraçou e o fez mártir) Mário Quintana: todos esses que aí estão, atravancando o meu caminho, eles passarão...Eu passarinho!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Voa Lula, voa!<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="background-color: white; clear: both; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgadk_OlZlIn4UqQWkVhN7cm4V0yfD4qd2KvnQWiSP0dHqLvqTNxTOdhAcSXbhZIFxX0uo4spRqcaqAsBwyRxfqb6uMyaDSqf7jwPJpARk5S1p9RAf-0fL_uPvWdw1pF5n21JmZN2VIhSRf/s1600/lula+179.jpg" imageanchor="1" style="color: #771000; margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-decoration-line: none;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 11.25pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i>Jeter Gomes - Engenheiro mecânico, poeta, especializado em Economia do Trabalho e Sindicalismo, mestre em Educação e consultor para assuntos de Sindicalismo, Economia Solidária, Cooperativismo e projetos sociais.</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div dir="ltr" style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Paytone One"; font-size: 14.85px; margin-bottom: 15px; padding: 0px;">
</div>
</div>
</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-41295246698773159292018-01-06T11:55:00.002-08:002018-01-06T11:55:26.385-08:00Gramsci: Socialismo e Cultura<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="article-header" style="display: table; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 14px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center; width: 750px;">
<h1 class="title entry-title" itemprop="name" style="display: table-cell; font-family: Oswald; font-size: 20px; font-weight: normal; margin: 0px; padding: 0px 40px 0px 0px; position: relative; vertical-align: middle; width: 670px;">
<br /></h1>
</div>
<div class="article-content entry-content" itemprop="articleBody" style="clear: both; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 14px; line-height: 1.4; margin: 10px auto 5px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Introdução por <b><span style="color: red;">Marcelo Troysi</span></b></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O presente texto faz parte de uma série de escritos de Antonio Gramsci, ilustre pensador marxista que criou reflexões das mais brilhantes, como hegemonia, intelectual orgânico e adicionou novos pensamentos acerca do conceito de ideologia. Gramsci nasceu em 1891 na cidade de Ales (Oristano, Sardenha), inscreve-se na seção de Turim do Partido Socialista Italiano em 1913, faz parte da redação turinense do Avanti!, onde escreve diversos artigos. Gramsci é preso em 1926 pelo regime fascista de Mussolini. É no cárcere que vem à luz suas mais brilhantes reflexões.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">Trato de expor aqui o primeiro de uma série de escritos pré-carcerários de Gramsci que estou redigindo de vários livros sobre este prolífico pensador, principalmente livros de um grande intelectual brasileiro, Carlos Nelson Coutinho, que tratou de analisar profundamente o pensamento de Antonio Gramsci e expô-lo em Antologias como "O leitor de Gramsci", publicado pela Civilização Brasileira em 2011 e outras obras.</span></div>
<br /> <br /><div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3H98ICC8Q4K4qvLouKBLDl4V0X110GGHUsBPlAnRQpFycNYive8GpB26j_KhJCnLLdqRdqOmzjiyl9-D-GnhQaUXHAy153tLotDh1pwWedOMrPkvj4JaCEaGPB8Hk3Avb4v78v3D4jgQm/s1600/gramsci.jpg" imageanchor="1" style="color: black; display: inline; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em; outline: none; text-decoration-line: none; transition: color 0.3s;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3H98ICC8Q4K4qvLouKBLDl4V0X110GGHUsBPlAnRQpFycNYive8GpB26j_KhJCnLLdqRdqOmzjiyl9-D-GnhQaUXHAy153tLotDh1pwWedOMrPkvj4JaCEaGPB8Hk3Avb4v78v3D4jgQm/s320/gramsci.jpg" style="-webkit-border-image: url("data:image/png; border: 9px none; box-sizing: border-box; display: inline-block; height: auto; margin: 10px auto; max-width: 100%; padding: 8px; position: relative;" width="294" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; text-align: start;"><b>Por <span style="color: red;">Antonio Gramsci</span></b></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">[...]Recordemos duas passagens. Uma de um romântico alemão, Novalis (que viveu entre 1772 e 1801), que diz : "O supremo problema da cultura é o de dominar o próprio transcendental, de ser ao mesmo tempo o eu do próprio eu. Por isso, surpeende pouco a falta de intuição e de conhecimento completo dos outros. Sem uma perfeita compreensão de nós mesmos, não poderemos compreender verdadeiramente os outros."</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span> A outra, que resumimos, é de G. B. Vico. Vico [...] dá uma interpretação política do famoso dito de Sólon, que Sócrates depois assumiu para a filosofia: "Conhece-te a ti mesmo". Vico afirma que Sólon, com este dito, quis aconselhar os plebeus, que acreditavam ser de <i>origem bestial</i>, enquanto os nobres seriam de <i>origem divina</i>, a refletirem sobre si mesmos para se reconhecerem de <i>igual natureza humana</i> que os nobres e, por conseguinte, para pretenderem ser-lhes<i>igualados no direito civil</i>. E, em seguida, põe essa consciência da igualdade humana entre plebeus e nobres como a base e a razão histórica do surgimento das repúblicas democráticas na Antiguidade.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span class="Apple-tab-span" style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; white-space: pre;"> </span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Não aproximamos os dois fragmentos por acaso. Eles nos parecem conter, ainda que expressos e definidos de modo não muito preciso, os limites e os princípios que devem servir de base para uma justa compreensão do conceito de cultura também em relação ao socialismo.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>É preciso perder o hábito e deixar de conceber a cultura como saber enciclopédico, no qual o homem é visto apenas sob a forma de um recipiente a encher e entupir de dados empíricos, de fatos brutos e desconexos, que ele depois deverá classificar em seu cérebro como nas colunas de um dicionário, para poder em seguida, em cada ocasião concreta, responder aos vários estímulos do mundo exterior. Essa forma de cultura é realmente prejudicial, sobretudo para o ploretariado. Serve apenas para criar marginais, pessoas que acreditam ser superiores ao resto da humanidade porque acumularam na memória certo número de dados e de datas que vomitam em certa ocasião, criando assim quase que uma barreira entre elas e as demais pessoas. Serve para criar aquele tipo de intelectualismo balofo e incolor, tão bem-fustigado duramente por Romain Rolland, intelectualismo que gerou toda uma caterva de presunçosos e sabichões, mais deletérios para a vida social do que os micróbios da tuberculose e da sífilis o são para a beleza e a saúde física dos corpos. O estudantezinho que sabe um pouco de latim e de história, o rábula que conseguiu obter um diploma graças à irresponsabilidade e à desatenção dos professores acreditam ser diferentes, superiores até mesmo ao melhor operário qualificado, que cumpre na vida uma tarefa bem precisa indispensável e que vale cem vezes mais em sua atividade do que os outros valem na deles. Mas isso não é cultura, é pedantismo; não é inteligência, mas intelectualismo - e é com toda razão que se reage contra isso.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>A cultura é algo bem diverso. É organização, disciplina do próprio eu interior, apropriação da própria personalidade, conquista de consciência superior: e é graças a isso que alguém consegue compreender seu próprio valor histórico, sua própria função na vida , seus próprios direitos e seus próprios deveres. Mas nada disso pode ocorrer por evolução espontânea, por ações e reações independentes da própria vontade, como ocorre na natureza vegetal e animal, onde cada ser singular seleciona e especifica seus próprios orgãos inconscientemente, pela lei fatal das coisas. O homem é sobretudo espírito, ou seja, criação histórica, e não natureza. Se não fosse assim, seria impossível explicar por que, tendo tendo sempre existido explorados e exploradores, criadores de riqueza e consumidores egoístas da mesma, o socialismo ainda não se realizou. É que só pouco a pouco, de estrato em estrato, a humanidade adquire consciência de seu próprio valor e conquista o direito de viver independentemente dos esquemas e dos direitos de minorias que se afirmaram historicamente num momento anterior. E essa consciência se forma não sob a pressão brutal da necessidades fisiológicas, mas através da reflexão inteligente (primeiro de alguns e depois de toda uma classe) sobre as razões de certos fatos e sobre os meios para convertê-los, de ocasião de vassalagem, em bandeira de rebelião e de reconstrução social. O que significa que toda revolução foi precedida por um intenso e continuado trabalho de crítica, de penetração cultural, de impregnação de ideias em agregados de homens que eram inicialmente refratários e que só pensavam em resolver por si mesmos, dia a dia, hora a hora, seus próprios problemas econômicos e políticos, sem vínculos de solidariedade com os que se encontravam na mesma situação. O último exemplo, o mais próximo de nós e por isso o menos diferente do nosso, é o da Revolução Francesa. </span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;">O período cultural que a antecedeu, chamado de Iluminismo, tão difamado pelos críticos superficiais da razão teórica, não foi de modo algum - ou, pelo menos, não foi inteiramente - aquele borboletar de inteligências enciclopédicas superficiais que discorriam sobre tudo e sobre todos com idêntica imperturbabilidade, que acreditavam só ser homens do seu tempo depois de ter lido a <i>Grande Enciclopédia</i> de D'Alembert e de Diderot. Em suma, não foi apenas um fenômeno de intelectualismo pedante e árido, similar ao que vemos diante dos nossos olhos e que encontra sua manifestação nas universidades populares de baixo nível. Foi ele mesmo uma magnífica revolução, mediante a qual, como observa agudamente De Sanctis em sua <i>Storia della letteratura</i> italiana, formou-se em toda Europa uma consciência unitária, uma internacional espiritual burguesa, sensível em todos os seus elementos às dores e às desgraças comuns, e que foi a melhor preparação para a sangrenta revolta que depois teve lugar na França.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Na Itália, na França, na Alemanha, discutiam-se as mesmas coisas, as mesmas instituições, os mesmo princípios. Toda nova comédia de Voltaire, todo <i>pamphlet</i> era a centelha que passava pelos fios já tensos entre Estado e Estado, entre região e região, encontrando por toda parte e ao mesmo tempo os mesmos defensores e os mesmos opositores. As baionetas dos exércitos de Napoleão encontravam o caminho já preparado por um exército invisível de livros, de opúsculos, que vinham como enxames de Paris desde a primeira metade do século XVIII e que haviam preparado homens e instituições para a necessária renovação. Mais tarde, quando os fatos da França solidificaram as consciências, bastou um movimento popular em Paris para suscitar outros similares em Milão, em Viena e nos centros menores. Aos simplistas, tudo isso parece natural e espontâneo; mas ao contrário, seria incompreensível se não conhecessem os fatores culturais que contribuíram para criar aquele estado de espírito pronto para explosões em favor de uma causa que se acreditava em comum.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>O mesmo fenômeno repete-se hoje com o socialismo. É através da crítica à civilização capitalista que se forma ou se está formando a consciência unitária do ploretariado: e crítica quer dizer cultura, e não evolução espontânea e natural. Crítica quer dizer precisamente aquela consciência do eu que Novalis definia como meta da cultura. Um eu que se opõe aos outros, que se diferencia, e que, tendo criado para si mesmo uma finalidade, julga os fatos e os eventos não só em si e para si, mas também como valores de propulsão ou repulsão. Conhecer a si mesmo significa ser si mesmo, ser o senhor de si mesmo, diferenciar-se, elevar-se acima do caos, ser um elemento de ordem, mas da própria ordem e da própria disciplina diante de um ideal. E isso não pode ser obtido se também não se conhecem os outros, a história deles, a sucessão dos esforços que fizeram para ser o que são, para criar a civilização que criaram e que nós queremos substituir pela nossa. Significa ter noções sobre o que é a natureza e suas leis a fim de conhecer as leis que governam o espírito. E aprender tudo sem perder de vista a finalidade última, ou seja, a de conhecer melhor a si mesmo através dos outros e conhecer melhor os outros através de si mesmo.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>Se é verdade que a história universal é uma cadeia dos esforços que o homem fez para libertar-se dos privilégios, do preconceitos e das idolatrias, não se compreende por que o ploretariado - que quer acrescentar um outro elo a essa cadeia - não deva saber como, por que e por quem foi precedido, bem como o benefício que poderá extrair deste saber.</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space: pre;"> </span>(Assinado Alfa Gamma, Il Grido del popolo, 29/1/1916; EP 1, 56-61).</span></div>
<div style="margin: 0px; outline: none; padding: 0px;">
<span class="Apple-tab-span" style="font-family: Georgia, "Times New Roman", serif; white-space: pre;"> </span></div>
</div>
<div class="article-footer" style="clear: both; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 14px; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: center;">
<div class="publish-info" style="color: #4d4d4d; margin: 0px; outline: none; padding: 5px 0px;">
Posted <abbr class="time published" itemprop="datePublished" style="border: none; color: black; margin: 0px; outline: none; padding: 0px; text-decoration-line: none; text-decoration-style: initial;" title="2013-02-20T04:18:00.000Z">20th February 2013</abbr> by <a class="url fn" href="https://plus.google.com/106162811330224042328" itemprop="author" rel="author" style="color: black; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; outline: none; text-decoration-line: none; transition: color 0.3s;">Marcelo Troysi</a></div>
<div class="labels" itemprop="keywords" style="color: #4d4d4d; margin: 0px; outline: none; padding: 5px 0px;">
Labels: <a class="label" href="http://centrodosocialismo.blogspot.com.br/search/label/Teoria" style="color: black; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; outline: none; text-decoration-line: none; transition: color 0.3s;" target="_self">Teoria</a></div>
</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-72115370968827701712018-01-06T11:52:00.000-08:002018-01-06T11:52:13.682-08:00Odeio o Ano Novo”, de Antônio Gramsci<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3V7kUAGi4CNeBaBI1Ly5pZgn2g-qFFDa3A6bHHFTowZvwa4HhhZ6It4j1RCS0OHiEt6BP0daQ73QMyrwj26zeq956vi51CBt-fNlMwrOd9vc_TwvbYjdFUliMxYqWvDhTaNUXdcXfqAtG/s1600/0a5ddcbe678851491aed8c3605deab39ca1a844c_hq.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="850" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3V7kUAGi4CNeBaBI1Ly5pZgn2g-qFFDa3A6bHHFTowZvwa4HhhZ6It4j1RCS0OHiEt6BP0daQ73QMyrwj26zeq956vi51CBt-fNlMwrOd9vc_TwvbYjdFUliMxYqWvDhTaNUXdcXfqAtG/s320/0a5ddcbe678851491aed8c3605deab39ca1a844c_hq.jpg" width="320" /></a></div>
<h3 class="spip" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #192e4f; font-family: SourceSansPro-Bold; font-size: 22px; font-weight: 500; line-height: 1.1; margin: 50px 0px 20px;">
Odio il Capodanno</h3>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Toda manhã, ao acordar mais uma vez sob o manto do céu, sinto que para mim é o primeiro dia do ano.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Por isso odeio estes anos novos a prazo fixo, que transformam a vida e o espírito humano em uma empresa comercial, com sua prestação de contas, seu balanço e suas previsões para a nova gestão. Eles fazem com que se perca o sentido de continuidade da vida e do espírito. Termina-se por acreditar a sério que entre um ano e outro exista uma solução de continuidade e comece uma nova história; fazem-se promessas e projetos, as pessoas se arrependem dos erros cometidos, etc. É um equívoco geral que afeta todas as datas.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Dizem que a cronologia é a ossatura da história. Pode-se admitir que sim. Mas também é preciso admitir que há quatro ou cinco datas fundamentais, que toda pessoa conserva gravadas no cérebro, datas que tiveram efeito devastador na história. Também elas são primeiros dias de ano. O Ano Novo da história romana, ou da Idade Média, ou da era moderna. Elas se tornaram tão presentes que nos surpreendemos a pensar algumas vezes que a vida na Itália começou em 752, e que 1490 ou 1492. São como montanhas que a humanidade ultrapassou de um só golpe para entrar em um novo mundo e em uma nova vida.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Com isso, a data converte-se em um fardo, um parapeito que impede que se veja que a história continua a se desenvolver de acordo com uma mesma linha fundamental, sem interrupções bruscas, como quando o filme se rompe no cinema e se abre um intervalo de luz ofuscante.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Por isso odeio o ano novo ano. Quero que cada manhã seja um ano novo para mim. A cada dia quero ajustar as contas comigo mesmo e renovar-me. Nenhum dia previamente estabelecido para o descanso. As pausas eu escolho sozinho, quando me sinto embriagado de vida intensa e desejo mergulhar na animalidade para extrair um novo vigor.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Nenhum disfarce espiritual. Cada hora da minha vida eu gostaria que fosse nova, ainda que vinculada às horas já passadas. Nenhum dia de júbilo coletivo obrigatório, a ser compartilhado com estranhos que não me interessam. Só porque festejaram os avós dos nossos avós, etc., teremos também nós de sentir a necessidade de festejar? Tudo isso dá náuseas.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Espero o socialismo também por esta razão. Porque mandará para o lixo todas estas datas que já não têm nenhuma ressonância em nosso espírito. E se o socialismo vier a criar novas datas, ao menos serão as nossas e não aquelas que temos de aceitar sem benefício de inventário dos nossos ignorantes antepassados.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
Antonio Gramsci, Turín, 1º de janeiro de 1916.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
* Tradução ao português tomando por base o texto em Espanhol Tomado do Livro “Bajo la Mole - Fragmentos de Civilización”, de Antonio Gramsci. Editorial Sequitur, Págs. 9-10.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: border-box; font-family: SourceSansPro-Regular; font-size: 19px; margin-bottom: 25px; margin-top: 25px; padding-top: 10px;">
<i style="box-sizing: border-box;">Tradução: Leandro Lanfredi</i></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-65218820908411225702017-12-09T03:50:00.003-08:002017-12-09T03:51:29.541-08:00O QUE É SER SOCIALISTA? AINDA FAZ SENTIDO SER DE ESQUERDA ?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="_5pcp _5lel _232_" id="feed_subtitle_909794252503201:4:0" style="background-color: white; color: #90949c; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 12px; position: relative;">
<i></i><br />
<div style="color: black; display: inline !important; font-style: normal;">
<div style="display: inline !important;">
<span style="font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: large;"><b>Por Afrânio Silva Jardim</b></span></div>
</div>
</div>
<div class="mtm _5pco" data-ft="{"tn":"K"}" style="background-color: white; margin-top: 10px;">
<div class="text_exposed_root text_exposed" id="id_5a2bcc9bc14959358881726" style="display: inline;">
<i>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUZNe9rDxq0iaPHWIyS_jMVa1q2H5Tp8XffT4dpZSdRMabvlt2b7BxtmmWzoOvEMXt-KfGcs_RihQSQPv7G4OxdTmithAKvhKorQGtWv5HoIfviw3BelCVCmNyKOBh6t-lB_foU4P0H3VB/s1600/esquerda-direita1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="654" data-original-width="720" height="290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUZNe9rDxq0iaPHWIyS_jMVa1q2H5Tp8XffT4dpZSdRMabvlt2b7BxtmmWzoOvEMXt-KfGcs_RihQSQPv7G4OxdTmithAKvhKorQGtWv5HoIfviw3BelCVCmNyKOBh6t-lB_foU4P0H3VB/s320/esquerda-direita1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="color: black; font-style: normal;">
<span style="font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 12px;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="color: red;"><b>1 - POUCO ADIANTA, MAS NÃO DESISTIREMOS</b></span></div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Na verdade, o mundo sempre esteve dividido entre pe<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">ssoas que só pensam em si e pessoas que se preocupam com a desgraça dos outros. A falta de informação ou informação deturpada impedem a divulgação dos melhores valores, fundantes de uma sociedade mais justa. A questão é ideológica.</span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;">
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Embora tenha nascido em um lar privilegiado, sempre pugnei por justiça social. Agradeço ao meu falecido pai por ter despertado em mim essa consciência crítica. Embora corra o risco de cair num reprovável maniqueísmo, digo que se trata de uma luta da solidariedade contra o egoísmo.<br />
Pode ser até utopia ou romantismo juvenil, mas é a utopia que nos faz caminhar, como dizia Eduardo Galeano.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O mundo já foi muito pior (mataram quase todos os índios e escravizaram os negros e o racismo e a cobiça dizimaram civilizações). Graça à luta contra os egoístas, o mundo melhorou e, algum dia, a solidariedade, e não a competição, fará surgir um novo ser humano. Como disse Leon Gieco, em uma das suas belas músicas, "há de vir uma nova cultura".</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A nossa esperança é que, ao menos, todos tenham as mesmas oportunidades. Que os filhos da minha empregada doméstica tenham as mesmas oportunidades sociais que meus filhos, vale dizer, que o filho do empregado não nasça empregado e que o filho do patrão não nasça patrão.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Enfim, desejo que consigamos vencer este trágico determinismo de uma sociedade profundamente injusta e indiferente à dor dos outros. Que jamais uma criança morra nos braços de sua mãe em razão de falta de recursos para o seu tratamento médico, enquanto outros jogam "dinheiro pelo ralo".</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O grande desafio é lograr um novo modelo de sociedade, onde todos tenham, pelo menos, as mesmas oportunidades de ascensão social, sem que tenhamos um governo de matiz autoritária. O presidente Allende tentou no Chile e não conseguiu. Na Venezuela, o boicote da classe empresarial está inviabilizando a efetividade de um governo popular (diferente de populista). Como convencer a quem tem privilégios a abrir mão deles, de forma pacífica??? Entretanto, a ideia de um socialismo democrático não deve ser abandonada.</div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<span style="color: red;">2 – PORQUE SOU DE ESQUERDA</span></div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
O pensamento de esquerda prioriza a justiça social, sustentando que o Estado Popular deve assegurar, no mínimo, as mesmas oportunidades para todos.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Para isso, os chamados "bens de produção" devem ser gerenciados pelos trabalhadores, que são aqueles que realmente produzem a riqueza. As riquezas produzidas pela mão dos trabalhadores e trabalhadoras devem ser distribuídas e não concentradas nas mãos de uns poucos. Ninguém pode explorar o trabalho alheio.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Os valores da esquerda são a solidariedade e igualdade. Busca-se uma sociedade justa, sem explorados e exploradores.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Já a chamada "direita" privilegia a competição e a concorrência na sociedade. É individualista.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Acredita que a livre iniciativa na economia vai fazer a sociedade se desenvolver. Aposta no lucro, na cobiça, embora acredite que os empresários são "bondosos", pois criam empregos. Querem liberdade na economia, mas são "castradores" no que diz respeito à evolução dos costumes na sociedade. Neste particular, quase sempre a direita é conservadora ou mesmo reacionária.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A direita fala em total liberdade. Entretanto, tal liberdade é meramente abstrata pois, no mais das vezes, não é o Estado que a subtrai. No dia a dia das pessoas, a liberdade é suprimida pela relação privada de emprego.<br />
Através do contrato de trabalho, mormente em uma sociedade onde não há pleno emprego, tenho que obedecer ao meu patrão, tenho que a ele ser submisso.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Muitas vezes, se o empregado não for um "bajulador" do seu patrão, pode ser colocado no "mar da amargura". As pessoas saem de casa com o risco de voltarem desempregadas.<br />
Isto não ocorre com os funcionários concursados, que têm estabilidade no serviço público ou em uma sociedade coletivizada, onde o patrão seja uma cooperativa de trabalhadores.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Minha empregada doméstica tem liberdade para viajar para Paris ou Londres. Entretanto, ela pode efetivamente exercer esta liberdade?</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Posso dizer o que desejo aqui, atingindo centenas de pessoas. Entretanto, de noite, a TV Globo destrói tudo, atingindo mais de 20 milhões de pessoas ...</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Dizem que antes de distribuir, é preciso fazer "crescer o bolo". Sucede que raramente o "bolo cresce" e, quando cresce, eles não querem distribuir...</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A esquerda pode ser um pouco utópica, mas a "poesia" está com ela. A direita aposta no egoísmo do ser humano, cria uma sociedade individualista e indiferente à dor alheia. Um verdadeiro "darwinismo" social. Que vençam os mais astutos, os mais aptos ou os mais "fortes"!</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Esta, evidentemente, é a minha avaliação. Avaliação de alguém que sempre se negou a aceitar uma sociedade onde crianças peguem comida no lixo e mães assistem a seus filhos morrerem por falta de dinheiro para tratá-los das suas doenças graves. Não me conformo com esta miséria, embora este "sistema econômico" sempre me tenha sido favorável. Por isso, julgo ter legitimidade para criticá-lo: não falo em causa própria (ao contrário).</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Enfim, por tudo isso, me insiro no pensamento de esquerda. O grande problema é conseguir uma sociedade justa sem sacrificar a liberdade individual, efetiva e concreta, pois ninguém abre mão de seus privilégios senão pela coerção.</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
A utopia é como o horizonte; está sempre distante. Entretanto, ela é que nos faz caminhar, (conforme texto citado pelo saudoso pensador Eduardo Galeano). Caminhemos sempre ...</div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
Afranio Silva Jardim, professor associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre –Docente em Direito Processual (Uerj)</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygZ6luj9yYbifu9MEcmySHwivs_BYnZJgdAsC54Bw1gDPY8iJnVfqKLx6pSrno_FC04rAcR94XZeAwYgim0AsCd5tzxahjtgIkYxEiRz6cruIZ-BnHwWUlcecKy5TcwpHA79KFJCOZbcT/s1600/ARIANO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="740" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgygZ6luj9yYbifu9MEcmySHwivs_BYnZJgdAsC54Bw1gDPY8iJnVfqKLx6pSrno_FC04rAcR94XZeAwYgim0AsCd5tzxahjtgIkYxEiRz6cruIZ-BnHwWUlcecKy5TcwpHA79KFJCOZbcT/s320/ARIANO.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="color: #666666; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-top: 1em;">
<br /></div>
</div>
</i></div>
</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-4066882130705466842017-12-03T02:54:00.003-08:002017-12-03T02:54:42.362-08:00PT velho de guerra <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Por Gustavo Conde</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO0mE76DlKiZX0B_9Uk1EUHoDSub3Qys-7kFyoOQ3oAdBuHHRSlBzg9vwNoUFVp2DeuNa_r0dV3_Pyly-ldq3lbw_fcmz-l1ju5V4MpmDNsi-B8NanBH3_Oot8yOC8xp0JxW5aqFvnXPdE/s1600/pt+31.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="480" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO0mE76DlKiZX0B_9Uk1EUHoDSub3Qys-7kFyoOQ3oAdBuHHRSlBzg9vwNoUFVp2DeuNa_r0dV3_Pyly-ldq3lbw_fcmz-l1ju5V4MpmDNsi-B8NanBH3_Oot8yOC8xp0JxW5aqFvnXPdE/s320/pt+31.jpg" width="224" /></a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>"Nunca pensei que a imagem do PT fosse reconstituída de maneira tão rápida. É impressionante. O golpe fez um favor sensacional à esquerda (só os esquerdistas fajutos acham que não; porque esquerdista, meu caro, pensa sempre na vitória, não na derrota).</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Depois de 16 anos no poder, se o PT saísse "democraticamente" como só acontece nas boas democracias, em 2018, ele sairia desestruturado simbolicamente. Seria muito difícil recompor quadros e projetos, ainda mais com um país modificado (para melhor).</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Provavelmente, o PT dividir-se-ia, não em dois, mas em vários partidos, em vários projetos distintos. Mas, não. Interromperam esse processo natural da história. Fizeram um favor ao </i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>PT velho de guerra (o que, sinceramente, não sei se é bom; só sei que é fato).</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>O PT voltou a ser o partido do povo. Não que ele tivesse deixado de ser. A "imagem" dele deixou de ser, uma vez que foram 13 anos de imprensa ultraconservadora martelando e o próprio desdobramento natural que se dá quando um partido cria raízes no governo. Essa ruptura institucional drástica já impregnou o inconsciente da população brasileira como injustiça e como golpe.</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nem falo da percepção prospectada nas pesquisas. Não confio muito em pesquisas. Falo da percepção real, no dia a dia. De uns tempos para cá, nas padarias, nos postos de gasolina, nas feiras, em qualquer lugar que atenda pelo nome de "popular", as pessoas manifestam seu horror ao que aí está como cenário político e dizem comovidas "como era melhor antes".</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Eu converso com as pessoas, adoro. Aprendo muito mais do que lendo a Folha (que leio porque tenho fetiche e para preparar aulas de redação usando seus textos como exemplos negativos). Enfim, a canoa virou e agora falta combinar com os russos.</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A sensação é muito boa. É bom ver que o PT, esse partido que dominou todos os corações durante tanto tempo, que representou um jeito diferente de lidar com o poder público, com a própria eleição, com a própria democracia, voltou a ser o partido do povo, o partido que materializa todas as demandas da maioria da população. Mais um pouco e "ser petista" voltará a ser moda, como nos anos 80.</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Aliás, é daí que vem toda essa "frustração difusa" da classe média com o PT. Eles embarcaram nos anos 80 por puro modismo: era chique ser petista. Aquela adesão, portanto, foi completamente vazia. Era um bando de tucanos enrustidos - perdão - que queriam parecer inteligentes.</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Data vênia, podem vender a Petrobrás, a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, as Eletrobrás, Itaipu, o raio que os parta. A gente reconstrói tudo de novo e melhor.</i></span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>É bom lembrar um dos significados de se entender como uma pessoa de "esquerda": uma pessoa de esquerda tem esperança e não lida com a frustração fruto de incompetência e preguiça intelectual. A esquerda FAZ. Elabora, projeta, reage, luta, dá as caras, cria, faz arte, canta, comemora, celebra, transa. Nunca é demais lembrar de tudo isso."</i></span><br />
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-29640028586320513082017-11-16T09:39:00.005-08:002017-11-16T09:39:57.458-08:00Sobre obscenidades<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br />Por Pedro Tierra *</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-gJXfJx2PB5VOqXpZyzExGUro1N4s0nT9MACTVQcud1HpcCfSTucaiKyK5zSLEF1kxRFJDoN6QVYk1M5SVMZe2O33PrIs2msE8hMoT92IN2RoPH-cF76g6bBuAwrILM3tHabokiz3_YUN/s1600/23215806_1909368222437320_4027811980960301287_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="498" data-original-width="980" height="162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-gJXfJx2PB5VOqXpZyzExGUro1N4s0nT9MACTVQcud1HpcCfSTucaiKyK5zSLEF1kxRFJDoN6QVYk1M5SVMZe2O33PrIs2msE8hMoT92IN2RoPH-cF76g6bBuAwrILM3tHabokiz3_YUN/s320/23215806_1909368222437320_4027811980960301287_o.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><b>“Onde quer que se queimem livros,<br />terminarão um dia por queimar<br />pessoas” (Heinrich Ibsen)</b></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Poderia iniciar este comentário expondo o sentimento de indignação ao lado de setores da sociedade brasileira que prezam a liberdade e a democracia diante da ofensiva obscurantista que se abriu contra exposições em museus e outras manifestações culturais, sob a alegação de obscenidade e indução à pedofilia.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Razões que, supõe-se, atendem a objetivos de natureza moral. A ofensiva avança nesses dias mais um degrau, com a censura à apresentação de um dos mais importantes artistas brasileiros, o cantor e compositor Caetano Veloso que seria oferecida à grande ocupação do MTST em S. Bernardo do Campo, em sua luta pelo direito à moradia digna, anunciada para a noite de 30 de outubro, e impedida pela justiça. Agora sob o pretexto de insegurança. Em pouco tempo a liberdade de expressão e criação artística garantida pela Constituição se tornará mero pretexto para medidas de força.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>O Brasil, sob a nefasta figura de Michel Temer, despediu-se de qualquer aspiração a ser um país inteligível. Tudo ocorre como se estivéssemos vivendo um pesadelo coletivo, sem roteiro e sem propósito. O país foi mergulhado no irracionalismo que tudo relativiza exceto o uso da força. Simbólica ou física. E do embuste produzido em escala industrial pelo cartel da mídia conservadora.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A semente do fascismo está plantada em terreno fértil: o terreno da indiferença. E a sociedade brasileira – seus setores democráticos – deve se preparar para a conhecida advertência de Ibsen com que abri essa reflexão.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Mas, prefiro conduzir meu argumento a partir de outro olhar: a Sessão de 17 de abril de 2016, comandada por Eduardo Cunha, gerente distribuidor – em dinheiro vivo, por favor! – de milhões de reais vindos dos cofres dos açougueiros da JBS para comprar votos de parlamentares e aprovar o impedimento da Presidente eleita, Dilma Rousseff, sem que se provasse contra ela crime de responsabilidade ou de qualquer outra natureza. Todos nos recordamos com repugnância, tratou-se de uma sessão obscena, ante uma sociedade anestesiada.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Os depoimentos publicados desde então, oferecidos pelos delatores participantes da compra dos votos necessários para concretizar o impedimento criminoso de Dilma Rousseff esclarecem a população sobre os mecanismos e valores das operações de compra e venda. Não chega a gerar espanto o silêncio do STF diante da obscenidade exposta. A Suprema Corte presidiu a Sessão. Quando um dia recuperarmos a democracia, ela – a Sessão – será anulada em nome do respeito à soberania popular.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Nos últimos dias esse pesadelo que atormenta a sociedade brasileira teve confirmada – diga-se, duplamente – aquela sessão pelo arquivamento das denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal contra o usurpador Michel Temer. Agora o expediente utilizado, fartamente documentado pela mídia, foi a cooptação por meio da liberação de recursos de emendas parlamentares, oferecimento de cargos ou a publicação de mecanismos institucionais como a famigerada Portaria 1.129/17 do Ministério do Trabalho que abre as portas para a legalização da exploração do trabalho escravo no país. Na prática a portaria de Temer revoga a Lei Áurea que, há 129 anos imprimia um ponto final à escravidão legal de afrodescendentes no Brasil.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Há mais de um ano, o Estado brasileiro expõe diante do mundo as vísceras de uma quadrilha empenhada – em nome dos interesses de uma elite retrógrada e desprovida de compromisso com o país – na destruição de qualquer hipótese desenvolvimento autônomo do Brasil e na restauração dos mais selvagens métodos de exploração dos trabalhadores, como atestam a dita Reforma trabalhista e a liquidação da Previdência Social. Hoje estão sendo perpetrados, quotidianamente, crimes de lesa-pátria pelos próprios agentes do Estado que deveriam protege-la da pilhagem.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A cultura política do Brasil nos conduziu a um paradoxo: os setores populares, teoricamente, atores e destinatários do processo civilizatório do país foram secularmente hegemonizados por uma concepção que atribui às oligarquias a propriedade exclusiva dos assuntos do Estado. Este fato cultural nos ajuda a compreender alguns processos históricos como o Movimento Abolicionista que contou com o claro predomínio de militantes brancos – mesmo porque aos escravos não era permitido sequer alfabetizar-se – e se consumou com um ato assinado pela própria filha do Imperador. Ou a Proclamação da República diante dos olhos bestificados da sociedade, resultante de um movimento de militares conduzido por Deodoro, um monarquista... Os mais tímidos ensaios de participação popular nos assuntos de governo foram rechaçados de plano pelo sistema oligárquico, para prevenir que pelo exercício da cidadania, o aprendizado democrático produzisse entre os subalternos veleidades de consciência republicana.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>As elites conservadoras conduzem, utilizando-se de uma camarilha desprovida de escrúpulos, um processo que busca produzir conscientemente as condições da ingovernabilidade do país: a afirmação do Judiciário como um poder tutelar sobre os demais poderes da república; o desequilíbrio entre os poderes; o controle monopolista dos meios de comunicação; e modelam os contornos de um estado policial como forma de produzir o medo em escala de massa para perpetuar seu domínio sobre a sociedade brasileira.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Em qualquer democracia no mundo a gangue de rua que acendeu o estopim daquela ofensiva contra a exposição no espaço cultural de um banco espanhol, em Porto Alegre, seria alvo da atenção da polícia. Mas, como vivemos “ tempos excepcionais” e fomos instruídos pelos juízes de primeira instância que “tempos excepcionais exigem métodos excepcionais”, os mecanismos que asseguram o direito à informação e à fruição cultural são postos de lado. Aos cidadãos resta – quando muito – protestar contra a censura, quando a censura já se converte em regra, naturalizada como parte da paisagem.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Esse retorno às práticas medievais de combate à criação artística estão associados aos períodos de ascensão e predomínio das concepções mais autoritárias e truculentas na história, como o nazismo e os diferentes perfis com que o fascismo se apresentou e contemporaneamente se apresenta. Tais expedientes são utilizados para entreter a sociedade enquanto se cometem sucessivos crimes de lesa-pátria nos escaninhos do Congresso Nacional ou nos leilões promovidos por um Executivo sem legitimidade para oferecer na bacia das almas as riquezas do país e a soberania nacional.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A conhecida exposição organizada por Alfred Rosenberg em 1937, na Alemanha de Hitler, para exibir a partir de Munique a “Arte degenerada”, como ele definira dez anos antes o expressionismo e o modernismo europeu – Edward Munch, Picasso, Kandinsky, Kathe Kollwtiz, Paul Klee... entre outros – para contrapor a ela o virtuoso e convencional realismo alemão, recebeu a visitação de mais dois milhões de cidadãos. Aqui nos trópicos – tristes trópicos – a ofensiva da censura contra a criação artística é alimentada por parte de quem sequer frequenta museus...</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>“Se os governadores não construírem escolas, em 20 anos faltará dinheiro para construir presídios”. Poucas vezes a afirmação de um intelectual e líder político brasileiro – Darcy Ribeiro – revelou-se tão tragicamente profética. As bases materiais para a colossal calamidade que vivemos no país hoje vieram sendo construídas pelo investimento insuficiente e pelo não-investimento – atentem para a Emenda Constitucional que congela os gastos por vinte anos – como política de estado para nos manter ajoelhados diante do altar do obscurantismo e da ignorância.</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>O extrato mais rico do Brasil, que nunca acreditou no país como nação, neste momento se empenha em destruir as poucas possibilidades experimentadas de combate às desigualdades sociais criminosas que nos marcam como o caráter mais duradouro desde o desembarque dos portugueses. A base da pirâmide social, os assalariados, mais uma vez será chamada para despedir-se da indiferença, reocupar o espaço privativo da política, redesenhar e, agora, reconduzir um processo que possa resgatar o destino deste país como nação...</i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i><br /></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>*Pedro Tierra é poeta. Ex-Presidente da Fundação Perseu Abramo.</i></span></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-35007895171353019722017-11-15T04:53:00.000-08:002017-11-15T04:53:11.536-08:00UM GOLPE JUSTO, MAS UM GOLPE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRVupemSZR_U1xcjJzNE5GbSj-HBEzZM9kFNkeu1p57k5kOql0ThMfuJ4Ysj2imTljej13Ua_3YQIYhv0ra2TeoR0auO8z_UEq_kqHI-xEqulusG6uvsFWIIw8hF7dz8Kds_AVYaA4bpBW/s1600/golpe+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="523" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRVupemSZR_U1xcjJzNE5GbSj-HBEzZM9kFNkeu1p57k5kOql0ThMfuJ4Ysj2imTljej13Ua_3YQIYhv0ra2TeoR0auO8z_UEq_kqHI-xEqulusG6uvsFWIIw8hF7dz8Kds_AVYaA4bpBW/s320/golpe+1.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Por Francisco Costa</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Porque os miliquinhos da monarquia traíram o seu comandante em chefe, Dom Pedrinho Dois?</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Ao contrário de 64, que foi um golpe conservador, para impedir o avanço da sociedade brasileira, principalmente das classes trabalhadoras, o golpe de 1889, PARA A ÉPOCA, foi progressista.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />A classe dominante, como sempre, ancorada no egoísmo, no só tudo pra mim, estava revoltada com a Abolição dos Escravos, mas não porque houve a abolição, e sim porque queriam que a coroa os indenizasse por cada escravo liberto, como se a abolição tivesse sido uma expropriação.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Junto a isso, os progressistas reclamavam o voto universal e direto, para todos, já que era censitário, de acordo com o poder econômico do eleitor, o que dividia a sociedade imperial em castas.<br />Para piorar, porque bosta nenhuma fede tanto que não possa feder mais, a educação era elitista, só para os filhos da nobreza. </div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Os negrinhos, indinhos, mulatinhos, cafuzinhos, e branquinhos vindos de Portugal como trabalhadores braçais estavam condenados ao analfabetismo por todos os séculos dos séculos, amém.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Para piorar ainda mais, numa sociedade machista de dar inveja no Bolsonaro, Dom Pedrito não tinha filhos, só filhas, e morto, a mais velha, Isabel, herdaria o trono.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Só que Isabel era casada com um conde muito parecido com o Marco Feliciano: arrogante, prepotente e sem conteúdo, o Conde d’Eu, e aqui cessam as diferenças porque o Feliciano é o Conde d’Á.<br />Para piorar, o d’Eu era odiado, não porque cobrava dízimos, mas aluguéis nas favelas cariocas, na época chamadas de cortiços, das quais ele era proprietário, da maioria.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Um cafetão de pobres, embora não fosse pastor.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Pra embolar mais ainda o meio de campo, maçons e católicos estavam às porradas, e Dom Pedro (era maçom) comprou a briga da maçonaria, desobedecendo determinações papais, fechando instituições e ordens católicas e condenando padrecos a trabalhos forçados.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Isso num país fortemente católico, com a bancada católica, na época, tão cretina quanto a bancada evangélica hoje, aliás como todo religioso, vide talibãs em Paris.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Mas não pense que os maçons eram bonzinhos não, eram do bloco conservador, como são até hoje.<br />Mentira? Anota aí: Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alkimin, José Serra, Silas Malafaia... Tudo maçon. Roberto Marinho era, boa parte dos generais da ditadura também.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Onde tem golpe e contra golpe tem maçon. Não sei como O chamam de Supremo Arquiteto, deveriam chamar de Supremo General, anauê!</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Então quais eram as bandeiras dos republicanos? Voto universal, para todos, desde que machos e alfabetizados; escola para todos, fosse negrinho filho de ex escravo ou a filha querida da baronesa dos paus solitários; estado laico, sem padres nem maçons; igualdade entre negros e brancos (não fazia sentido os negros terem lutado na Guerra do Paraguai e não terem cidadania brasileira); direito de propriedade pra todo mundo, com o fim dos aluguéis nas favelas...</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Para apimentar mais a suruba, o povo vivia um dilema: amava Dom Pedrito, o pop star da época, mas tinha um péssimo exemplo da vizinhança: último país a libertar os escravos, só o Brasil não tinha proclamado a república, ainda, éramos tucanos cercados de fidéis e guevaras por todos os lados, o que dividia como mulher gostosa e autoritária: ou se curva e usufrui ou entra em guerra e se tranca no banheiro sozinho, ô vida!</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Os progressistas mandaram todas essa propostas para o senado, as PEC da época.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Acontece que o senado era conservador e mais renitente que hímen complacente (vai se informar, coxinha, se é que você sabe o que é hímen), com os senadores nomeados pelo imperador, como na ditadura militar (senadores biônicos) e com cargo vitalício, como hoje os ministros do STF e os acadêmicos da Academia Brasileira de Letras, que só tiram as bundas das cadeiras para colocar no caixão.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />E os Cunhas, Aécios, Aloysios, Bolsonaros, Piccianis, Heráclitos, Agripinos da época recusaram tudo.<br />Só restou uma alternativa: golpe.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Foram até o Marechal Deodoro da Fonseca e disseram: é agora!</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Mas havia um problema: Deodoro era monarquista e muito amigo, fiel, a Dom Pedrito, o que foi uma merda pra convencer o homem.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Por fim convenceram-no: não vamos derrubar o cara, só o Chefe de Gabinete dele, o Visconde de Ouro Preto.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />O Chefe de Gabinete seria o que é hoje um Primeiro Ministro, num parlamentarismo.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Deodoro foi na conversa, topou, e sabe como é, nunca acredite no só a cabecinha... Derrubaram foi todo mundo, e no dia 15 de novembro de 1889 Deodoro arregimentou algumas centenas de soldados, dirigiu-se a um campo, hoje um grande jardim, o Campo de Santana, aqui no Rio de Crivela, cheio de cotias, cisnes e mendigos, de frente para o prédio onde hoje é o quartel general do comando leste, montou num cavalo, tirou o chapéu e gritou “viva a república”.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />No mesmo dia, no final da tarde, a Câmara Municipal do Rio de janeiro, fez constar a existência da república em lei.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br />Pronto. Nasceu.<br />Hoje a criança republicana está fazendo 128 anos, com um curto intervalo de 21 anos, entre 1964 e 1985, uma época pouco república e muito cana.</div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
<br />.</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-78301622185882907302017-11-13T03:42:00.003-08:002017-11-13T03:42:47.896-08:00Lula<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Por Gustavo Conde</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJeUR6ucWqu0TG5p7uPxgNMEeJiGkoZk5lsKhGYA1fQv0eu1GLW0dnVsEzP5TB4aeRhU7BhVx1zXxmszwNsNFq3ctLupFE1V0de99YmjgPmbu9tfrUie48B1K2pJk2f29DZtByNgUlcGQN/s1600/lula+65.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" data-original-height="709" data-original-width="1024" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJeUR6ucWqu0TG5p7uPxgNMEeJiGkoZk5lsKhGYA1fQv0eu1GLW0dnVsEzP5TB4aeRhU7BhVx1zXxmszwNsNFq3ctLupFE1V0de99YmjgPmbu9tfrUie48B1K2pJk2f29DZtByNgUlcGQN/s320/lula+65.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">"Dia pródigo para falar de Lula. Todo mundo só pensa em Lula, seja para odiar, seja para amar. Eu tento pensá-lo como um homem, um político, um estrategista, um formulador, um ex-presidente. Sem ele, não existe história do Brasil de 1978 para cá.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Odiar Lula é um grande e infame exercício de nulidade mental, preguiça intelectual, má fé existencial e mau-caratismo eleitoral. Critique Lula, mas argumente. Não deixa a baba escorrer pelo canto da boca.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Algo muito singelo que posso prospectar da leitura burra que se faz de Lula desde os anos 2000 é que muita gente acha que ele é socialista. A esses, eu só posso lançar um olhar de comiseração. Até a resposta retórica de Lula os ofendia: "sou metalúrgico" (e eles continuavam não entendendo). Chato explicar. Chato desenhar.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Basta dizer que a origem política de Lula é o sindicato. Não tem nada de romântico, nem de intelectual, nem de salvacionismo, nem de utopia. O socialismo é que foi atrás de Lula, porque Lula o aceitou e o compreendeu melhor que os próprios socialistas.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo produziu uma política pública como a do bolsa-família (que, mais do que sua função ética de levar comida na mesa do pobre, ainda incendiou a economia, fazendo o país sair daquele marasmo econômico da era FHC)?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo foi tão absurdamente democrático, perdendo três eleições majoritárias e, ainda assim, submeteu-se a mais um processo eleitoral?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo teve 258.823.579 de votos ao longo de 30 anos de vida pública (e, pasmem, continua liderando pesquisas de opinião)?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo foi tão perseguido pela imprensa, pela elite, pelo racismo, pela justiça e pelo ódio?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo dialogou com tantas forças do tecido democrático com tanta desenvoltura e resultados: empresariado, movimentos sociais, entidades religiosas, sindicatos, imprensa, organizações não governamentais, sociedade civil, estudantes?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo acumulou 300 bilhões de dólares de reservas internacionais?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo pagou uma das maiores dívidas externas do planeta?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo emprestou dinheiro ao FMI?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo criou um banco para fazer frente ao FMI?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Qual socialista no mundo teve um Celso Amorim como chanceler?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Não se trata de colocar o socialismo em xeque, mas apenas de restituir alguma cifra de realidade ao argumento. Todo intelectual sério sabe que Lula nunca foi socialista e que isso é um dado fantástico: não é preciso ser socialista para lutar pela igualdade e pela democracia.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Lula é a prova de que a gestão pública não aceita a burocracia do pensamento acadêmico como elemento irradiador de políticas. Isso não é o papel de um líder histórico. Um acadêmico no poder é um desastre da natureza.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Cargos da dimensão de uma presidência de um país continental em desenvolvimento não é um trampolim carreirista qualquer: é uma responsabilidade que transcende as ambições mesquinhas de toda e qualquer classe média semi letrada. Compreender essa dimensão é tarefa hercúlea para a classe média, cognitivamente falando.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Essa faixa 'pequeno-burquesa' - só para evocar e agradar os socialistas remanescentes - ainda fantasia que Lula deveria ter sido um Fidel Castro. Ele deveria ter "eliminado" seus adversários políticos.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ora, ora, ora. Curioso ver como o caudilho autoritário não está em Lula, mas em seus críticos. Reclamam que Lula fez alianças com coronéis, mas o que afinal eles queriam? Que Lula matasse os coronéis? Os coronéis do PMDB?</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Sim, era o que eles achavam razoável. A solução dessa turma para os adversários é ELIMINAR o adversário. É a sofisticação estratégica deles. É por isso que a democracia não é para fracos. É por isso que a democracia exige coragem e humildade ao mesmo tempo. É por isso que eles não entendem a democracia.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Lula é uma esfinge para esses anti-analistas, mestres da não argumentação. Para eles, tudo é rótulo, tudo é estereótipo, tudo é frase feita, tudo é comunismo. Eles mal conseguem entender o que é racismo, quanto mais o que é política.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Pena que a história não seja uma donzela recatada e do lar. Ela não segue a lógica primitiva dos seres não argumentativos. A história gosta de conteúdo.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Para a história, o golpe é só um elemento narrativo extremamente poderoso. </span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Um antissujeito, uma perturbação, um "tranco" semiótico que prepara a retomada da progressão e dos protagonismos das personagens principais.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">E uma personagem de narrativa histórica que se preze não pode ser "transparente", visível a todo e qualquer leitor. Ela exige uma face enigmática, esfíngica, caso contrário anula-se o elemento de suspense.</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Tudo isso só para dizer o seguinte: continuem não compreendendo o Lula. Ele se alimenta da não compreensão de vocês."</span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span>
<br /></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-80143511606940014032017-10-13T16:54:00.002-07:002017-10-13T16:54:18.318-07:00A INCOMPETÊNCIA DE LULA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKu_NQGt0ct_LuGx4v4aWuH17hJGwz1FPZl2xndvyUuOREfjxyX5feWVvvdXk1O41n0GJDjzlfbpG5fRdAufFl99k4WR5jOiJtmSC4wcX0mEYT8SN1lbnDzgb5TGhnztB04wbIos6jJpvI/s1600/lula+84.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="414" data-original-width="621" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKu_NQGt0ct_LuGx4v4aWuH17hJGwz1FPZl2xndvyUuOREfjxyX5feWVvvdXk1O41n0GJDjzlfbpG5fRdAufFl99k4WR5jOiJtmSC4wcX0mEYT8SN1lbnDzgb5TGhnztB04wbIos6jJpvI/s320/lula+84.jpg" width="320" /></a></div>
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></i>
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Francisco Costa</span></b></i><br />
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></b></i>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Longe de ser um comunista, porque não pratica a Práxis marxista, e acredito que nem a conheça, menos socialista, pelo tipo de governo que fez, no máximo um social democrata, Lula é chamado, por beócios, ignaros, mentecaptos, boçais, néscios, tolos, apalermados, idiotas, ignorantes, broncos, estúpidos, bocós, sacripantas, palermas, bobocas, atoleimados, estafermos, abestados, alienados, coxinhas e mal intencionados, variações do mesmo, de comunista e bolivarista, os que confundem alface e alfafa, comendo as duas, por via das dúvidas.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Prefiro chamá-los de despirocados, termo contemporâneo e carioca para designar os que não são vegetais porque têm pés, ao invés de raízes, além de digitarem frases soltas e colarem figurinhas nas redes sociais.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Se Lula trabalhou com o capitalismo a favor do povo brasileiro e do Brasil, em sua vida pessoal é um fracassado, um falido, um incompetente para gerir os seus próprios negócios.<br />Começou dono da Friboi, a maior produtora e exportadora de proteína animal do planeta, e acabou comprando carne no açougue, para fazer churrasco com os netos.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Foi talvez o maior latifundiário do planeta, com diversas mega fazendas, onde se destaca uma, amplamente divulgada pelos coxas, que tinha como limites o Oceano Atlântico, no litoral de Alagoas, e ia até os confins do Acre, quase na Bolívia, a maior fazenda do mundo, maior que a maioria dos países, sem contar que para tê-la, Lula teve que comprar grandes pedaços de onze estados, em operações similares à compra do Acre à Bolívia, feita pelo Barão do Rio Branco, sem contar a Esalq – Escola de Agricultura Luiz de Queirós, privatizada pelo governo e comprada por Lula.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Hoje... Só o apartamento em que mora e um alugado, ao lado.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Não nos esqueçamos dos iates, muitos, cada um mais luxuoso que o outro, pilotados por seus filhos, Fábio e Cláudio, dois dos maiores empresários da Fiesp.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Hoje o que resta? Uma canoa de lata e dois pedalinhos.<br />E dinheiro? Afff O pobre tem sete pilas num fundo de pensão e olhe lá.<br />É por isso que gosto do FHC, esse sim, foi competente.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Só o apartamento dele, em Paris, vale 23 vezes esse triplex que o bobalhão do Lula desistiu de comprar, seis vezes a merreca que Lula tem no fundo de pensão, sem contar os dois apartamentos em São Pulo, um no Rio e um nos Estados Unidos.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Enquanto o incompetente do Lula não conseguiu ficar nem com um sitiozinho, FHC tem uma mega fazenda, com um aeroporto do tamanho do Santos Dumont, no Rio, e que serve à ponte aérea Rio-Tietenópolis.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />E mais as contas nos paraísos fiscais, as titularidades em ofshores...<br />Por isso sou FHC e não esse paraibinha sem eira nem beira, que jogou fora tudo o que a mídia e a oposição lhe deu.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Prenda-o, Moro. Se não encontrou provas, vasculhe o cafofo dele, manda a companhia de energia elétrica ver se ele não tem ligação direta, gato de luz.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vê se não tem gato no hidrante, se ele não está lesando a Sabesp, faça alguma coisa, senão ele vai ficar sem nada, sem que você possa provar que ele é ladrão.<br />Alguma coisa ele deve ter feito de errado, Moro. </span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Vai me dizer que nunca mijou na tampa da privada, deixou um copo cair e quebrar, discutiu com um vizinho, tirou meleca do nariz em público, coçou o saco na hora da missa... </span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />Fé em Deus, Moro, continua, alguma coisa você vai achar, afinal, ninguém é santo, aliás... Só você.</span></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size: 14px; margin-top: 6px;">
<i><b><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Francisco Costa<br />Rio, 13/10/2017.</span></b></i></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-55909204320700976192017-09-02T13:28:00.001-07:002017-09-02T13:30:07.065-07:00A Lei é Para Todos!!!???<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC5CdjJaTB5BItezDIk7Ff6fowLVSpA5KRR0o9p89UEKMFc-2RVinR5butRFTjRyPdXmYZ-GxqbVm7WCWVcXzYoPZOhbLTLS3fdg0LRshn0kkakpu1Y2bAbMTaADi-dBBHjmIhcROlfRaE/s1600/1034-nao-basta-que-todos--A-Frase--.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="1000" height="166" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC5CdjJaTB5BItezDIk7Ff6fowLVSpA5KRR0o9p89UEKMFc-2RVinR5butRFTjRyPdXmYZ-GxqbVm7WCWVcXzYoPZOhbLTLS3fdg0LRshn0kkakpu1Y2bAbMTaADi-dBBHjmIhcROlfRaE/s320/1034-nao-basta-que-todos--A-Frase--.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br />
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 18.6667px;">Autora: Elizabeth Dusi Acacio </span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 18.6667px;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Seria épico, se não fosse um acinte à
sociedade, o título desse filme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Filme que a própria PF, diz ser
caricatura mal feita da sua realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Filme cujos patrocinadore$,
estranhamente, querem se manter no anonimato, enquanto normalmente, os
patrocinadoreS querem mais é fazer sua propaganda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">A lei é para todos quem, cara pálida?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro filho da desembargadora encontrado
com quilos de droga e munição e liberado pela mãe, ou pra mulher presa e
condenada a 12 anos, porque roubou ovos de Páscoa e uma bandeja de frango pra
dar aos 4 filhos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro filho do Eike que atropelou e matou
um ciclista, devidamente absolvido pelos desembargadores, ou pro Rafael Braga,
preso por portar Pinho Sol, uma “perigosa” arma, em uma manifestação?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pra mulher do governador, liberada da prisão
pra cuidar do filho, ou pras detentas que dão à luz algemadas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro Perrela dono do cocacóptero, (a juíza
proibiu falar helicoca, acabou liberdade de expressão e eu não sabia), que
continua senador, ou pro professor Pedro Mara podendo ser exonerado por ter
sido acusado, e processado pelos defensores do Escola sem Partido (Bolsonaro,
Feliciano e cia) de incentivar alunos (ridículo isso) a lutar por seus
direitos, em manifestação de estudantes?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro senador Agripino, liberado pela Lava
Jato, de responder pela propina recebida e comprovada pela PF, por ter mais de
70 anos, ou pro Almirante Othon, 78 anos, pai da tecnologia nuclear brasileira
– coisa que incomoda nossos vizinhos de cima – mantido preso pela mesma Lava
Jato, por suspeita de propina? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro ejaculador do ônibus, liberado
porque, segundo o juiz, não aconteceu constrangimento da vítima, ou pro
blogueiro Eduardo, constrangido e intimado pela Lava Jato por não revelar suas
fontes (cujo sigilo é garantido pelo inciso XIV do artigo 5º da CF)?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Para juízes que no lugar dos devidos Códigos
usam a Bíblia (que eu como teóloga devo usar), já que uma sentença é decisão do
Estado laico, ou pra donas de terreiros que têm seus templos apedrejados?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pros bancos e grandes ruralistas que têm
dívidas bilionárias perdoadas, ou pro trabalhador que perdeu seus direitos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Para os parlamentares para os quais
pagamos plano de saúde AAA por todos os seus dependentes, ou para nós que a
duro custo temos um plano de 5ª, ou enfrentamos filas para conseguir uma
operação daqui a dois anos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro Dória que ficou anos, devendo trocentos
paus de IPTU, ou para nós, pobres mortais, que se atrasarmos, somos jogados na
Dívida Ativa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro torturador Ulstra, homenageado por
parlamentares, ou pros índios Guarani-Kaiowá</span><b><span style="background: white; color: #333333; font-family: "verdana" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> </span></b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">chacinados no MS
a mando de grileiros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro Aécio gravado negociando propina, prometendo
matar e que retomou o mandato, ou pro Lula condenado por um triplex que é da
Caixa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Para os ineficazes apadrinhados que
infestam o serviço público, ou para milhares de homens e mulheres que não
conseguem um emprego?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Pro juiz Moro que condena baseado em
delação de suspeitos, e quando acusado de venda de sentenças, desqualifica
delação de suspeitos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Páginas e mais páginas poderiam ser
escritas com esses questionamentos, mas paro por aqui, porque o computador já
chora e se revolta, pode até dar um tilt.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Como não vi, nem vou ver, não posso dar opinião
sobre a qualidade técnica e artística do filme. Que o filme é partidário é
obvio, mas todos os filmes o são, nisso não vejo problema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Mas usar um filme como propaganda de um <i>status quo</i> doente ou como meio de direcionar
o pensamento de quem, ingenuamente – ou não, está com venda nos olhos, me
remete às estratégias da propaganda nazista para manter a população cativa da
sua ideologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">E membros do Judiciário, que deveriam se
pautar pela imparcialidade e discrição, passando em tapete vermelho como
celebridade, é um pouco além das atribuições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Não, a lei não é para todos, pois se o
fosse, não haveria indignação, revolta, desigualdade, injustiça e tristeza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">Sei que não faz falta num mundo movido
por milhões corruptos, meu limpo dinheirinho que não vai comprar o ingresso.
Mas sei também que meus netos saberão que não compactuei com esse desgoverno que
quer cortar o futuro deles e das outras gerações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;">
<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif; font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-20694742075367208642017-08-25T06:11:00.001-07:002017-08-25T06:11:35.914-07:00Condenação de Lula é absolutamente nula<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="color: blue;"><i><b><span style="background-color: white; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Por </span><span style="background-color: white; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">Afranio Silva Jardim, professor associadode Direito Proc.Penal da Uerj.</span></b></i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGnr9G_3kjjhd01ugsBFIaDAE7myTi6JkEQfYyeDuCs-5ln-iEs25SZMjeApyhAEBm884B6xpciOElgCGymVd6kGkCCbVkbyTEqGT_H_FHrPmoJfw90Xufb41UjnejgpIgYMIizQ13yC0A/s1600/images+%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="160" data-original-width="315" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGnr9G_3kjjhd01ugsBFIaDAE7myTi6JkEQfYyeDuCs-5ln-iEs25SZMjeApyhAEBm884B6xpciOElgCGymVd6kGkCCbVkbyTEqGT_H_FHrPmoJfw90Xufb41UjnejgpIgYMIizQ13yC0A/s1600/images+%25282%2529.jpg" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #4b4b4b; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
<i>
CASO LULA. Lógica é complicado mesmo. Entretanto, é fácil compreender que, se partimos de uma premissa falsa,(e inconstitucional), a conclusão será equivocada.
Vejam a excelente reflexão de um dos mais cultos autores jovens de Direito Penal, com tese de doutorado premiada em Barcelona. Brilhante professor.</i></span><br />
<span style="background-color: white; color: #4b4b4b; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><i>
José Carlos Porciúncula: Doutor em Direito Penal pela Universidade de Barcelona (Espanha), com período doutoral na Universidade de Bonn (Alemanha). Professor da pós-graduação do IDP - Brasília.</i></span><br />
<span style="background-color: white; color: #4b4b4b; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;"><i>
Só discordo de um ponto: a deficiência ou defeito no raciocínio do magistrado que lastreia um juízo de condenação deve acarretar a sua reforma - com absolvição do réu - e não a sua nulidade.</i></span><span style="background-color: white; color: #4b4b4b; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span><span style="background-color: white; color: #4b4b4b; font-family: "roboto" , sans-serif; font-size: 15px; white-space: pre-wrap;">
</span><br />
<h2 class="title" itemprop="name" style="background-color: white; border-color: rgb(200, 58, 27); font-family: "Exo 2", sans-serif; line-height: 32.9702px; margin: 0px 0px 0.25em; padding: 0px; position: relative; top: -0.05em;">
<span style="font-size: large;"><i>Condenação de Lula é absolutamente nula "para além de qualquer dúvida razoável"</i></span></h2>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjppbSKPaMvVECZREPPtsAJwj9Qs1b_kiurJ9HgX_IA2sfOWlYdqEK09mkdDoaqBUNK1gCCK3h0rNoUvEdPf9lC2oUdf1CN1N891DacbCETVQJ8lLK6CyGecMaNc64vdtG_cJH3v9wAZawH/s1600/1499883300_420221_1499960870_noticia_normal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="353" data-original-width="600" height="188" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjppbSKPaMvVECZREPPtsAJwj9Qs1b_kiurJ9HgX_IA2sfOWlYdqEK09mkdDoaqBUNK1gCCK3h0rNoUvEdPf9lC2oUdf1CN1N891DacbCETVQJ8lLK6CyGecMaNc64vdtG_cJH3v9wAZawH/s320/1499883300_420221_1499960870_noticia_normal.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="clearFix" style="background-color: white; clear: both; color: #1a1a1a; font-family: "Droid Serif", serif; font-size: 16.96px; margin: 0px; overflow: hidden; padding: 0px; width: 620px; zoom: 1;">
<br />
<time datetime="2017-08-24T08:17-0300" itemprop="datePublished" style="color: #c5c5c5; display: block; font-size: 13.568px; margin: 0px; padding: 0px;">24 de agosto de 2017, 8h17</time><time datetime="2017-08-24T08:17-0300" itemprop="datePublished" style="color: #c5c5c5; display: block; font-size: 13.568px; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></time></div>
<div class="authors" style="background-color: white; color: #1a1a1a; font-family: "Droid Serif", serif; font-size: 16.96px; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#author" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;">Por <span itemprop="author" style="margin: 0px; padding: 0px;">José Carlos Porciúncula</span></a></div>
<div class="wysiwyg" itemprop="articleBody" style="background-color: white; font-family: "Droid Serif", serif; font-size: 16.96px; margin: 0px; padding: 0px;">
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Embora se possa (e se deva!) censurar a sentença condenatória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob distintas perspectivas, concentro-me aqui num argumento que me parece de superlativa importância, justamente por consubstanciar uma espécie de «ponto arquimédico», algo como uma base firme sobre a qual é possível erguer uma crítica implacável e inquestionável.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
A meu ver, este <em style="margin: 0px; padding: 0px;">minimum quid invenero quod certum</em> consiste no seguinte: ao fazer uso do teorema de Bayes para fundamentar o seu pedido de condenação, o MPF, necessariamente, partiu da presunção de culpabilidade do ex-presidente Lula, violando o princípio insculpido no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal. E ao adotar toda a linha lógico-argumentativa das alegações finais do MPF, a sentença condenatória do ex-Presidente Lula incorreu em evidente nulidade. Pode-se demonstrar isso com rigor more geometrico. É conferir.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">A incompatibilidade do teorema de Bayes com o princípio da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF)</strong></div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<b><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></b>O MPF abre o tópico 3.1.2. de suas alegações finais (intitulado “modernas técnicas de análise de evidências”) sustentando que “as duas mais modernas teorias sobre evidência atualmente são o probabilismo, na vertente do bayesianismo, e o explanacionismo". Não é o caso aqui de se realizar uma profunda análise teórica delas, mas apenas de expor seus principais pontos, a fim de usar tal abordagem na análise da prova neste caso”.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Inicialmente, observe-se que, embora a aplicação do teorema de Bayes à valoração das provas e à determinação dos fatos tenha se convertido, nos anos 70, numa espécie de ortodoxia teórica ou até mesmo numa sorte de modismo (ser «bayesiano» era estar <em style="margin: 0px; padding: 0px;">up to date</em>), o certo é que, na atualidade, ao contrário do que faz crer o <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Parquet</em>, este enfoque é alvo de inúmeras objeções<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn1" name="_ftnref1" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[1]</a>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Não quero aqui reproduzi-las, até porque, recentemente, Lenio Streck, com sua elevada percuciência e habitual <em style="margin: 0px; padding: 0px;">elegantia iuris</em>, teceu críticas certeiras à referida teoria e sua aplicação em nosso âmbito. Quero, insisto, concentrar todos os esforços na demonstração da absoluta incompatibilidade do teorema de Bayes com o princípio da presunção de inocência. Esta é uma objeção irrespondível: ou se aplica o teorema de Bayes ou se preserva a presunção de inocência, <em style="margin: 0px; padding: 0px;">tertium non datur</em>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Antes, porém, de realizar tal demonstração é preciso conhecer o teorema, em sua expressão mais simples:</div>
<div style="margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<span style="color: red;"><b>P(H/E)=P(E/H) x P(H)P(E/¬H)</b></span></div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Lê-se: a probabilidade condicional de que seja verdadeira a hipótese H dada a evidência E [P(H/E)] é igual à probabilidade de que ocorra E se é verdadeira a hipótese H [P(E/H)] multiplicado pela probabilidade da hipótese H [P(H)], dividido pela probabilidade de que ocorra E se não é verdadeira a hipótese H [P(E/¬H)].</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Note-se bem a razão pela qual a aplicação do teorema de Bayes é absolutamente incompatível com princípio constitucional da presunção de inocência (artigo 5º, LVII, da CF). Se quisermos preservar tal princípio, devemos, claramente, atribuir à hipótese da culpabilidade uma probabilidade inicial (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">prior probability</em>) igual a zero. Isto é, P(H) = 0.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Entretanto, a inevitável consequência disso é que a probabilidade final da hipótese P(H/E) seria necessariamente zero, já que, de acordo com o teorema de Bayes, deve-se multiplicar a probabilidade condicionada inversa P(E/H) pela probabilidade inicial P(H), e qualquer número multiplicado por zero resulta, obviamente, em zero. É bem verdade que tal «problema» poderia ser «contornado» atribuindo-se uma probabilidade maior que zero à hipótese da culpabilidade antes de se levar em consideração as evidências do caso, mas aí, claro, já se estaria violando irremediavelmente o princípio da presunção de inocência<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn2" name="_ftnref2" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[2]</a>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Aliás, esse foi o exato entendimento da Suprema Corte do Estado de Connecticut, nos Estados Unidos, no precedente State v. Skipper.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Faz-se aqui um breve relato do caso: Skipper foi acusado de estuprar uma jovem, que acabou por engravidar. Extraídas provas de DNA da jovem, do acusado e do feto, um perito determinou, aplicando o teorema de Bayes, e partindo de uma probabilidade inicial de 50% para a hipótese de paternidade do Sr. Skipper, que a probabilidade de que ele fosse o pai da criança era de 99,97%. Pois bem, a Corte declarou tal análise incompatível com o princípio da presunção de inocência, por atribuir uma probabilidade inicial maior que zero à hipótese da culpabilidade de Skipper<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn3" name="_ftnref3" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[3]</a>. Verbis: “Se assumirmos que o standard da presunção de inocência requer que a probabilidade inicial da culpabilidade seja zero, então a probabilidade da paternidade num caso penal será sempre zero, porque o teorema de Bayes requer que o índice de paternidade seja multiplicado por uma probabilidade inicial positiva para que tenha alguma utilidade. Em outras palavras, o teorema de Bayes somente pode funcionar se não levarmos em consideração a presunção de inocência”<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn4" name="_ftnref4" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[4]</a>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Como se percebe, o teorema de Bayes é absolutamente incompatível com o princípio da presunção de inocência. Se o Ministério Público o utilizou em suas alegações finais, logo, necessária e indubitavelmente, atribuiu uma probabilidade inicial (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">prior probability</em>) maior que zero à hipótese da culpabilidade do ex-presidente Lula, antes mesmo de levar em consideração as supostas evidências disponíveis, violando, assim, o princípio da presunção de inocência. E o mesmo pode ser dito em relação à sentença condenatória do ex-presidente Lula, que adotou toda a linha lógico-argumentativa das alegações finais do MPF. <em style="margin: 0px; padding: 0px;">Quod erat demonstrandum</em>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Algumas observações a respeito da fórmula «para além de qualquer dúvida razoável» (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">beyond any reasonable doubt</em>)</strong><br />
O MPF inicia o tópico 3.1.3. de suas alegações finais (intitulado “Standard de prova”) assinalando que “o melhor standard de prova que existe foi desenvolvido no direito anglo-saxão, e é o ‘para além da dúvida razoável’. Esse standard decorreu da constatação, pelas cortes inglesas no século XVII, de que a certeza é impossível, e de que, caso exigida certeza, os jurados absolveriam mesmo aqueles réus em relação aos quais há abundante prova”.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Ora, com o devido respeito, não se pode estar de acordo com tais considerações. Por alguns motivos.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Inicialmente, e apenas por absoluto rigor, observe-se que a fórmula <em style="margin: 0px; padding: 0px;">beyond any reasonable doubt</em> foi introduzida no Common Law no final do século XVIII (mais exatamente entre 1770 e 1780), e não no século XVII como afirma o MPF. Mais importante, porém, é assinalar que a inserção da mencionada fórmula não se deve a uma suposta “constatação, pelas cortes inglesas (...), de que a certeza é impossível”. De modo algum! Na realidade, tal fórmula foi adotada como solução para um problema de cunho teológico!</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Explica-se: de acordo com a antiga tradição cristã, condenar um inocente era considerado um pecado mortal. O propósito da introdução da referida cláusula era assegurar aos jurados a possibilidade de condenar alguém sem colocar em risco a sua própria salvação, contanto que as dúvidas a respeito da culpabilidade do sujeito não fossem razoáveis<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn5" name="_ftnref5" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[5]</a>. Por óbvio, a fórmula também possuía uma finalidade didática, consistente em mostrar aos jurados que a condenação de um sujeito não requeria uma «certeza matemática», mas apenas uma «certeza moral» (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">moral certainty</em>)<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn6" name="_ftnref6" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[6]</a>. De qualquer sorte, note-se que, rigorosamente falando, não se abdicou da noção de certeza. De fato, como observa Larry Laudan, «certeza moral» significava apenas impossibilidade de demonstração «rigorosa» ou «matemática», e não ausência de firmeza suportada por múltiplas linhas de evidência<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn7" name="_ftnref7" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[7]</a>. Em suma: a introdução no Common Law da fórmula "para além de qualquer dúvida razoável" não guarda relação direta com questões pertinentes ao standard probatório.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Também não se compreende, <em style="margin: 0px; padding: 0px;">sit venia verbo</em>, o entusiasmo do MPF com a referida fórmula, ao considerá-la como “o melhor standard de prova que existe”. Na realidade, trata-se de uma fórmula excessivamente vaga. De fato, como observa Taruffo, trata-se de um critério cujo significado é bastante incerto: “Por um lado, não é possível saber como ele é efetivamente aplicado pelos júris norte-americanos, que não motivam seus vereditos; por outro, a definição de dúvida razoável é tudo menos clara, e as tentativas de quantificá-la não produziram qualquer resultado”<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn8" name="_ftnref8" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[8]</a>.</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<strong style="margin: 0px; padding: 0px;">Conclusão a modo de manifesto</strong></div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
<b><br style="margin: 0px; padding: 0px;" /></b>Por meio dessas brevíssimas considerações, demonstramos que o MPF, ao fazer uso, em sua alegações finais, do teorema de Bayes, violou o princípio da presunção de inocência. E ao adotar toda a linha lógico-argumentativa contida nas alegações finais do MPF, a sentença condenatória do ex-presidente Lula mostra-se absolutamente nula. Ironicamente, chega-se à conclusão de que tal sentença é nula "para além de qualquer dúvida razoável".</div>
<div style="color: #1a1a1a; margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Uma advertência e um pedido: estivéssemos nós, por assim dizer, nos Jardins de Platão (os jardins de Akádēmos [Ακάδημος], berço da Academia) estas breves reflexões poderiam, quem sabe, ser tomadas, por metonímia ou mesmo sinédoque (<em style="margin: 0px; padding: 0px;">pars pro toto</em>), como pré(texto) para o início de um profícuo e amplo diálogo a respeito dos limites do Sistema Penal no Estado Democrático de Direito. Entretanto, como nos encontramos no Oásis de Baudelaire<a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn9" name="_ftnref9" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[9]</a>, pouca esperança nos resta. Mas é preciso seguir lutando pela preservação dos Direitos e Garantias fundamentais do cidadão:</div>
<blockquote style="color: #1a1a1a; margin: 0px; padding: 1em 3em; position: relative;">
<div style="margin-bottom: 1em; padding: 0px;">
Não entres docilmente nessa noite serena,<br />
Odeia, odeia a luz que começa a morrer”<br />
(Dylan Thomas)<span style="font-size: 11pt; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="line-height: 16.8667px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: "times new roman" , serif; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-size: 11pt; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="line-height: 16.8667px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: black; margin: 0px; padding: 0px;"><a href="http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula#_ftn10" name="_ftnref10" style="color: blue; margin: 0px; padding: 0px;" title="">[10]</a></span></span></span></span></span></span></span></div>
</blockquote>
Fonte: http://www.conjur.com.br/2017-ago-24/carlos-porciuncula-condenacao-lula-absolutamente-nula</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-22771218953537549962017-08-25T05:55:00.002-07:002017-08-25T05:55:26.416-07:00CONCEITO DE LIBERDADE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaI1BMxydSQ8bBFZ6QpvK9aDkO7R2t0CZE2pAdWQ4oUTrSnFZsUdHlfPucBO_kTDeWUtCF1MBTavXm6IZYGiMUSZA-QgLcV4f3LETyIyE_sVgoay_TQbKCHf53YI0vnCjSA2jOrq1uCVCn/s1600/liberdade.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="325" data-original-width="490" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhaI1BMxydSQ8bBFZ6QpvK9aDkO7R2t0CZE2pAdWQ4oUTrSnFZsUdHlfPucBO_kTDeWUtCF1MBTavXm6IZYGiMUSZA-QgLcV4f3LETyIyE_sVgoay_TQbKCHf53YI0vnCjSA2jOrq1uCVCn/s320/liberdade.PNG" width="320" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Tendo em vista algumas mensagens que coloquei sobre a crise na Venezuela, surgiu aqui um bom debate sobre o conceito de liberdade no socialismo e na chamada democracia liberal, mais própria do sistema capitalista.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Desta forma, retorno ao polêmico tema, no singelo texto abaixo. Entretanto, aconselho aos companheiros a leitura de um breve livro escrito por Caio Prado Junior, cujo título é: "O que é liberdade", que pode ser adquirido no site da Estante Virtual (muito barato)</span><span style="font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">.</span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="color: red;"><b><i><br /></i></b></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span style="color: red;"><i><b>R</b><span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><b>EFLEXÃO SOBRE O CONCEITO DE LIBERDADE</b></span></i></span></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<span class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="text_exposed_show" style="display: inline; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px;">
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px;">
<i><b>O conceito de liberdade, em uma sociedade de economia capitalista, é uma categoria abstrata, um valor de difícil concretização. Poucos podem efetivamente exercer essa "liberdade consentida".</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Enquanto não se coloca em risco concreto o sistema de privilégios da classe dominante, qualquer um pode falar o que desejar, embora não possa ter efetivo acesso aos meios de comunicação de massa. É absolutamente desigual, mas até parece legitimar o sistema.</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Agora, quando o exercício desta liberdade coloca em risco a estrutura injusta de determinada sociedade, vem o golpe de estado para manter o "status quo" e aí surgem vários argumentos falaciosos para justificar a supressão temporária desta liberdade tolerada.</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>O golpe militar no Chile de Allende e tantos outros bem demonstram que as "regras do jogo" só são obedecidas quando servem para deixar tudo como está...</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Agora, estão querendo derrubar o governo eleito da Venezuela. As classes privilegiadas não aceitam que sejam implementadas medidas populares e jurídicas que viabilizam uma economia socialista e nacionalistas. Os Estados Unidos, através da Cia., acaba de confessar que estão ajudando a oposição a tentar depor o presidente Maduro (veja postagem que hoje coloquei nesta página).</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Ademais, na realidade de nosso cotidiano, quem mais restringe, concretamente, a nossa liberdade não é o Estado, mas sim a estrutura autoritária de uma sociedade hierarquizada. O patrão manda no empregado e limita efetivamente a sua liberdade.</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Notem que o determinismo social, no sistema capitalista, faz com que o filho do patrão nasça patrão e o filho do empregado nasça empregado. Vale dizer, o poder econômico tem "liberdade" para suprimir, concreta e permanentemente, a real liberdade das pessoas em sociedade.<br />Em resumo: em tese, todos têm liberdade para viajarem para Paris ou Londres. O Estado não as impede disso. Entretanto, cabe a pergunta: quantas pessoas em nosso país podem realmente exercer esta liberdade ???</b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b><br /></b></i></div>
<div style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b>Pensemos de forma mais crítica, pois sem justiça social, sem que ao menos as pessoas tenham as mesmas oportunidades para ascender socialmente, a ideia de liberdade não passa de mera ilusão e de mais um fator de mistificação.</b></i><br /></div>
<div style="font-family: inherit; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<i><b style="background-color: white;"><span style="color: blue;">Autor:Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj.</span></b></i></div>
</div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-1845594468693825412017-06-26T07:14:00.003-07:002017-06-26T07:15:07.895-07:00O pacifismo hipócrita dos bem-pensantes<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">por Aldo Fornazieri - Professor da Escola de Sociologia e Política
(FESPSP).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDb2wTWT-ABB4x1QzrBOODchNc5gR4jh_tes8ektNIOuYdKikIbxp1pukx6IhTuP_O4ka6CUwXC1yPEKDSFjy5BbGt6gLx1761vcOxTpfx_8eA-R5gdoIRIr2a9Wkx8KwPvXUijpfirbIV/s1600/fotorhipocrisia_3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="350" data-original-width="690" height="202" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDb2wTWT-ABB4x1QzrBOODchNc5gR4jh_tes8ektNIOuYdKikIbxp1pukx6IhTuP_O4ka6CUwXC1yPEKDSFjy5BbGt6gLx1761vcOxTpfx_8eA-R5gdoIRIr2a9Wkx8KwPvXUijpfirbIV/s400/fotorhipocrisia_3.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">No Brasil basta que um político, um jornalista ou um intelectual seja
xingado num aeroporto ou num restaurante para que os bem-pensantes liberais e
de esquerda se condoam com o "insuportável clima" de radicalização e
de ódio. Todos derramam letras e erguem vozes para exigir respeito e para
deplorar as situações desagradáveis e constrangedoras. Até mesmo a nova
presidente do PT e parlamentares do partido entram na cruzada civilista para
exigir o respeito universal, mesmo que
para inimigos. Os bem-pensantes brasileiros, cada um tem seu lado, claro,
querem conviver pacificamente nos mesmos aeroportos, nos mesmos restaurantes e,
porque não, compartilhar as mesmas mesas. Deve haver um pluralismo de ideias e
posições, mas a paz e os modos civilizados devem reinar entre todos e a
solidariedade e os desagravos precisam estar de prontidão. As rupturas na
democracia e no Estado de Direito não devem abalar este convívio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Trata-se de um pacifismo dos hipócritas. O fato é que no Brasil, a paz
é uma mentira, a democracia é uma falsidade e a realidade é deplorável,
violenta e constrangedora. Deplorável, violenta e constrangedora para os
índios, para os negros, para as mulheres, para os pobres, para os jovens e para
a velhice. A paz, a cultura e a ilustração só existem para uma minoria
constituída pelas classes médias e altas que têm acesso e podem comprar a
seguridade social, a educação, a cultura e o lazer. O Estado lhes garante
segurança pública.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A hipocrisia pacifista das elites econômicas e políticas e dos
bem-pensantes sempre foi um ardil para acobertar a violência que lhes garante
os privilégios, o poder e a impunidade. Ardil que anda inseparado de sua irmã
siamesa - a democracia racial - e, juntos, constituem a ideologia da dominação
e da dissimulação da tragédia social e cultural que é o nosso país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O pacifismo é um brete, uma jaula, que procura aprisionar e conter a
combatividade cívica dos movimentos sociais e dos partidos que não compartilham
com a ideia de ordem vigente. Essa ideologia operante exige que as manifestações
de rua sejam sempre tangidas pelas polícias e, quando algo não fica no
figurino, a violência e a repressão são legitimadas para manter a paz dos de
cima. A democracia racial, que sempre foi uma crassa mentira, difundida por
bem-pensantes e por representantes do Estado, é uma rede de amarras e de
mordaças que visa impedir a explosão de lutas e os gritos por direitos e por
justiça de negros e pobres, que são pobres porque são negros. A ideia de
democracia racial também não passa de um ardil para acobertar a violência e a
opressão racial e econômica e para escamotear o racismo institucionalizado -
herança escravocrata entranhada como mentalidade e como cultura na alma
pecaminosa da elite branca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Uma história violenta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Brasil nasceu e se desenvolveu sob a égide da violência. Não da
violência libertadora, da violência cívica que corta a cabeça dos dominadores e
dos opressores para instituir a liberdade e a justiça. Aqui, os malvados, os
dominadores e opressores, nunca foram ameaçados e mantêm o controle político a
partir de um pacto preliminar do uso alargado da exploração e da violência como
garantia última do modo de ser deste país sem futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Primeiro, massacraram e escravizaram índios. Depois, trouxeram cativos
da África, muitos dos quais chegavam mortos nos porões dos navios e foram
jogados como um nada nos mares e nas covas e se perderam, sem nomes, nos
tempos. Trabalho brutal, açoites e exploração sexual foi o triste destino a que
estavam reservados. Essa compulsão violenta ecoa até hoje, no racismo, na
exploração e na própria violência contra as mulheres em geral, pois a genética
e a cultura brancas trazem as marcas da impiedade machista da vontade de
domínio, até pela via da morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A hipocrisia do pacifismo bem-pensante não se condói sistematicamente
com os 60 mil mortos por ano por meios violentos - prova indesmentível de que
aqui não há paz. Mortos, em sua maioria, jovens pobres e negros. Também não se
condói com o fato de que as nossas prisões estão apinhadas de presos, em sua
maioria, pobres e negros e sem uma sentença definitiva. Presos que vivem nas
mais brutais condições de desumanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Não se pode exigir paz e civilidade num país que ocupa o quarto lugar
dentre os que mais matam mulheres no mundo, sem contar os outros tipos de violência
de gênero. E o que dizer da continuada violência contra os camponeses e do
recorrente extermínio dos índios?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A paz e a civilidade existem nos restaurantes dos Jardins, nos
gabinetes e palácios, nas redações da grande mídia, nos intramuros das universidades,
nos escritórios luxuosos, nos condomínios seguros, nos aviões que voam levando
os turistas brasileiros para fazer compras no estrangeiro. Mas elas não existem
nas ruas, nas praças, nas periferias, nas favelas, no trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O Brasil caminha para o abismo, sem destino, tateando no escuro,
aprisionado pela sua má fundação e de sua má formação. Precisamos recusar este
destino e isto implica em recusar a mentira hipócrita do pacifismo e da
civilidade dos bem pensantes e falsidade da democracia racial. Os gritos das
dores das crueldades praticadas ao longo dos séculos precisam retumbar pelos
salões de festa das elites e nos lares e escritórios perfumados pela alvura que
quer disfarçar uma herança de mãos manchadas de sangue e de rapina. Os
historiadores precisam reescrever a história deste país para que possamos
entender a brutalidade do passado e do presente e projetar um outro futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A doce ternura da paz e da civilidade dos bem-pensantes, dos
bem-educados, dos bem-vestidos, dos bem-viventes, precisa ser confrontada e
constrangida pelo fato de que nos tornamos uma nação de insensíveis e de
brutais, praticantes do crime imperdoável de desalmar as vítimas da violência
para dar-lhe uma alma (branca) também insensível e brutal. Não temos o direito
de persistir na mentira hipócrita e na enganação. Não temos o direito de
interditar caminhos de liberdade e de justiça pelas nossas ideologias
ludibriantes. Se não fomos capazes de construir um nação com direitos, justiça,
democracia e liberdade, deixemos que os deserdados deste país a construam e, se
possível, vamos ajudá-los com humildade e sem vaidades. A paz efetiva só
existirá quando estes bens se tornarem realidade para todos.<br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Fonte: </span></o:p><span style="text-align: left;"><span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">http://jornalggn.com.br/noticia/o-pacifismo-hipocrita-dos-bem-pensantes-por-aldo-fornazieri</span></span></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-46348460207610741512017-05-21T09:00:00.004-07:002017-05-21T09:00:31.954-07:00A CORRUPÇÃO E O SISTEMA CAPITALISTA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCbSMmkjJ6r1zD_fsstVdN1Nzu4eiX9pNTXf1wGUtCjoqTxNoS1yKoDKiAOTCqYCnUSMSkrAki-3V49ibpv6DhDhpA8-93ZF48p1J5WZeBnYU-0NTBtbMOnylu-LHJfoFNxOyj6ooma10/s1600/download+%252812%2529.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJCbSMmkjJ6r1zD_fsstVdN1Nzu4eiX9pNTXf1wGUtCjoqTxNoS1yKoDKiAOTCqYCnUSMSkrAki-3V49ibpv6DhDhpA8-93ZF48p1J5WZeBnYU-0NTBtbMOnylu-LHJfoFNxOyj6ooma10/s1600/download+%252812%2529.jpeg" /></span></a></div>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Quase não se criticam os empresários corruptores. Pelas suas delações, chegam até a serem “venerados”.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Quase ninguém denuncia o perverso sistema econômico que serve de “pano de fundo” para toda esta corrupção.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Na verdade, estes corruptos não furtavam as chupetas dos bebês vizinhos nos berçários da maternidade onde nasceram… O que terá acontecido com eles???</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>O ser humano é produto não só dos fatores endógenos, mas também dos fatores exógenos. Como disse o grande pensador ORTEGA Y GASSET, “eu sou eu e as minhas circunstâncias”.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>O fato é que o “poder econômico” sequestrou o Estado Brasileiro e a grande mídia é um de seus instrumentos. O nosso Poder Judiciário é complacente com tudo isso. A maioria de nossos juristas se ausenta deste debate. Estão mais preocupados com suas teses “mirabolantes” e desconectadas da realidade e com seu sucesso pessoal do que com as questões mais amplas, com as questões de interesse da sociedade. O individualismo é “epidêmico” em nosso país …</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>O “poder econômico” se faz sentir em todos os poderes do Estado e em toda a nossa vida. Este modelo de sociedade nos faz de “idiotas” a serviço da cobiça de uns poucos.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Somos todos, cada vez mais, consumidores compulsivos que, para comprar, vendemos nossa força de trabalho para quem nos vende estes mesmos produtos e serviços. Somos “massa” de manobra neste “círculo vicioso”.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Nesta sociedade de massa e de consumo, não mais somos o que poderíamos desejar ser. Somos o que o “mercado” nos faz ser.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Somos “reféns” de uma organização social perversa, hipócrita, individualista, egoísta e desumana. Nunca vi tanto cinismo nos meios de comunicação.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Nossos valores de igualdade, solidariedade, liberdade social, educação crítica e justiça social estão indo, cada vez mais, “para o espaço”.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Por vezes fica a impressão de que temos de “jogar a toalha” e nos adaptar a esta desprezível sociedade, formada por pessoas incultas, raivosas, preconceituosas e até ingênuas. Acho que não consigo. Não estou conseguindo… Não quero me render !!!</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Entretanto, as corretas ideias e as melhores teorias sociais não podem ser rejeitadas pela fracasso humano de bem aplicá-las.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Outrora, ficávamos na seguinte dúvida: virá um novo homem que criará uma nova sociedade, ou, primeiro, virá uma nova sociedade, que forjará o surgimento de um novo homem?</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Hoje ficamos com a impressão de que veio sim uma velha sociedade, que ressuscitou um homem pretérito, trazendo de volta uma antiga e primitiva cultura, lastreada em valores reinantes em períodos próximos do século XIX.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Cada vez mais, somos menos humanos e mais instrumentos de um sistema econômico e social que ninguém entende e que ninguém consegue deter. Estamos sendo levados por um verdadeiro furacão tecnológico …</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Em resumo, ouso dizer que existe corrupção em sociedades que adotam outros modelos que não o capitalismo, mas não há sociedade capitalista sem corrupção disseminada.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>O poder econômico é inerente à própria sociedade capitalista. A corrupção é inerente ao próprio poder econômico.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Em algum momento, teremos que lograr uma outra forma de organização social, onde todos tenham, ao menos, as mesmas oportunidades de ascensão social e tenham as suas individualidades respeitadas.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Espero que meus netos participem da construção desta sociedade sem exploradores e explorados.</i></span><br />
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i><br /></i></span>
<span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Autor: Afranio Silva Jardim, professor de Direito da Uerj</i></span></div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-4204910559933815382017-03-05T04:26:00.000-08:002017-03-05T04:26:08.182-08:00Nunca existiu governo do PT<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Cláudio Oliveira disse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk8rNgvKVJdFxnMG3ADqGTq9EaeS0NX_yO7phzP865d035go9GvDU7cSD9kYXC1nlGd0LthMzvLXT79CYaldlOTPapnwFMemhcN1oJtxZFgfizJBEq7HiSltlnh4rAmhlN5Fch_fSi3iy6/s1600/lula+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk8rNgvKVJdFxnMG3ADqGTq9EaeS0NX_yO7phzP865d035go9GvDU7cSD9kYXC1nlGd0LthMzvLXT79CYaldlOTPapnwFMemhcN1oJtxZFgfizJBEq7HiSltlnh4rAmhlN5Fch_fSi3iy6/s1600/lula+3.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A maioria dos chamados “erros do PT” são erros de uma
coalizão entre partidos de esquerda e de direita que governaram o país nos
últimos treze anos<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Tenho evitado escrever sobre a situação brasileira aqui na
coluna. A ideia original era que eu escreveria sobre Paris, sobre o que vejo e
sobre o que encontro ou nas viagens que faço por aqui. Além do mais, como estou
distante, fica mais difícil acompanhar tudo o que está acontecendo, mesmo que a
primeira coisa que eu faça, todos os dias, ao acordar, seja ler os jornais
brasileiros. Também tento me informar através dos blogs de jornalistas
independentes (chamados pela direita brasileira de blogs sujos) e também um
pouco através do que as pessoas postam no Facebook e das conversas por áudio e
câmera com amigos e familiares. Mas isso é diferente de estar no Brasil,
vivendo no dia-a-dia a coisa mesma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;"><br />
A situação brasileira é tão complexa que é difícil decidir por onde começar uma
vez que decidimos falar sobre ela. Talvez um começo seja lembrar que ela não é
desconectada da situação internacional. Nem nunca foi. Assim como o golpe de
1964 não pode ser entendido fora de um contexto internacional – a Guerra Fria,
a luta dos Estados Unidos e dos seus aliados contra a emergência de países
comunistas -, o mesmo deve ser dito da situação que vivemos agora e do golpe de
Estado que sofremos no ano passado. Só que essa situação internacional não é
mais a mesma, mesmo que a luta de algum modo permaneça a mesma. Os lados da
luta se mantêm inalterados, ainda que hoje seus instrumentos sejam diferentes.
Os contextos mudaram.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Não há mais o fantasma do comunismo. A morte de Fidel veio
sacramentar esse fato. O que existe hoje não é mais a ideia de revolução, de
constituição de um Estado socialista. Ninguém mais pensa nisso como uma real
possibilidade, a não ser alguns poucos autores. Mesmo a China representa hoje
outra coisa, um outro tipo de ameça. A China não é hoje a ameça comunista, mas
apenas a ameaça chinesa. Não vejo, por exemplo, a China muito concernida pelo
que acontece nos outros países, não é muito clara para mim a atuação
internacional chinesa, enquanto uma atuação política. O fantasma hoje é outro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O perigo agora para a direita é, a meu ver, a chegada ao
poder, via voto popular, de lideranças de esquerda. O fato de muitas dessas
lideranças terem chegado ao poder, via voto popular, foi o fato que marcou a
década passada, a primeira década do século 21. Essas lideranças de esquerda
não só chegaram ao poder, mas implementaram políticas sociais que modificaram a
vida de milhões de pessoas. Acendeu-se uma nova luz vermelha. O que implicou um
novo modo de combater esse novo tipo de ameaça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Podemos dizer que já era essa a tendência na América do Sul
quando ocorreram os golpes militares das décadas de 1960 e 1970. A eleição de Allende,
no Chile, e a de Jango, no Brasil, mostravam que a esquerda já estava buscando
uma chegada ao poder através das eleições. E ela estava sendo vitoriosa. Mas a
resposta da direita, todos nós a conhecemos, foram os golpes militares no Chile
e no Brasil. Ou seja, é uma tradição da direita, pelo menos na América Latina:
ela só respeita a democracia quando vence. Quando perde, ela produz golpes de
Estado. Essa história se repetiu no Brasil em 2016, mesmo sem que os militares
tenham tido participação no golpe dessa vez. Ela já tinha acontecido, do mesmo
modo, no Paraguai, em 2013, com o impeachment de Fernando Lugo. Mas em
Honduras, em 2009, a deportação de Manuel Zelaya, considerada por uma resolução
da Assembleia Geral das Nações Unidas como um golpe militar, não aconteceu sem
a atuação das forças armadas daquele país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Após a queda das ditaduras militares que se impuseram na
segunda metade do século passado na América do Sul, houve um fortalecimento,
nós acreditávamos, das instituições democráticas. Achávamos que um golpe nunca
mais aconteceria. E mais uma vez, a esquerda buscou o caminho democrático das
urnas para chegar ao poder. O que não é fácil num país em que todas as
instâncias de poder, dentre as quais a do poder midiático, são dominadas pela
direita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A esquerda foi vitoriosa na maioria dos países da América do
Sul e em alguns da América Central no início do século 21. Essa vitória não
implicou, no entanto, em nenhuma quebra ou modificação da economia de mercado,
mas introduziu mudanças significativas nas ações sociais dos governos eleitos.
Em outras palavras, ninguém tentou implantar nesses países uma sociedade de
tipo comunista ou socialista. Os governos implantados estavam mais para a
clássica receita da social-democracia: economia de mercado com justiça social.
No Brasil há coisas estranhas: o Partido dos Trabalhadores, em tese socialista,
buscou exercer, de fato, um governo social-democrata, enquanto o Partido da
Social Democracia Brasileira, apesar do nome,
não tem nada de social-democrata, tendo praticado um governo totalmente
neoliberal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">A lição que tiramos, no Brasil, dos anos de governo do PT é a
de que a social-democracia, aquela praticada pelo PT, já é suficientemente
perigosa e insuportável para a classe dominante brasileira, mesmo que esse
“ensaio” de social-democracia estivesse ainda muito distante do que seria uma
social-democracia de fato. A única social-democracia que a classe dominante
brasileira pode suportar é aquela do PSDB, ou seja, um neo-liberalismo que tem
a social-democracia apenas no nome. Podemos tirar a mesma conclusão do países
da América Latina em geral (a exceção, até agora, é o Uruguai).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">De fato, o que vivemos hoje é uma derrota generalizada das
esquerdas no mundo, em especial na América Latina. O caso Canadá é uma incógnita.
E eu não tenho informações suficientes para comentar o caso (lembremos apenas
que o Canadá vinha de um longo período de governo pelo Partido Conservador e
isso deve ter produzido um esgotamento). O paradigma do momento não é, no
entanto, Justin Trudeau, mas Donald Trump, com seu correspondente brasileiro,
ou melhor, paulista (espero que ele permaneça um correspondente apenas
paulista), João Dória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Há uma tendência conservadora no mundo como um todo. Mesmo um
oásis progressista como a Holanda sente essa tendência: “Há uma atmosfera
conservadora”, diz Jonathan Foster, dono de um coffeeshop em Amsterdã, leio em
notícia publicada na Folha de S.Paulo. A observação do proprietário se deve à
notícia do fechamento do Mellow Yellow, o mais antigo coffeeshop de Amsterdã,
no qual a venda e consumo de maconha eram tolerados desde 1972. O fechamento da
casa se deve a uma nova “medida que proíbe a venda de maconha a menos de 250
metros de escolas —o Mellow Yellow estava a 230 metros de um curso de
barbeiro”. A medida teve que ser aceita pela prefeitura de Amsterdã, mais
liberal, como uma espécie de negociação com o governo nacional, mais
conservador, que queria simplesmente proibir turistas de frequentarem esses
estabelecimentos. “Sabemos que isso chateia quem foi afetado”, diz, à Folha de
S.Paulo, Jasper Karman, porta-voz da prefeitura. “Tivemos que escolher.
Acreditamos ter tomado a decisão certa.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Cito essa situação porque para mim ela é um paradigma do que
temos na América Latina, onde mesmo governos de orientação socialista ou
social-democrata tiveram que permanentemente negociar com uma classe dominante
extremamente conservadora. Sabemos que essa negociação chateia muita gente,
sobretudo aqueles que são afetados por ela, mas foi uma negociação sempre
necessária para evitar um mal pior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Fiquemos no caso do Brasil, e do governo do PT. Durante todo
o seu governo, Lula e Dilma tiveram que negociar os anéis para não perder os
dedos. O que lhes rendeu inúmeras críticas vindas da esquerda, seja de partidos
da esquerda, seja simplesmente de cidadãos que por terem votado nos candidatos
do PT esperavam um governo 100% de esquerda. As pessoas são inocentes ao ponto
de acreditarem que, após ter chegado ao poder, o PT poderia ter feito o que
quisesse. E se não o fez, é porque não quis. É o tal do mito voluntarista da
“vontade política”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">No Brasil de hoje, fala-se muito dos “erros do PT”. Mas esses
“erros” são mesmo do PT, devem ser atribuídos unicamente ao PT ou, antes, eles
teriam que ser atribuídos à classe dominante brasileira, àquele 0,1 % da
população brasileira que detém a metade da riqueza de tudo o que é produzido em
nosso país e que traduz esse poder econômico em poder legislativo, judiciário,
executivo e, sobretudo, em poder midiático? Será que é tão difícil para as
pessoas entenderem (refiro-me às pessoas que votaram no PT e que se dizem
desiludidas) que o PT nunca governou sozinho esse país, mas sim junto com a
direita?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Agora nós podemos ver a olho nu com quem o PT estava
governando. Não é senão isso o governo Temer. Portanto, a questão que nós temos
que colocar agora deve ser invertida: como o PT conseguiu fazer tudo o que fez
mesmo tendo que governar com esses caras? Ora, o fato de que o governo do PT
encabeçava esse governo de coalizão colocava certos limites à atuação da
direita dentro do governo, mesmo que essa direita também colocasse limites à
atuação do PT. O que vemos agora é essa direita atuando sem nenhum limite.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Nós nunca tivemos um governo do PT propriamente dito, nem no
nível nacional, nem no nível estadual. Simplesmente nunca houve um governo de
esquerda propriamente dito no nosso país. Nós não sabemos o que é isso.
Portanto, não podemos fazer exigências ao PT como se isso tivesse algum dia
existido. Em países como Canadá e Inglaterra, um partido só pode chegar ao
poder se tiver maioria no Congresso. Em outras palavras, o partido que obtém
maioria no Congresso nomeia o primeiro ministro. No Brasil, não existe nada
disso. E como existe uma pulverização dos partidos políticos (eterno tema de
uma reforma política que nunca acontece), surgiu o tal de “presidencialismo de
coalização”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, precisamos levar em consideração que a maioria dos
chamados erros do PT não são erros do PT, são erros de uma coalizão entre
partidos de esquerda e de direita que governaram o país nos últimos treze anos.
É claro que, além desses, há erros que podem ser atribuídos, a meu ver, não
tanto ao PT, mas ao Lula e à própria Dilma enquanto governantes. Por exemplo,
todas as nomeações de juízes para o Supremo Tribunal Federal foram erros. Nem
Lula nem Dilma foram capazes de realmente constituir um STF progressista, mesmo
que possamos ver algum avanço da Corte atual em relação a um ou outro ponto.
Mas o STF continua a serviço da classe dominante brasileira. Também foram erros
de Lula e de Dilma terem dado todas as condições para o surgimento desses
monstros que se tornaram o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Não
ter politizado as nomeações foi um erro, pois não politizá-las pela esquerda
significa simplesmente permitir a politização pela direita. Temos hoje um
Judiciário caracterizado pela ideologia das classes dominantes e nem Lula nem
Dilma foram capazes de produzir qualquer tipo de mudança nesse sentido. E tudo
em nome de uma neutralidade democrática que eles julgavam ser o procedimento
correto a ser adotado nessas nomeações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Nós poderíamos elencar muitos outros “erros” dos governos
Lula e Dilma, mas creio que os “erros” pelos quais eles são acusados, enquanto
“erros” do PT, têm outra natureza e só podem ser entendidos à luz das condições
complexas, para não dizer complicadas, em que eles tiveram que exercer seus
mandatos presidenciais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Hoje já temos elementos suficientes para poder compreender
que Lula não é nem nunca foi apenas um líder da esquerda brasileira. Enquanto
tal, ele jamais teria chegado ao poder, jamais teria ganho uma eleição
presidencial. A esquerda não tem como chegar ao poder no Brasil, e mesmo que
chegue, cai.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Lula não chegou ao poder apenas como um líder da esquerda.
Ele chegou ao poder como um líder da esquerda que conseguiu negociar um acordo
com a direita. Isso ficou já totalmente claro em sua primeira eleição – não só na famosa Carta aos Brasileiros – e
foi só por isso que ele finalmente conseguiu vencê-la após três tentativas
fracassadas. Foi só quando incluiu explicitamente a direita em sua candidatura
que Lula pôde vencer a eleição presidencial. Em outras palavras, ele continuou
sendo um sindicalista enquanto presidente. Ele continuou sendo o representante
da classe trabalhadora a negociar com os “patrões”. O fato de que ele era agora
Presidente da República não o tornou um “patrão”. Ele continuou sendo um
trabalhador. A única coisa que o diferenciava dos outros trabalhadores era
exatamente o fato de que, enquanto os representava, era recebido pelos
“patrões” ou os recebia no Palácio do Planalto. Mas ele jamais se tornou um
patrão. A prova cabal disso é que a classe dominante, a classe dos patrões,
continuou tratando-o como o que ele é: um simples sindicalista. A empáfia de um
juiz como Sergio Moro diante de Lula, um ex-Presidente da República é, a meu
ver, a melhor imagem do desprezo da classe dominante brasileira pela classe trabalhadora
(incluindo nesse desprezo a classe média brasileira, que se identifica com a
classe dominante e não com a classe trabalhadora). Por contraste, basta ver
como Fernando Henrique Cardoso foi tratado em recente interrogatório pelo mesmo
juiz Sergio Moro. Lula não passou a ser tratado como um patrão por ter sido
presidente. Suas origens populares, operárias e sindicais lhe condenam a ser
para sempre tratado pela classe dominante como qualquer brasileiro médio com as
mesmas origens. Daí sua condução coercitiva sem justificativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Portanto, a chegada de Lula à presidência não significa, nem
nunca significou uma chegada da esquerda ao poder no Brasil. Assim como nunca
significou uma verdadeira modificação das relações de poder no Brasil.
Significou simplesmente um refresco ou algo que nós poderíamos chamar hoje de
uma política de diminuição de danos, para tomar de empréstimo uma expressão da
área de saúde pública. Significou simplesmente a presença de um negociador na
Presidência da República, que tentava conseguir junto à classe dominante
melhores condições de existência para a classe trabalhadora. A classe dominante
teve que aceitar a partir de um determinado momento uma figura como Lula
simplesmente pelo fato de que ela, a classe dominante, não tinha sido capaz nos
últimos anos de criar uma liderança política que estivesse em condições de
vencer uma eleição presidencial. O caso Aécio Neves é talvez o mais emblemático
nesse sentido, pois conseguiu perder para uma presidente com baixa popularidade
num momento de crise econômica aguda, o que contradiz todas as regras da
ciência política. Mas isso se explica, talvez, pela fato de que a última vez
que a direita teve um candidato vencedor, com a eleição de Fernando Henrique
Cardoso, foi uma tragédia para o país. E uma parcela muito significativa dos
brasileiros guarda até hoje uma lembrança muito clara dessa tragédia. Foi o que
impediu uma vitória do PSDB nas quatro últimas eleições presidenciais no
Brasil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">Não sendo capaz de ganhar eleições presidenciais, a classe
dominante, no entanto, não deixa de dominar todas as outras instâncias de
poder, mesmo a instância do executivo, pois mesmo nos governos do PT sempre
houve a presença de representantes dessa classe em seus quadros, em vários dos
seus ministérios. E no que diz respeito a outros poderes, o Judiciário, o
Legislativo e o quarto poder, a mídia, a classe dominante sempre teve total
controle dos mesmos. Em 2016, essa classe dominante viu uma janela, uma
possibilidade de estar no poder sozinha sem o incômodo que era o PT.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 14.0pt; line-height: 107%;">O PT não se uniu a essa classe dominante por gosto. Ele o fez
pelo Brasil. Já está mais do que na hora de nós entendermos isso.<o:p></o:p></span></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-32472804912530756012017-03-01T13:32:00.001-08:002017-06-26T13:44:16.904-07:00Destruir Lula é roubar a voz dos pobres, só um povo infantil faria uma coisa dessa.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRaXIFxCypFoGTfZgda5Lxfg7_I1Raw6VOK89W7VdkIvhAjkfK8nrX9TWOHAAkpcMz0C0VwPQfuyJelKBMfdhDuPSgQkQhjiyHKvYhiLdQKLm_RiEN1pl8jgPP5rFtOMNAsm3nZ4lzoOTW/s1600/4p2hdlq2h4ampu0udp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRaXIFxCypFoGTfZgda5Lxfg7_I1Raw6VOK89W7VdkIvhAjkfK8nrX9TWOHAAkpcMz0C0VwPQfuyJelKBMfdhDuPSgQkQhjiyHKvYhiLdQKLm_RiEN1pl8jgPP5rFtOMNAsm3nZ4lzoOTW/s320/4p2hdlq2h4ampu0udp.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br />
<br />
<i><b>sociólogo Domenico De Mais</b></i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWNqClSFbM2jtKQ5aTAzocbDG1Lup_Osa5JRBUNf2ESo5Qr6_bk8VH6C4EG3iebscIY9IVQaZPobvqcrreeNoHunazylny3LQCK96_5jnbB6VBER_FeIZ2Wdg05MJV96Jb2qDSJeeYMgmx/s1600/lula+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWNqClSFbM2jtKQ5aTAzocbDG1Lup_Osa5JRBUNf2ESo5Qr6_bk8VH6C4EG3iebscIY9IVQaZPobvqcrreeNoHunazylny3LQCK96_5jnbB6VBER_FeIZ2Wdg05MJV96Jb2qDSJeeYMgmx/s1600/lula+3.jpg" /></a><o:p> </o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>O sociólogo
falou de assuntos como o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a
transformação dela e de Lula em "delinquentes". Não existe um único
sonho. Cada classe social tem o seu. Na favela o sonho é a instrução ou comer. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>O sonho global
do Brasil corresponde a se tornar uma nação capaz de dar um grande modelo de
vida ao mundo. A sociedade pós-industrial, diferentemente das precedentes, é
sem modelo. O Brasil há 500 anos vem imitando a Europa e os EUA. E não tem que
copiar. É obrigado a criar um modelo. <o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>O Brasil é
um pouco infantil. Porque no fim de 2014 Lula era um grande personagem e Dilma
também. Passado 2014, Lula é um delinquente e Dilma também. Essa transição foi
rápida, uma transição infantil. Não foi madura.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Por quê
[isso ocorreu]? Não sei. Olhando da Europa, lembro que durante o período de
Lula o Brasil era feliz. Ele era um mito, as pessoas choravam diante dele.
Dilma era um mito também no primeiro mandato. Porém em dois meses Dilma passa a
ser odiada. Quem olha de fora não entende. Só um povo infantil faria uma coisa
dessa.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>O modelo de
sociedade não deriva da elite, mas da cultura popular. E a cultura popular do
Brasil tem grandes valores, como o de acolher bem. A Europa está demonstrando
que não acolhe bem imigrantes. Só os brasileiros não amam o Brasil. Não sou eu
que digo isso, é Nelson Rodrigues. O Brasil não é popular no Brasil. Sobretudo
entre a elite.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>OS
INTELECTUAIS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Há duas
características: uma grande inteligência social e uma grande coragem. Os
intelectuais brasileiros têm o dever de ter a consciência da importância do
Brasil. São muito críticos ao país, e uma crítica global, não de classe.
Intelectuais passados, Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro, eram críticos à elite,
mas orgulhosos do modelo brasileiro.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Fiquei muito
contente quando o Brasil perdeu de 7 a 1 para a Alemanha. Pensei: chega ao fim
esse mito do futebol. O Brasil tem tantas coisas maravilhosas. A dança, a
literatura, a pintura, a arquitetura, o cinema, a sociologia. Cito Fernando
Henrique [Cardoso]. Quando eu era professor da Universidade de Nápoles, usava
os livros dele. Os alunos não o conheciam, e ele é importante. Não é que o povo
brasileiro tem complexo de vira-lata. São os intelectuais que têm. Um morador
da favela não tem complexo de vira-lata.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>A CORRUPÇÃO</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>É
interessante porque o Brasil descobriu pela primeira vez em sua história a
corrupção. Que maravilhoso, porque o mundo conhece a corrupção desde sempre.
Desde as obras de Shakespeare, Ésquilo, Sófocles. E o Brasil descobriu em 2014
[irônico], com Dilma. Acredito que há corruptos aqui desde o início. Estava no
Rio e assisti ao último debate de 2014, com Aécio Neves, Dilma, Marina Silva.
[Com expressão de incredulidade] Nenhum candidato disse a Dilma que ela era
corrupta. Em dois meses, "pá", "pá" [faz gesto com os
braços para indicar mudança de lado]. Foi de repente.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>OS LIBERAIS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>É um
problema mundial: o grande retorno do neoliberalismo. Em todo o mundo há uma
reação contra governos de esquerda. É uma coisa muito interessante, que como
sociólogo percebo, mas não consigo explicar. No Brasil houve também um trabalho
midiático. Em dois, três meses, tudo foi feito [no impeachment].</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>A RUA</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Foram
consequência do trabalho da mídia [os protestos contra Dilma]. Era
organizadíssimo! Esse foi o grande triunfo midiático do mundo!</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>OS MONSTROS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Não entendo
de modo ofensivo dizer que o Brasil age de modo infantil. É uma constatação, de
uma presença muito forte do estômago em detrimento da cabeça. Diz-se que
"o sono da razão gera monstros". Se só funciona o coração, surgem os
monstros. Como Hitler, Mussolini. Quando se inicia um movimento de grande
emotividade, é um momento muito perigoso.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>OS POBRES</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Hoje o
Brasil está precisando de uma forte reflexão. Há um número de pobres altíssimo.
E eles não têm uma voz. Não há um papa Francisco aqui. Lula foi a grande voz
dos pobres, quando era sindicalista. A última coisa que foi retirada do pobre
foi Lula.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>OS RICOS</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>É a grande
vitória dos ricos sobre os pobres do Brasil. Desmitificar Lula é um crime.
Mesmo que ele fosse um criminoso. Mandar policiais levarem Lula para depor [a
condução coercitiva dele, em março] é tolher um mito. É um crime.</i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>O
IMPEACHMENT</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Não sei. Mas
é estranho que um povo mude de ideia em dois meses. A impressão externa é que
foi um golpe. Mas eu acredito que a dinâmica mudou. Até o que se entendia como
golpe mudou. Quando se diz essa palavra, se pensa em militares, de noite, com
tanques. Mas um golpe se prepara também pelos jornais, pela televisão.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<b>A JUSTIÇA</b><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>A Operação
Mãos Limpas levou a uma limpeza da classe política italiana. Mas é um modelo
que fica nos limites da democracia.<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<i>Quem tirou a
maior vantagem foi [Silvio] Berlusconi. E ele foi para a Itália uma tragédia!
Foram 20 anos do fascismo de Mussolini e depois 20 anos de Berlusconi. Mas
Berlusconi não era Mussolini. Esse é o fato positivo, mas também o negativo.
Porque não foi criada uma resistência. Quando há um ditador, há resistência.
Mas, se não é ditadura...</i><o:p></o:p></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-660569012752489344.post-77995434231290196662017-02-19T08:44:00.001-08:002017-04-04T14:54:40.239-07:00SER DE “ESQUERDA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="background: white; color: #4b4f56; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 107%;">SER DE “ESQUERDA</span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiejJbxnHvLdxuOKCcbepzgOQwJoQAfsuw2_a91mAE0SxDbtnAkHOlqc1fvXb4-10w_LIIo-xtIo9-x0JFtBRE0z29KbJh0NKF6Wotn5wnspNkheA3VjS3uuive1Nm7g5KxPs0NSItHf6CQ/s1600/ARIANO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="172" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiejJbxnHvLdxuOKCcbepzgOQwJoQAfsuw2_a91mAE0SxDbtnAkHOlqc1fvXb4-10w_LIIo-xtIo9-x0JFtBRE0z29KbJh0NKF6Wotn5wnspNkheA3VjS3uuive1Nm7g5KxPs0NSItHf6CQ/s320/ARIANO.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Por Afrânio Silva Jardim<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">O QUE É SER SOCIALISTA? AINDA FAZ
SENTIDO SER DE “ESQUERDA”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">1 - POUCO ADIANTA, MAS NÃO
DESISTIREMOS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Na verdade, o mundo sempre esteve
dividido entre pessoas que só pensam em si e pessoas que se preocupam com a
desgraça dos outros. A falta de informação ou informação deturpada impedem a
divulgação dos melhores valores, fundantes de uma sociedade mais justa. A
questão é ideológica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Embora tenha nascido em um lar
privilegiado, sempre pugnei por justiça social. Agradeço ao meu falecido pai
por ter despertado em mim essa consciência crítica. Embora corra o risco de
cair num reprovável maniqueísmo, digo que se trata de uma luta da solidariedade
contra o egoísmo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br />
Pode ser até utopia ou romantismo juvenil, mas é a utopia que nos faz caminhar,
como dizia Eduardo Galeano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">O mundo já foi muito pior (mataram
quase todos os índios e escravizaram os negros e o racismo e a cobiça dizimaram
civilizações). Graça à luta contra os egoístas, o mundo melhorou e, algum dia,
a solidariedade, e não a competição, fará surgir um novo ser humano. Como disse
Leon Gieco, em uma das suas belas músicas, "há de vir uma nova
cultura".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">A nossa esperança é que, ao menos,
todos tenham as mesmas oportunidades. Que os filhos da minha empregada
doméstica tenham as mesmas oportunidades sociais que meus filhos, vale dizer,
que o filho do empregado não nasça empregado e que o filho do patrão não nasça
patrão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Enfim, desejo que consigamos vencer
este trágico determinismo de uma sociedade profundamente injusta e indiferente
à dor dos outros. Que jamais uma criança morra nos braços de sua mãe em razão
de falta de recursos para o seu tratamento médico, enquanto outros jogam
"dinheiro pelo ralo".<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">2 – PORQUE SOU DE ESQUERDA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">O pensamento de esquerda prioriza a
justiça social, sustentando que o Estado Popular deve assegurar, no mínimo, as
mesmas oportunidades para todos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Para isso, os chamados "bens de
produção" devem ser gerenciados pelos trabalhadores, que são aqueles que
realmente produzem a riqueza. As riquezas produzidas pela mão dos trabalhadores
e trabalhadoras devem ser distribuídas e não concentradas nas mãos de uns
poucos. Ninguém pode explorar o trabalho alheio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br />
Os valores da esquerda são a solidariedade e igualdade. Busca-se uma sociedade
justa, sem explorados e exploradores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Já a chamada "direita"
privilegia a competição e a concorrência na sociedade. É individualista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Acredita que a livre iniciativa na
economia vai fazer a sociedade se desenvolver. Aposta no lucro, na cobiça,
embora acredite que os empresários são "bondosos", pois criam
empregos. Querem liberdade na economia, mas são "castradores" no que
diz respeito à evolução dos costumes na sociedade. Neste particular, quase
sempre a direita é conservadora ou mesmo reacionária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">A direita fala em total liberdade.
Entretanto, tal liberdade é meramente abstrata pois, no mais das vezes, não é o
Estado que a subtrai. No dia a dia das pessoas, a liberdade é suprimida pela
relação privada de emprego.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Através do contrato de trabalho,
mormente em uma sociedade onde não há pleno emprego, tenho que obedecer ao meu
patrão, tenho que a ele ser submisso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br />
Muitas vezes, se o empregado não for um "bajulador" do seu patrão,
pode ser colocado no "mar da amargura". As pessoas saem de casa com o
risco de voltarem desempregadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Isto não ocorre com os funcionários
concursados, que têm estabilidade no serviço público ou em uma sociedade
coletivizada, onde o patrão seja uma cooperativa de trabalhadores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Minha empregada doméstica tem
liberdade para viajar para Paris ou Londres. Entretanto, ela pode efetivamente
exercer esta liberdade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Posso dizer o que desejo aqui,
atingindo centenas de pessoas. Entretanto, de noite, a TV Globo destrói tudo,
atingindo mais de 20 milhões de pessoas ...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Dizem que antes de distribuir, é
preciso fazer "crescer o bolo". Sucede que raramente o "bolo
cresce" e, quando cresce, eles não querem distribuir...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">A esquerda pode ser um pouco utópica,
mas a "poesia" está com ela. A direita aposta no egoísmo do ser
humano, cria uma sociedade individualista e indiferente à dor alheia. Um
verdadeiro "darwinismo" social. Que vençam os mais astutos, os mais
aptos ou os mais "fortes"!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;"><br />
Esta, evidentemente, é a minha avaliação. Avaliação de alguém que sempre se
negou a aceitar uma sociedade onde crianças peguem comida no lixo e mães
assistem a seus filhos morrerem por falta de dinheiro para tratá-los das suas
doenças graves. Não me conformo com esta miséria, embora este "sistema
econômico" sempre me tenha sido favorável. Por isso, julgo ter
legitimidade para criticá-lo: não falo em causa própria (ao contrário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Enfim, por tudo isso, me insiro no
pensamento de esquerda. O grande problema é conseguir uma sociedade justa sem
sacrificar a liberdade individual, efetiva e concreta, pois ninguém abre mão de
seus privilégios senão pela coerção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">A utopia é como o horizonte; está sempre
distante. Entretanto, ela é que nos faz caminhar, (conforme texto citado pelo
saudoso pensador Eduardo Galeano). Caminhemos sempre ..<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #4b4f56; font-family: "inherit" , serif; font-size: 10.5pt;">Afranio Silva Jardim, professor
associado de Direito Processual Penal da Uerj. Mestre e Livre –Docente em
Direito Processual (Uerj)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
</div>
Aninhahttp://www.blogger.com/profile/01065616114010660196noreply@blogger.com0