sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A má jogada na politica




Podemos aceitar apoio de parlamentares a uma candidatura que apoiamos, desde que o parlamentar não seja do partido que apoia o nosso adversário. Aceitando este tipo de apoio, a gente é obrigada a entrar no jogo perigoso e oportunista, que não fortalece em nada a democracia, muito ao contrário alimenta o jogo sujo da politicagem.

Devemos procurar  crescer politicamente, procurar se informar ,aprender a jogar limpo , sem se deixar contaminar pelo lado cruel que algumas pessoas fazem da política. Este pensamento não é ser radical e sim coerente com o princípio ético que deve permear a boa política. Não existe o fato ,de por ser amigo pessoal do parlamentar, tentar impor aos nossos companheiros este tipo de apoio.

Vamos jogar o jogo de xadrez da política de maneira inteligente e limpo, com jogadas precisas e certeiras. Segundo Sérgio Boechat, o xadrez tem semelhanças com a política. Começa pela origem. Não se sabe ao certo, a origem do xadrez. Já foi atribuída a sua invenção aos chineses, aos egípcios, aos persas e até mesmo a Aristóteles e ao Rei Salomão, mas a história não confirma nenhuma dessas lendas. Da mesma forma, em relação à política. Não se sabe quem começou, mas a encontramos em todos os momentos históricos desde os primórdios da humanidade e até mesmo nas páginas bíblicas.

No jogo de xadrez as jogadas têm que ser feitas dentro do tempo estabelecido. Na política, também existe um “timing” e quem não o conhece ou não o respeita, ganha o estigma de perdedor. E a gente pode com atitudes acima descritas ganhar o estigma de perdedor.

Na política, não há limite de peças e nem movimento certo. “Todas se movimentam em todas as direções, às vezes equivocada e atabalhoadamente, como aceitar qualquer tipo de apoio política em nome da governabilidade.
Certamente no xadrez político teremos protagonistas que terão comprometimento com o público e que no seu cotidiano terão como bandeira os princípios éticos. Nesse cenário teremos uma democracia consolidada e a expectativa de um País mais justo para que as futuras gerações de brasileiros possam realizar seus sonhos e alcançarem a plena felicidade. Oxalá isso aconteça.


Xadrez da política



Nada se assemelha mais à política que o jogo de xadrez. Começa pela origem. 

Não se sabe, ao certo, a origem do xadrez. Já foi atribuída a sua invenção aos chineses, aos egípcios, aos persas e até mesmo a Aristóteles e ao Rei Salomão, mas a história não confirma nenhuma dessas lendas. 

Da mesma forma, em relação à política. Não se sabe quem começou, mas a encontramos em todos os momentos históricos desde os primórdios da humanidade e até mesmo nas páginas bíblicas. Os diálogos de Moisés com o Faraó são belos exemplos de uma negociação política.

O jogo de xadrez exige inteligência e o mesmo ocorre na política, onde os menos inteligentes não se destacam e por isso não passam de meros figurantes. E como temos figurantes no jogo político ! 

No jogo de xadrez as jogadas têm que ser feitas dentro do tempo estabelecido. Na política, também existe um “timing” e quem não o conhece ou não o respeita, ganha o estigma de perdedor.

Tancredo Neves não era um grande administrador, nem estava entre os melhores oradores do Congresso Nacional, mas tinha um “timing” político perfeito e em consequência disso foi quase tudo o que quis ser na política, menos Presidente, porque daquela vez prevaleceu o “timing” divino.

No jogo de xadrez existe uma previsibilidade de jogadas e o bom jogador prevê a jogada do seu oponente e as próprias jogadas com algumas rodadas de antecedência .

Na política, também tem que existir essa previsibilidade e isso faz a diferença entre o bom e o mau político.

No xadrez, os objetivos são avançar as pedras, conquistar espaços no tabuleiro, capturar o rei e dessa forma, vencer o jogo. 

Na política, os objetivos são avançar no terreno adversário, enfraquecer os adversários, conquistar espaços políticos, convencer os eleitores e dessa forma, vencer a eleição.

Assim como há semelhanças, há também sensíveis diferenças entre o jogo de xadrez e o jogo político. 

No jogo de xadrez, cada peça se movimenta de uma maneira diferente, há um número certo de peças e cada uma tem o seu próprio movimento. 

Na política, não há limite de peças e nem movimento certo. Todas se movimentam em todas as direções, às vezes equivocada e atabalhoadamente. Há “peões”que querem se movimentar como torre, bispo, cavalo, dama e até fazem pose de “rei”. Ao primeiro movimento, aparentemente bem sucedido, se empolgam e se consideram os “reis” do tabuleiro político. 

O xadrez prevê a promoção do peão, quando ele atinge a última fila do tabuleiro e é trocado por outra peça, de maior importância, à escolha do jogador , mas estabelece um limite: Não pode ser trocado por outro peão nem pelo rei. Na política também deveria ser assim : o peão só seria promovido depois de alcançar a última fila do tabuleiro e assim mesmo respeitando o “rei” ou o líder maior, que ele jamais poderá ser. 

Um ponto que ainda merece ser destacado no jogo de xadrez é que as peças brancas sempre iniciam a partida.

Na política, também existem as peças brancas e as peças pretas. A norma deveria ser a mesma, mas não raro, as peças pretas se esquecem disso e querem iniciar a partida, esquecendo-se que as peças brancas sempre têm a precedência, pelas regras do jogo. 

As semelhanças de todos esses conceitos com a nossa política não são meras coincidências. Temos jogadores despreparados, sem inteligência política, sem capacidade de previsão das jogadas, sem conhecimento das regras do jogo e sem história política, em suma, peões pretos que , arrogantemente, se arvoram em líderes políticos e se esquecendo da limitação dos seus movimentos, tentam, sem sucesso, dar um chequemate no “rei”. Chegaram à última fila do tabuleiro, foram trocados por outra peça mais importante, mas não chegarão a ser “rei”, porque esta é também a lei do xadrez da política.
Fonte: O Xadrez da política
(Opinião - Sérgio Boechat)

FONTE: http://inteligenciapolitica.bloguepessoal.com/8026/O-Xadrez-da-politica/