terça-feira, 1 de maio de 2018

Carta de Lula aos trabalhadores, no 1º de maio:





“Por isso a esperança! A esperança que retomamos neste 1.º de Maio unificado”.

Meus amigos, minhas amigas, o Brasil vive esse 1º de maio com tristeza, mas esperança.

É com tristeza que vivemos um momento onde a nossa democracia está incompleta, com um presidente que não foi eleito pelo povo no poder. O desemprego cresce e humilha o pai de família e a dona de casa. Em uma força de trabalho superior a 100 milhões de pessoas, apenas 33 milhões têm carteira assinada, o número mais baixo em 6 anos.
Uma multidão de mais de 13 milhões está desempregada e outros tantos milhões em subempregos ou na informalidade. O país sofreu com a reforma do governo Temer o mais duro golpe nos direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo do século XX.

É com tristeza que vemos a economia patinar, conquistas democráticas serem revogadas e a maioria da população fazendo sacrifícios diariamente. O direito ao trabalho, a proteção da lei, ao estudo, ao lazer tem sido cada vez mais restritos. A mesa já não é farta, e até para cozinhar o pouco que tem muitas famílias catam lenha porque não podem mais pagar o bujão de gás. Crianças e jovens perdem o futuro que lhes garantimos e a porta de acesso ao ensino superior que tiveram nos governos nos quais servimos em benefício daqueles que mais precisavam.

Vocês se lembram da prosperidade do Brasil naqueles tempos. Quando o Brasil ia bem e parte da imprensa reclamava o tempo inteiro.

Agora o Brasil vai mal e os mesmos falam em “retomada da economia”. A sabedoria popular contra essa propaganda massiva, em especial das Organizações Globo, que controlam a maior parte das comunicações desse país, revela-se nas pesquisas, onde o povo mostra que sabe o caminho para voltar a ter um Brasil melhor, com mais inclusão social, democracia e felicidade.

Um Brasil onde os trabalhadores tenham direito a ter direitos. Onde os trabalhadores possam ter uma vida digna. Onde as crianças possam ter uma boa educação. Onde nenhum menino ou menina passe fome ou fique pedindo esmola em um farol. Onde o filho do pedreiro possa fazer uma faculdade e virar doutor. Um país do qual possamos ter orgulho.

Sabemos que esse Brasil é possível. Mais do que isso, já vivemos nesse Brasil há muito pouco tempo atrás.

Por isso a esperança! A esperança que retomamos neste 1.º de Maio unificado não é apenas um desejo, é algo que buscamos em nossa luta democrática em todos os dias. Ela nos fortalece para superarmos o triste momento presente e para construir um futuro de paz e prosperidade.
Viva o Dia dos Trabalhadores! Viva os trabalhadores brasileiros! Viva o Brasil!

Luiz Inácio Lula da Silva
Curitiba, 1 de maio de 2018

O ataque sistemático ao PT


O ataque sistemático ao PT não lhe tira a popularidade e o protagonismo político.

 Por Eugênio Aragão

Raquel Dodge e Luís Roberto Barroso (foto de José Cruz/Agência Brasil)

POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-ministro da Justiça
Mal cai a ficha da tal “opinião pública”, tornando-se evidente que o juiz de piso Sergio Moro não é lá essa Brastemp toda que diz ser e que Lula foi vítima de atuação grotescamente seletiva e partidária duma “kangoroo justice”, que os estamentos do judiciário instrumentalizados pelo golpe – polícia, ministério público e a magistratura – se apressam em promover novo ataque de linchamento midiático de Lula e o PT.
A nova invectiva vem em movimento de pinça sincronizado: enquanto a turma de Curitiba acelera a negociação da deduragem extorsiva (chamam-na de “delação premiada” também) de Palocci, a Procuradoria Geral da República se utiliza das viciadas e recortadas estórias contadas por diretores da Odebrecht para denunciar, além de Lula, também a senadora e presidenta do PT Gleisi Hoffmann e outros personagens daquilo que seria uma peita gigantesca no valor de dezenas de milhões de reais.
A dinâmica é sempre a mesma, funciona como uma troca de figurinhas para montar o álbum dos sonhos dos acusadores. Trocam liberdade ou penas irrisórias para empresários de comprovada má reputação no mercado por acusações contra personalidades-alvo.
Não é qualquer informação sobre presumíveis crimes que interessa, mas somente aquelas que preenchem as lacunas do álbum dos investigadores amadores: “dê-me a figurinha 140 que o livro solto!” Não são as figurinhas 139 e nem 138 que prestam. Somente a 140. É assim que se completa o enredo previamente desenhado pelos jovens e bem-pagos burocratas do ministério público.
Que isso não tem nada a ver com a busca da verdade real ou verdade provada parece aos poucos claro para toda a sociedade, ou, pelo menos, para sua parte com maior discernimento. Estamos diante de um esforço corporativo de consolidar o ilegítimo protagonismo político de quem não tem voto, mas apenas tortas convicções e projetos pessoais. Enquanto isso, o país sangra, com suas instituições em frangalhos, desacreditadas e sua constituição transformada em pasquim.
A segurança jurídica já não existe e o desfecho de julgamentos depende apenas de quem é escolhido para ser o relator ou julgador ou, até , por vezes, da cara do freguês, das partes do processo. A lei – que lei? – passou a ser uma metamorfose ambulante, mudando de conteúdo de conformidade com o objetivo político – ou será politiqueiro? – dos atores estatais.
No meio dessa verdadeira saturnália jurídica, em que tudo que já valeu não vale mais, é, no entanto, incrível que o PT e Lula, os alvos preferidos da agressão judicial-corporativa, permanecem inabalados na preferência coletiva. Lula é de longe o candidato com maiores chances de ganhar as próximas eleições, enquanto a popularidade do PT é nove vezes maior que a do segundo partido avaliado. Isso em plena tempestade.
Ao invés de deixar que o eleitor julgue os políticos, a ensandecida burocracia acusatória prefere impedir a eleição plena e justa. Lula voltar a ser presidente é para esses mauricinhos e essas patricinhas concursadas o fim do mundo, pois permitiria a sociedade se reencontrar e colocar cada qual em seu lugar – o ministério público e a magistratura como agentes da legitimidade derivada da lei aprovada pela soberania popular e não como árbitros da legitimidade originária dos que têm voto.
Mas esquecem-se esses abastados consumidores da elite do serviço público que a história continua. Mesmo que batam e esmurrem Lula e o PT, não vão conseguir fazer desaparecer a luta de classes que é sua força e sua vocação. Os miseráveis relegados ao esquecimento e à lixeira social pelo golpismo são a maioria e sabem perfeitamente quem se preocupa com seu destino e quem não se preocupa.
Não adianta insistir na quimera do combate à corrupção, porque hoje têm consciência de que o golpe apoiado na persecução da esquerda partidária e dos movimentos sociais só promoveu desemprego, perda de direitos e desqualificação global do Brasil.
Lula e o PT são forças invencíveis na sociedade porque se pautam na realidade do processo histórico. Podem sacrificá-los, podem fingir que não existem, mas não lograrão anular o sonho da grande maioria das brasileiras e dos brasileiros de uma sociedade inclusiva, de uma democracia para todas e todos e de um país altivo e respeitado no concerto das nações. Durmam com essa!

Fonte: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-ataque-sistematico-ao-pt-nao-lhe-tira-a-popularidade-e-o-protagonismo-politico-por-eugenio-aragao/

A LAVA JATO DE MORO ACABOU!




Por Carlos Henrique

No seu barulhento afã desintegrador, Moro parou o Brasil e hoje vive a própria erosão. Atracada no pátio da Globo, a Lava Jato está condenada à demolição.

Aquela orgulhosa muralha obreira da tarefa de desintegrar a economia nacional, agora esfarela-se como um castelo de areia.

Não existem substâncias vitais para dar seguimento à farsa. Agora é delação sobre delação. Um requentando a outra no cozidão de Curitiba.

Personagens vão se repetindo e produzindo aquela enorme ruga de crosta. A Lava Jato agora anda em círculos, e está condenada a desaparecer. O diamante é falso, não há o que lapidar.

Aquele solo arável, plano e apto a criar escândalos contra o PT, Lula e Dilma, hoje está deteriorado.
Não há o que a Globo fazer para salvar a decomposição do logro.

Dodge até tentou criar um fato novo denunciando a cúpula do PT a fomentar o apetite da sociedade por mais um escândalo criado mecanicamente no Ministério Público, mas nada. Nem a mídia viu qualquer valor estratégico nisso pra satisfazer a gula troglodita de bolsomitos e congêneres e, muito menos para abastecer de especulação o grande mercado.

A Lava Jato vem somando buracos n’água e derrotas estratégicas em tribunais superiores.
Do ponto de vista político, ela não existe mais, transformou-se em molho de pimenta aguada em prato de baiano.

Para Moro, sobrou manter Lula mais alguns dias preso, numa tentativa tola de anulação total do maior líder político da história do Brasil, mas o tempo de Lula jamais passou. Já o da Lava Jato, expirou.

Agora começa a erguer-se a onda legalista para tentar apagar a responsabilidade do judiciário no desastre criado por Moro no país.

Se esse enfeite vai colar, tenho minhas dúvidas. O judiciário como um todo, subordinado ao mercado, tem hoje uma dívida com a sociedade difícil de pagar, sobretudo depois do golpe contra Dilma e a prisão de Lula. A ver…