quarta-feira, 30 de março de 2011

O homem teme a mulher independente?


O homem teme a mulher independente?

POR REGINA NAVARRO LINS

Rio - Durante séculos as mulheres foram sustentadas por pais ou maridos, mas de algumas décadas para cá houve grande mudança. Não foram poucas as que se libertaram dessa submissão adquirindo novo status.

Ganham seu próprio dinheiro e não têm que prestar contas dos seus gastos a ninguém. A mulher independente é invejada pela maioria das mulheres que, por mais que trabalhem, não garantem seu próprio sustento. Pela incapacidade financeira de viverem sozinhas, muitas são obrigadas a permanecer em casamentos totalmente insatisfatórios.

É muito comum se dizer que o homem teme a relação com a mulher independente. Alega-se que, além de não estar preparado para abrir mão da superioridade que o papel de provedor lhe confere, poderia se sentir desvalorizado caso a parceira ganhasse mais do que ele. Mas na realidade não é isso o que acontece. O homem não teme a mulher que tem uma profissão e ganha muito dinheiro. Ele teme, sim, a mulher autônoma. Ser uma mulher independente ou uma mulher autônoma não é a mesma coisa. Mas existe uma confusão a respeito disso.

O que é, afinal, uma mulher autônoma? Em primeiro lugar, ela olha com novos olhos para o mundo, o amor, o sexo, o homem, a mulher, sem estar presa aos condicionamentos que tanto limitam as pessoas. Tem coragem de ser ela mesma na sua totalidade, e não renuncia a partes do seu eu tentando corresponder ao que dela se espera. Se sente livre para expressar todos os aspectos de sua personalidade, mesmo os considerados masculinos pela nossa cultura, como força, decisão, ousadia. Na relação amorosa, não se preocupa em se submeter às exigências sociais do que é aceito ou não para uma mulher e vive o máximo possível em sintonia com seus próprios desejos.

A autonomia não é fácil de ser alcançada. São anos e anos de condicionamento, em que vamos assimilando os valores do lugar em que vivemos como se fosse nosso idioma natal. Entretanto, cada vez mais mulheres questionam a suposição da nossa cultura de que a verdadeira felicidade se equipara a estar envolvida com um homem. Isso já é um bom sinal. Ter ou não um homem ao lado está aos poucos deixando de ser a questão básica da vida. Porém, ainda são poucas as pessoas que realmente buscam autonomia.

É evidente que sem independência financeira não pode haver autonomia. Existem mulheres totalmente independentes sem autonomia alguma. Quantas você conhece que alcançam sucesso profissional, se tornam brilhantes executivas ou profissionais liberais, e, no entanto, vivem sonhando com o príncipe encantado? O temor, na verdade, é em relação à mulher autônoma, que olha com novos olhos para o mundo, o amor, o sexo.

O preço alto de ser diferente da família .


O preço alto de ser diferente da família

Ser diferente da família, ainda que seja para melhor, pode trazer conflitos emocionais intensos. Um filho que tenha uma atitude diferente, mais ousada, mais ativa, que seja melhor financeiramente, que não seja permissivo como talvez sejam os pais, muitas vezes sofre sérias conseqüências. Se for diferente para algo que seja considerado “pior”, se é mais passivo, submisso, menos ativo, menos prospero pode também sofrer sérias pressões da família.

Existe uma resistência natural a mudança. O sistema familiar tende a querer se manter do mesmo jeito, com os mesmo padrões emocionais: os mesmos jogos de culpa, dependência emocional, dominação, submissão, controle e etc... A mãe dominadora irá usar todas as ferramentas que dispuser para manter a dominação: chantagem emocional, jogos de ameaças emocionais e etc... O filho que ousar sair da dominação sofrerá as conseqüências. O que faz o papel da vitima resistirá a sair do papel indo contra todos os argumentos e conselhos que lhe for oferecido.

A mudança traz incômodo. Tira as pessoas da zona de conforto. Quando algum membro tem uma atitude diferente do que a família está acostumada, isso pode produzir um grande desconforto emocional. E a reação pode ser em forma de crítica e vários tipo de punição e pressão para reprimir a ação que leve outros familiares a sair da zona de conforto.

Zona de conforto. Temos dificuldade em expandí-la porque é um tanto doloroso. Mesmo quando sabemos que a mudança pode nos proporcionar uma vida melhor, ações e reações conscientes e inconscientes são tomadas por nós mesmos para não sairmos do patamar que nos é conhecido, familiar, e portanto, confortável (mesmo que seja ruim). E é assim que cada membro da família vai agir.

Atendi uma cliente que se queixava de problemas de relacionamento, de não conseguir se manter em namoros por muito tempo. Para toda dificuldade existe sempre uma razão. Eu procuro investigar as causas e elas normalmente vão aparecendo durante a sessão.

Ela relatava que os pais eram muito passivos, muito submissos. Que todo mundo fazia o que queria: familiares “se aproveitavam”, e eles nunca reagiam, achavam aquilo tudo normal. Nunca brigavam. E ela desde criança achava aquilo estranho. No seu próprio núcleo familiar, sempre era de reclamar quando não gostava das coisas, e, quando foi crescendo, passou a defender os pais quando via algum familiar querendo se aproveitar. Falava verdades, ficava com raiva.

Já os outros irmãos agiam de forma semelhante aos pais. Eram passivos da mesma forma e não costumavam reclamar. Esse comportamento era elogiado pela mãe: “Fulano e beltrana (falando dos irmãos) é que é tem um temperamento bom, você tem um temperamento terrível! Ninguém vai querer casar com você desse jeito, você vai morrer só!”

Imagine ouvir isso a vida inteira... O que a criança internaliza? “Pra minha mãe falar isso, eu tenho algo de muito errado, e ninguém realmente vai querer ficar comigo.” E essa ferida é carregada até a vida adulta, provocando sérios danos na autoestima e problemas de relacionamento.

As palavras da mãe são internalizadas na forma de uma crença, que vira uma profecia. Ai os relacionamentos começam a não dar certo, e a cliente começa a pensar que a mãe realmente tinha razão, reforçando a crença. O que a cliente não percebe é que ela mesma, por ter ouvido tudo aquilo que afetou profundamente sua autoestima, vem tomando atitudes negativas que estão levando a sabotar os relacionamentos – desde a escolha dos parceiros até a dinâmica do relacionamento; atitude essas que muitas vezes nada tem a ver com as atitudes que a mãe considera como sendo “erradas”.

Quando ficou mais velha e começou a defender os pais dos outros familiares sofreu também conseqüências. Os pais nunca sentiam o que ela fazia como algo positivo. Assim ela era repreendida e chamada de complicada, revoltada, briguenta, que se ofendia por tudo e etc... Os pais jamais viram o próprio comportamento como algo negativo. Para eles, a filha é que estava errada e merecia ser repreendida.

Veja que emaranhado emocional. Os pais passivos, submissos, aceitando tudo, achando que isso é um comportamento normal, saudável. A filha, de alguma forma era diferente desde criança. Era repreendida, punida, comparada negativamente com os irmãos, para que desistisse de ser diferente, mantendo o sistema familiar como sempre foi. Ela não entendia como os pais podiam não compreender o seu ponto de vista, e ela, por sua vez, também não conseguia relaxar vendo os pais do jeito que eram, ou seja, também não os compreendia. Tudo isso acabou gerando sérias dificuldades de relacionamento entre ela e os pais. Gerou também para a minha cliente, sentimentos de raiva, rejeição, que obviamente refletiram na autoestima e nos relacionamentos com os homens.

Já atendi casos de filhos/as que conseguiram se sobressair financeiramente muito além do patamar da família. O resultado? Raiva, inveja, cobranças excessivas, punição por parte dos familiares... O diferente, o mais bem sucedido mexe com os sentimentos de incapacidade, de frustração dos outros que não conseguiram se destacar. Isso faz o bem sucedido se sentir culpado, o que o faz carregar um fardo financeiro pesado de ajudar a todos. Pode ocorrer ainda de virar um jogo sem fim de insatisfação e culpa: o que é bem sucedido sente culpado, ajuda todo mundo, ninguém aproveita, nem reconhece, nunca acham que está suficiente e ainda o rejeitam, e ele continua ajudando para ver se um dia as coisas mudam. E nunca muda.

O que ocorre muitas vezes e nem nos damos conta, é que em alguns casos desejamos ser diferentes, melhores, mas como sentimos de alguma forma que isso vai perturbar os outros membros, terminamos nos sabotando para não crescer.

É claro que não é em todas as famílias que esses extremos ocorrem. Em níveis mais intensos ou menos intensos, em algumas áreas mais e em outras menos, essas resistências sempre vão existir dentro de uma família. É mais comum do que imaginamos e não temos idéia do quanto sabotamos o nosso crescimento para não atingir os outros familiares a fim de evitar a rejeição, ou a falta de identificação com os familiares. Ser parecido gera muitas vezes uma confortável identificação mútua que não desejamos perder.

A diferença entre um trabalho tradicional e um trabalho com a EFT, é que, depois de identificar os sentimentos e padrões emocionais negativos, usamos a técnica para dissolver as emoções guardadas. As emoções negativas são o que nos mantém agindo de forma repetida, mesmo quando temos uma consciência racional do que deveríamos mudar. Compreender racionalmente é o primeiro passo. No entanto, se os sentimentos são descobertos no nivel racional mas não são dissolvidos, pouca coisa ou nada muda. Aí é onde a EFT faz uma grande diferença. Tomamos consciência dos sentimentos negativos e podemos dissolvê-los com a EFT. Isso traz um resultado incomparavelmente mais rápido na mudança do comportamento.

Quando dissolvemos os sentimentos, novos insights surgem, trazendo a tona mais sentimentos que precisam ser eliminados.

http://www.eftbr.com.br/artigo.asp?i=157

André Lima



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domingo, 27 de março de 2011

Eu aprendi com William Shakespeare


Eu aprendi com William Shakespeare

Eu aprendi...
...que ignorar os fatos não os altera;

Eu aprendi...
...que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;

Eu aprendi...
...que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;

Eu aprendi...
...que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;

Eu aprendi...
...que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;

Eu aprendi...
...que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.

Eu aprendi...
...que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar;

Eu aprendi...
...que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;

Eu aprendi...
...que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;

Eu aprendi...
...que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.


E com Luís Fernando Veríssimo as dez coisas que levei anos para aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

A Cama na Varanda: Homem em crise


A Cama na Varanda: Homem em crise

POR REGINA NAVARRO LINS

Rio - É muito difícil encontrar um homem que nunca tenha ouvido a afirmação: “Homem não chora!” Quantas mães dizem para seus filhos “não levar desaforo para casa”, ou seja, mostrar que é Homem a qualquer provocação? Não é nada fácil para o menino. Desde pequeno ele é desafiado a provar sua masculinidade. A vida inteira deve estar atento e mostrar que é homem, deve ter atitudes, comportamentos e desejos masculinos.

Qualquer variação no jeito de falar, andar e mesmo sentir, pronto: sua masculinidade é posta em dúvida. Assim como a feminilidade, a masculinidade foi construída há cinco mil anos, a partir do surgimento do patriarcado. O homem, então, se definiu como um ser privilegiado, acreditando ser mais forte, mais corajoso, mais decidido, mais responsável, mais criativo, mais racional.

Isso serviu para justificar, durante milênios, a dominação da mulher e também estender essa ideologia de dominação a outras esferas: a homens mais fracos, raças, nações e à própria natureza. Houve uma mudança radical nas mentalidades, e a evolução das sociedades pacíficas e de parceria, que existiam até então, foi mutilada. A cultura imposta pelo homem, autoritária e violenta, acabou sendo vista como normal e adequada, como se fosse característica de todos os sistemas humanos. No entanto, a masculinidade está em crise.

Há 40 anos as mulheres passaram a questionar e exigir o fim da distinção dos papéis masculinos e femininos, ocupando os espaços sempre reservados aos homens. A certeza do homem superior à mulher foi abalada.

Diante dessa nova mulher desconhecida, muitos homens passaram a questionar a identidade masculina, desejosos de se libertar dos papéis tradicionais a eles atribuídos e da cobrança de ter sempre força, sucesso e poder. A partir daí, puderam perceber que são oprimidos, tanto ou mais que as mulheres. Nos Estados Unidos existem hoje centenas de grupos que se reúnem para discutir o masculino e sua desconstrução, e dos países nórdicos chegam trabalhos sobre o homem esgotado.

Estamos em pleno processo de transformação no que diz respeito à valorização da virilidade. Já é possível sentir sinais do desprestígio do machão. O homem que fica triste e chora adquire um novo valor: o do homem sensível.

No entanto, a mudança das mentalidades demora algumas vezes mais de cem anos para se concretizar, mas isso não importa, desde que se abra um espaço definitivo para a autonomia de homens e mulheres. Isso é pré-condição para uma relação de parceria entre os sexos em todas as áreas.

sábado, 26 de março de 2011

Avô e avó


Avô e avó

Webinar Transcript

1.Aos amigos que já são Avós. Com a AMIZADE de quem já o é… Deixar avançar os slides…

2.O amor perfeito às vêzes não vem até que chegue o primeiro neto Provérbio Galês

3.Ninguém faz pelos netos, o que fazem os Avós: Eles salpicam uma espécie de pó de estrelas sobre as suas vidas Alex Haley

4.As Avós são Mães, com um monte de cobertura doce. Autor desconhecido

5.A Avó, segura as nossas mãozinhas por um instante, mas os nossos corações, para sempre . Autor desconhecido

6.Que baratos que são os netos ! Dou-lhes as minhas moedas e eles dão-me milhões de dólares de alegria. Gene Perret

7.Se soubesse como é maravilhoso ter netos, telos-ia tido, antes. Lois Wise

8.Os meus netos acham que sou a coisa mais velha do Mundo. Depois de duas ou três horas com eles, eu também acho ! Gene Perret

9.Nunca tenhas filhos, só netos. Gore Vidal

10.Os homens não se sentem velhos por terem netos, mas sim, por saber que estão casados com Avós. G. Norman Collie

11.Quando os netos entram na nossa casa, a disciplina voa pela janela. Ogden Nash

12.Uma Avó, é uma Mãe maravilhosa, com um “monte” de prática. Um Avô, é um velho por fora e um jovem por dentro. Joy Hargrove

13.Os netos são a recompensa de Deus por termos chegado à velhice. Mary H. Waldrip

14.Nunca entenderás realmente uma coisa, até que consigas explicá-lo à tua Avó. Provérbio Galês

15.Os netos, são a sobremesa da Vida. Anónimo

16.Uma hora com os netos, pode fazer uma Avó sentir-se jovem outra vez. Mais tempo que isso, fá-la sentir-se velha rápidamente. Gene Perret

17.Desejaria ter a energia dos meus netos, nem que fosse para defesa pessoal… Gene Perret

18.Os netos não se mantêm jovens para sempre, o que é bom, porque os Avós têm um limite de forças. Gene Perret

19.Felicidades

20.Aos novos avós…

21.Aos avós experientes

22.E a todos que um dia o serão…

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Golpe do Montepio


O Golpe do Montepio

Alerta geral!

Hoje 24 de março de 2011,recebi um telefonema de uma pessoa que se passava por advogado.Falava que era representante do Montepio um plano de aposentadoria privada que eu tinha feito em Brasília anos atrás.Que eu tinha um pecúlio de R$50 000,00 pa...ra receber e uma retirada de 5 salários mínimos por mês.Sabia meu nome completo,número de documentos pessoais e endereço atualizado.Pedia então os meus dados bancários para ele depositar o dinheiro. Lógico que ñ cai no golpe e não forneci.Fiz uma “BO” na delegacia.

A ligação é do Ceará 085-30883068

Em outubro do ano passado, Pillar de Paula Pouge, 58, foi surpreendida por uma boa notícia. O dinheiro que ela e o marido, o executivo André Alfred Pouge, investiram há 30 anos no Montepio da Família Militar, em liquidação extrajudicial desde 1986, poderia, finalmente, ser resgatado.
A boa nova, porém, logo revelou-se um golpe que vem sendo aplicado há dez anos, de forma recorrente, em várias capitais.

"A pessoa identificou-se como Roberto Maluf, disse ser advogado e pediu o número da minha conta bancária para depositar o crédito", conta Pillar.
Como o advogado não soube informar qual o valor a ser resgatado, ela desconfiou e pediu na época um contato pessoal --que foi marcado somente para o último dia 26 de junho, no Fórum de São Paulo.

Oito meses depois do primeiro contato, Pillar tinha certeza que o suposto advogado não iria comparecer e nem se deu ao trabalho de ir ao encontro. "Procurei o Banco Central e a Susep e fui informada de que se tratava de um golpe", afirma.

Segundo Eliezer Fernandes Tunala, chefe do departamento de fiscalização da Susep (Superintendência de Seguros Privados), desde 1994 mais de mil reclamações sobre esse golpe chegaram à entidade.

Em agosto do ano passado, uma quadrilha que aplicava o golpe foi presa em Minas Gerais. Mas deixou herdeiros: nos últimos três meses, o número de casos voltou a crescer, totalizando 90 denúncias à Susep. Os golpistas sempre agem por telefone, contatando em geral viúvas ou filhos de pessoas que estavam cadastradas no Montepio. Em alguns casos, a pessoa diz ser coronel do exército, em outras ocasiões se faz passar por um advogado.

Lista

"Não sabemos como eles têm acesso à listagem dos participantes do Montepio, e, quando acionamos o Ministério Público estadual para investigar, eles somem", diz Tunala.

O liquidante do Montepio, Errol Domingos Richetti, diz que também não faz idéia de como a lista de credores da entidade caiu nas mãos dos estelionatários.

"Desde que foi decretada a liquidação ninguém mais teve acesso à documentação", diz.

Segundo ele, dos 70 mil credores existentes na época da liquidação, há hoje 43 mil esperando ressarcimento. "Os demais já receberam", afirma.

Isca

Para fisgar os incautos, os golpistas acenam com valores altos a serem pagos pelo Montepio (entre R$ 25 mil e R$ 50 mil), o que desperta a "cobiça" em alguns e a desconfiança em outros. Se a pessoa morde a isca, o segundo passo é pedir que ela deposite 10% a 15% do valor do crédito para cobrir as supostas custas da liberação do dinheiro. Quem faz o depósito fica a ver navios.

O golpe chegou a um grau de sofisticação que envolve até fraude bancária. Segundo Tunala, em alguns casos os golpistas chegam a depositar parte do valor prometido na conta bancária da vítima para convencê-la. Dias depois, o depósito desaparece --provavelmente, trata-se de cheque sem fundos ou roubado.

Tunala alerta que o Montepio tem um liquidante nomeado pela Susep e que, se precisar entrar em contato com o segurado, fará esse procedimento por escrito, nunca por telefone.

Além do Montepio, os golpistas usam o nome de entidades como a Associação Previdenciária e Securitária Militar, que não existe, da Anapp (Associação Nacional da Previdência Privada) e da própria Susep. "É importante que as pessoas procuradas por estranhos, com qualquer oferta muito boa de seguro, entrem em contato com a Susep para obter orientação", diz Tunala.

FALE DE SEUS SENTIMENTOS, TOME DECISÃO, SE ALIMENTE CORRETAMENTE...


FALE DE SEUS SENTIMENTOS, TOME DECISÃO, SE ALIMENTE CORRETAMENTE...

Se não quiser adoecer – “Tome decisão”.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia.
A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões.
A história humana é cheia de decisões, para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros.
As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.


Se não quiser adoecer – “Busque soluções”.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas.
Preferem a lamentaçaão, a murmuração, o pessimismo.
Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão.
Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos.
O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.


Se não quiser adoecer – “Não viva de aparências”.

Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc..., está acumulando toneladas de peso... uma estátua de bronze, mas com pés de barro.
Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas.
São pessoas com muito verniz e pouca raiz.
Seu destino é a famácia, o hospital, a dor.


Se não quiser adoecer – “Aceite-se”.

A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz\ com que sejamos algozes de nós mesmos.
Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável.
Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores.
Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
Se não quiser adoecer – “Confie”.

Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras.
Sem confiança, não há relacionamento.
A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.


Se não quiser adoecer – “Não viva sempre triste”.

O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa.
A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive.
“O bom humor nos salva das mãos do doutor”.
Alegria é saúde e terapia.

Dr. Drauzio Varela

Prós e contras da legalização das drogas.


Régina Sélia Durães Amaral
Psicóloga Clinica Cognitiva

Prós e contras da legalização das drogas.
Uma discussão. UMA DISCUSSÃO.

Drogas, assunto polêmico em qualquer situação, pois divide opiniões. A tendência maior é sempre enfatizar os perigos: violência, vulnerabilidade para doenças, marginalização, uso e abuso etc.
Legalizar significa liberar o acesso, tornar legal o seu uso. Inevitável, então, a discussão quando uma questão tão perturbadora é lançada. Impossível uma resposta imediata à questão, posto que, é necessário sopesar os prós e os contras. Para a efetiva abertura dependemos de entendimento, e de reconhecer que o diálogo está a caminho, mas não tão próximo.
Tentaremos mostrar alguns pontos positivos e/ou negativos da legalização em questão.
1-Com a droga legalizada, acreditamos na eliminação do mercado negro da mesma e como conseqüência um ganho na diminuição da violência; o consumidor teria segurança na aquisição da droga, vez que adquiriria a mesma em mercados e lojas autorizadas, a exemplo da bebida e do cigarro, sem precisar deslocar-se até as “bocas de fumo”, resguardando-se, assim, de serem vítimas de balas perdidas ou mesmo das intencionais, quando confundidos por policiais como sendo traficantes.

2-Com a legalização seria mais fácil a identificação de usuários, vez que eles sairiam do casulo, não se sentiriam marginalizados e teriam assim, a oportunidade de usufruir de políticas públicas de atendimentos aos drogados de uma forma mais ampla e sem máscaras. Vale lembrar que as autoridades teriam o controle de acordo com a demanda, podendo o governo fazer maior investimento com tratamentos para dependentes, com os recursos oriundos da sua comercialização, porém pensar essa dinâmica, em um país onde o Sistema Único de Saúde é precário, beira a utopia imaginarmos que os recursos (impostos) oriundos da legalização das drogas pudessem ser direcionados para a saúde, e mais ainda para tratar dependentes químicos que a nossa sociedade cria e ao mesmo tempo descrimina.

3-Hoje, o álcool e o cigarro são drogas liberadas. Cigarro mata! Álcool, também. O álcool é talvez, o maior responsável por destruição de vidas, principalmente no trânsito e, no entanto é legal. Vale ressaltar que o uso de drogas continuará acontecendo, sejam elas legalizadas ou não. A questão quanto à legalização é: Deve-se, realmente, legalizar? O Brasil está preparado para a legalização?Esta é a solução? A população do Brasil não seria tal qual uma criança imatura para absorver a legalização do uso de drogas?

4-Quais seriam as conseqüências dessa legalização num país como o Brasil, onde boa parte da população é mal educada e desinformada? Ao legalizar as drogas, com o intuito de também reduzir a violência, não estaríamos somente mudando o curso do rio? Qual seria a reação dos traficantes, com a perda do seu objeto de comércio e manutenção do status quo? Ao deixarem de ganhar dinheiro com o tráfico, muito possivelmente passariam a seqüestrar mais, roubar mais e matar mais, e, assim procedendo agravaria a violência.

5-Com a legalização das drogas, outro negócio rentável (o que seria?), possivelmente, viria suprir a perda do que se ganha com a ilegalidade daquelas. É a questão sócio-econômica ditando as regras do mercado, decorrente da oferta e da demanda de ambições, prazeres e desejos instantâneos, bem como a preocupação com o sustento familiar, posto que quem trafica também tem família, e esta muitas vezes não tem culpa das escolhas de seus comandantes.

6-Temos consciência de que a discussão, na tentativa de se chegar a um consenso, é árdua, posto que a subjetividade é um componente muito forte em razão de que ela é construída de processos e formas de organização dentro de uma cultura que se constitui também em suas relações sociais e pode confundir-se com a própria historia da droga.

7-Mais: Quando falamos em cultura surge um complexo padrão de comportamentos, de crenças nas instituições, etc. Como saber que comportamentos surgirão após a legalização? Legalizar seria certeza de manutenção da ordem? Evitaria o abuso do uso? As doenças, decorrentes do uso de drogas, seriam mais facilmente tratadas? Minoraria a violência e a conseqüente redução de crimes? Interessa ao Estado legalizar as drogas?

8-Considerando os danos causados pelas drogas, Amar (1988), pontua que elas afetam o individuo já na vida intra-uterina, quando os pais já são viciados; o seu uso deve ser entendido como um processo que atravessa gerações e cada vez mais é usada por indivíduos em diversas idades, sob diversos aspectos, penetrando em todos os segmentos da sociedade e em todos os paises do mundo.

9-Para uma parcela da população, as drogas são motivos de crimes bárbaros, entretanto não se pode afirmar, por exemplo, que, crimes são cometidos em virtude do seu uso. Acreditamos que a questão da droga está relacionada a um desequilíbrio não só do individuo que usa, mas também de uma instabilidade coletiva de proporções globalizada. É complexa, a questão.

10-A priori, entendemos que a liberalização poderia se dar de forma paulatina, como por exemplo: liberar somente a maconha, e o Estado se responsabilizar em medir os impactos gerados na sociedade, números de aumento/redução de delitos, aumento/redução de violência, aumento/redução de dependentes seria imprescindível para tomarmos como parâmetro real e base para decisões futuras.

11-Retomamos a questão do comportamento do individuo ao ter a droga legalizada. Levando-se em consideração que a maior parte da clientela consumista tem sido os jovens (os mais velhos já morreram, por conta da mesma droga, talvez. É preciso renovar o mercado!), há de se convir que nos deparamos com uma realidade perigosa. O homem sempre buscou, e busca viver experiências novas. Cada vez mais ele procura contato com o diferente em busca de novas descobertas, e, assim sendo, o risco que se corre com a liberalização das drogas é a busca por outra coisa, de preferência proibida, para ocupar o lugar do “proibido, do ilegal, que dá a onda, que dá o barato”, bem como o prazer especial de querer transgredir regras que lhe foi retirado.

12-Além das questões acima corre-se o risco de que o individuo passe a buscar doses cada vez maiores e as consuma em menor espaço de tempo. Imaginemos, então, o dano: Uma sociedade despreparada para o uso, adoece por completo e o pior das conseqüências seria a destruição (em interpretação literal) dessa mesma sociedade em um curto espaço de tempo. O individuo que faz o uso de forma ilegal, é controlado pelo sistema repressor. Retirando o controle não produziríamos o caos?

13-Acreditamos na redução da violência como conseqüência da eliminação do tráfico. Acabar, porém, com um negócio que movimenta trilhões de dólares por ano não é tão simples. Qual o governo é capaz de tal ação? Os EUA, dita maior potência do mundo, lutam há décadas contra o cartel das drogas sem sequer vislumbrar um fim imediato. Não podemos olvidar entretanto, que aliado ao tráfico de drogas está o contrabando de armas. Ambos se completam e não vivem em divórcio. Aos EUA não interessam a produção de drogas ilícitas, mas interessam a produção de armas. Qual dos mercados gera mais lucro? Como resolver o conflito de interesses?

Uma grande questão: A favor da saúde, qual a ação mais efetiva contra o tráfico de drogas?

A grande resposta continua em construção, em virtude do hábito que temos de pensar, sentir e agir em relação às mesmas, na maioria das vezes de forma negativa, com mitos e culpas, e, se o governo legaliza, grande parcela da população pode entender que as drogas não fazem mal algum e começar a fazer uso das mesmas. Seria, então, uma questão de se investir primeiro em educação/informação - somos um tanto quanto céticos quanto à eficácia de tal ação, posto que países, ditos de primeiro mundo convivem com situações iguais ou piores que as do Brasil - para depois pensar em legalizar as drogas?

Não podemos vendar os olhos para o que acontece: as drogas têm sido usadas cada vez mais por pessoas, com o intuito único e exclusivo de buscar o prazer, e entendemos ser um equívoco afirmar que elas são responsáveis por todos os atos impensados, embora muitos as usemos como desculpas para justificar determinado comportamento que a sociedade rejeita. Segundo Aratangy (1998), a droga exerce uma atração, ela chega proporcionando prazer dependendo da estrutura física, psíquica e biológica de cada.

Quanto à legalização/liberalização não é algo para se resolver da noite para o dia. Precisaria, no nosso entender, de uma estabilização na esfera educacional, bem assim, outras providências, a exemplo de uma maior conscientização por meio de palestras, propagandas, encontros com jovens, projetos sociais etc. Com educação, acreditamos na possibilidade de uma legalização com menor escala de turbulências . Ainda de acordo com Aratangy (1998) um programa de prevenção eficiente teria que considerar a dimensão emocional, oferecer opções que permitam canalizar suas emoções para se contrapor a intensidade das emoções propiciada pelas drogas.

Somos contra o uso de drogas ilícitas. Não fazemos apologia às mesmas até porque sabemos o poder destrutivo que elas contem. O objetivo é ser ouvido

terça-feira, 22 de março de 2011

A Lei do caminhão de lixo


A Lei do caminhão de lixo


"Um dia peguei um taxi para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando, de repente, um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente. O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou de um acidente por um triz!

O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós, nervosamente.
O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara, fazendo um sinal de positivo.

E eu quero dizer que ele o fez bastante amigavelmente. Assim eu perguntei:
'Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!'

Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo "A Lei do Caminhão de Lixo."
Ele me explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por aí carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, traumas e desapontamentos. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar e, às vezes, descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Isto não é problema seu!

Apenas sorria, acene, deseje-lhes o bem, e vá em frente.

Não pegue o lixo de tais pessoas e nem o espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. Fique tranquilo...

O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os caminhões de lixo estragarem o seu dia. A vida é muito curta para levantar de manhã com sentimentos ruins, aborrecimentos do trabalho, picuinhas pessoais. Ame as pessoas que te tratam bem. Ore pelas que não o fazem. Peça a proteção de Deus para tais pessoas...

A vida é dez por cento o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!"
Historinha recebida há pouco por mail, sem autor identificado.

domingo, 20 de março de 2011

Meu irmão


Meu irmão...

Hoje eu queria falar para você...que eu quero lhe pedir perdão...Pois apesar de várias coisas,eu o considero muito, na minha vida...Sei que as vezes acontecem coisas,que não queremos fazer,mas apesar de não querermos,a gente sai do sério,e acaba cometendo erros que causam discussões e brigas...Quero te pedir perdão...pois eu cometi um erro magoando você...me perdoa... você aceita? ...

Considero-lhe muito...você sempre foi um irmão carinhoso, e...eu gosto de você, e queria ter o seu perdão pela mágoa que deixei em seu coração...

Um irmão pode ser a continuação de nós mesmos, como a nossa mão é a extensão de nosso braço. Você é isso para mim, uma continuação do meu jeito de ser, de viver e de olhar o mundo. Acho que conseguimos aprender o que nossos pais nos ensinaram com tanto amor.

Arrependo-me do que senti, raiva, mágoa e que logo me arrependi de sentir.Peço que você que perdoe ,porque eu não sou perfeita !

Quando parei para pensar em tudo que tinha acontecido...Não pude esconder minha tristeza.

Você tem sido um irmão especial, sempre presente em todos os meus momentos difíceis.As preces que eu faço a Deus para protegê-lo ainda serão poucas.

Meu irmão, eu vou pedir ajuda a Clarice Lispector para vc me conhecer um pouquinho:

Sou como você me vê...posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar...

Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre...Sou uma filha da natureza:quero pegar, sentir, tocar, ser.

E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.

Sou uma só... Sou um ser...a única verdade é que vivo.

Sinceramente, eu vivo.

E eu me amo do jeito que sou!


Eu amo muito você.

Sua irmã,Ana Maria

sexta-feira, 18 de março de 2011

Mágoa.


Mágoa.

Em nenhum momento devemos nos permitir guardar a mágoa.

Quando a mágoa se instala, o indivíduo vai perdendo aos poucos a alegria de viver, avançando em direção aos estados depressivos e de melancolia – extinguindo-se o prazer pela vida. A mágoa cultivada aloja-se em determinado órgão e o desvitaliza, alterando o funcionamento normal das células.

Quando dissimulada e agasalhada nas profundezas da alma, se volta contra o próprio indivíduo, em um processo de autopunição inconsciente. Neste caso, o indivíduo passa a considerar a si próprio culpado pelo ocorrido, e então se pune, a fim de expiar a sua culpa.

Segundo Freud, o grande psicanalista do século vinte, todos nós temos uma certa predisposição orgânica para cedermos à somatização de algum conflito. Esta se dá geralmente em algum órgão específico. Desta forma, muitos de nossos adoecimentos repentinos são fruto do que ele chamou de complacência somática. Nós guardamos a mágoa ou “fazemos de conta” que ela não existe.

Como os sentimentos não morrem, eles são drenados no próprio ser, ferindo aquele que lhe deu abrigo Mas podemos abrir um espaço maior no nosso mundo psicológico que vai nos possibilitar uma paz interna, cujas magoas e os ressentimentos nos impede de encontrá-la

O segredo está em uma atitude que devemos tomar, mas que ao mesmo tempo é muito difícil, pois ela exige uma grande humildade: O Perdão. O perdão é algo que a pessoa acha que beneficia ao outro e que perdoar é perdoar a quem não merece, e isto é totalmente irrelevante, porque na verdade quem se beneficia é a própria pessoa que se livra de um grande fardo que é perder grande parte de sua vida esvaindo-se em dores passadas.

A questão do perdão é uma questão de escolha e a escolha é uma grande aventura, pois nunca poderemos prever onde ela pode nos levar e quais as suas conseqüências. Mesmo sabendo o que escolhemos nunca saberemos os resultados e nem podemos controlar o que está por vir. A escolha pelo perdão é totalmente imprevisível e é neste mistério que reside o grande valor de perdoar.

O perdão é uma libertação para quem perdoa e não nos cabe questionar se o perdoado vai aceitar, gostar ou rejeitar, isto não é da nossa conta Perdoar não passa por fora e sim por dentro de nós mesmos.

De qualquer modo, quando algo nos fere profundamente, quando densamente nos contagia, e toma conta de nós da mesma forma como o sal entranha a carne que tempera, percebemos que ás vezes mais que o acontecimento em si é o modo como o encaramos ou como conseguimos encará-lo.

Alimentar mágoas de outrora, ressentimentos antigos, demorar a perdoar, a esquecer, delongar-se na ultrapassagem de barreiras de uma dor qualquer, enfim… há uma série de mecanismos de manutenção da amargura, como num lamento que pretende expurgar a dor; mas depois vemos o quanto é verdade que um abismo leva (sim) a outro abismo.

Perdoar é sair do abismo que é ao mesmo tempo armadilha e ninho da depressão, o abismo que nos esconde mas jamais nos protege e que com certeza nos expõe a uma vulnerabilidade que não temos dimensão, pois nos fragiliza e nos impede até de viver e saborear os bons momentos.

E na verdade quem perdoa se surpreende com a libertação do ódio e com a leveza que passa a sentir e passa a perceber que o nosso maior e mais temeroso aprisionador é ficar com o inimigo dentro de si mesmo nos acompanhando o tempo todo."
Antônio Roberto

MÁGOA

Tu és como a magia cósmica
que entrou no meu coração e
nele fez morada
Chegaste na minha vida com a
intensidade do sol
iluminando com o teu calor
esse amor que nasceu como a
chama que queima devagar!

Tu és como o Mar
quem envolve-se com o Mar
confunde-se com o inesperado
qual as ondas quebrando
na beira da praia sem
nem importar-se com os estragos


Tu és como o vendaval
que solta o vento em fúria
devastando com chuvas
tudo que antes era belo e
hoje é apenas tormenta!

Tu és como o tempo
inexorável
deixaste minh'alma
ferida...magoada
sei agora
que nunca me amaste
despida de ilusões
eu precipito-me no caos
essa coleção
de tudo que não é Amor...

Tu és o desamor!
celina vasques

Ter coragem para seguir em frente


Ter coragem para seguir em frente
Cada vez que nos tornamos mais transparentes à nossa própria luz, restauramos a luz do mundo.
O mestre budista Chögyam Trungpa dizia que o objetivo da vida consiste em simplesmente ir em frente e fazer da vida um modo de despertar, mais do que de adormecer. A capacidade de continuar nos ajuda a perceber que nenhum problema é sem saída. Seguir adiante significa não nos deixarmos estagnar pela inércia, pelo medo ou pela irritação.

A melhor maneira de nos libertarmos do passado é fazer as pazes conosco mesmos no momento presente. Fazer as pazes com quaisquer lembranças ou sentimentos que possam surgir. De forma que, aos poucos, não seremos mais aprisionados por essas recordações.

Passamos a permitir que antigas imagens sobre nós mesmos vão embora. Continuamos simplesmente a seguir em frente. Nada mais nos faz parar. Sabemos continuar positivamente, pois estamos conectados com nossa confiança básica, com nossa bondade fundamental.

Coragem é a habilidade de mover-se para o futuro, sem olhar para trás: desapegar-se do passado.


Segundo o Budismo, ao purificarmos nossa mente das marcas mentais negativas poderemos renascer na Terra Pura dos Buddhas onde teremos um corpo e uma mente puros, vivenciaremos continuamente a paz interior e, por isso, poderemos rapidamente concluir nossa evolução pessoal para retornar para a esfera impura do Samsara em condições de ajudar todos os seres a fazerem o mesmo: atingir a iluminação.

A Terra Pura não existe por si só, como um lugar lá no céu. Ela é o resultado de um estado mental extremamente sutil e puro.

Coragem para seguir em frente e realizar nossa vocação

Ao descobrir nossa vocação, surge em nós, simultaneamente, um profundo sentimento de coragem. Sentimo-nos muito próximos de nós mesmos quando compreendemos uma verdade interna que não pode mais ser negada. Conseqüentemente, nós nos comprometemos com a idéia de abandonar tudo aquilo que nos impedia de ir na direção de nosso destino.

“Ir de encontro ao destino é realizar plenamente o potencial que está desde sempre em nós. É como ouvir um chamado e responder a ele. Ou desabrochar todas as nossas potencialidades e seguir uma vocação. E estranhamente, o mundo costuma nos corresponder quando fazemos assim. Uma das formas de saber que se está no bom caminho e que estamos fazendo aquilo para o qual nascemos é que o mundo nos abre as portas".
Aquele que se recusa a conhecer a si mesmo e não segue os seus desejos mais profundos, acarreta problemas para os outros!

Ir além da mágoa

Se decidirmos nos tornar alguém que se dedica com todo o coração a utilizar a vida para despertar, temos que superar a dificuldade de lidar com o desconforto das mudanças.

Quando nos conscientizamos de que estamos resistentes em aceitar uma mudança iminente, é útil nos perguntar:
“O que é preciso morrer agora dentro de mim, para nascer nesta nova fase com força e confiança?” Uma resposta é certa: nossas mágoas.

Carregar mágoas nos faz sentir cansados e sem vontade de iniciar novos projetos. Elas revelam o quanto estamos estagnados por limitações internas e externas. Ficar presos a elas consome nossa energia vital.

Dalai Lama explica que o termo tibetano para nirvana é nyang-de que se traduz literalmente por “além da mágoa”. “Nesse contexto, mágoa refere-se às aflições da mente; de modo que o nirvana realmente designa um estado de ser que está livre de emoções e pensamentos angustiantes. O nirvana é a imunidade ao sofrimento e às causas do sofrimento. Quando percebemos o nirvana nesses termos, começamos a nos dar conta do que a felicidade verdadeira e genuína realmente significa. Podemos então visualizar a possibilidade de nos livrarmos totalmente do sofrimento".


Quando alguém diz que não perdoa porque o outro não merece, está cometendo uma
contradição, porque quem disse que perdão é para quem merece?

Alimentar mágoas de outrora, ressentimentos antigos,demorar a perdoar,a esquecer,delongar-se na ultrapassagem de barreiras de uma dor qualquer, enfim...há uma série de mecanismos de manutenção da amargura, que a princípio visam sua minoração, como num lamento catártico que pretende expurgar a dor; mas depois vemos o quanto é verdade que "um abismo leva (sim) a outro abismo".

Perdoar é sair do abismo que é ao mesmo tempo armadilha e ninho da depressão, o abismo que nos esconde, mas jamais nos protege, perdoar é um exercício que pode surpreender o perdoado, porque entre outras boas conseqüências, ele é o principal
Beneficiado com recompensas emocionais oriundas da libertação do ódio que entrava
o fluxo da vida.

E a vida fluindo, de verdade, sem entraves... é tudo que se pode almejar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Deus e a religião


Deus e a religião

"Muitos pensam que sem religião não há moral, entretanto, havia moral muito antes de haver religião. Os filósofos primeiros eram... materialistas assim como os homens primitivos. Seus deuses eram materiais. O sol e a lua. O trovão e o raio. Depois, como disse Voltaire, "o primeiro espertalhão encontrou o primeiro tolo" e a religião começou.

Sócrates foi condenado à morte por impiedade, ou seja, duvidava dos deuses do seu tempo. Hoje ninguém acredita nos deuses daquele tempo.

Epicuro, o qual viveu 400 anos antes de Cristo e fundou uma escola que durou mil anos. Ensinava a ter hábitos moderados, a selecionar os desejos preferindo atender aos desejos naturais e necessários, a manter e cultivar a amizade, e a evitar o temor dos deuses e a aceitar a realidade da morte. A escola filosófica de Epicuro é ao mesmo tempo uma comunidade de amigos e uma seita. O pensamento epicúrio, como o estóico, dirige a atenção para as questões morais.

Para Epicuro e a sua escola, a virtude identifica-se com o saber; por isso, o modelo de virtude é o sábio. O sábio é feliz, caracteriza-se pelo domínio de si, pela sua constância e pela sua simplicidade. Quem se afasta da política e, em questões de justiça, é propenso à clemência.

Os homens podem ser bons sem a mediação de religiões. Não é preciso ter medo do castigo para agir bem. Filósofos há que escreveram explicando porque é bom ser bom. Aliás é muito sensato agir bem. "A vida reta é garantia da liberdade". Esse pensamento não cita deuses, é um dos provérbios de Salomão".

Deus é amor incondicional.Aquele que pode ser invocado em todo e qualquer lugar e instante não necessariamente dentro de uma igreja.Ele não faz discriminação e nem separação entre pessoas seja por cor, raça, estilo de vida, crença, condição social, classe......Podemos sentir a sua presença seja por meio de uma canção, por meio de um contato com a natureza, por meio de nossos amigos e familiares.E ele fica em nosso coração.É um Deus de paz, amor.

É um Deus que ensina o amor ao próximo sem exigir nada em troca.Ele não é esse Deus mercenário, vingativo, carrasco, separatista, de intrigas que as religiões querem implantar. Não é um Deus que só recita versículos e que dita regras a serem cumpridas como as mais absolutas verdades

Deus é algo relacionado a mistério e homem nenhum na face dessa terra tem poderes para revelar,julgar e dizer quem esta condenado ao inferno ou quem merece ou deixa de merecer o amor de Deus.

Esse Deus passado pelas religiões eu não acredito Nele..

“É estupidez pedir aos deuses aquilo que se pode conseguir sozinho”.Epicuro

'Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma'Epicuro

segunda-feira, 14 de março de 2011

Linhas pedagógicas: veja como elas funcionam e qual tem mais a ver com seu filho



Linhas pedagógicas: veja como elas funcionam e qual tem mais a ver com seu filho
Ana Okada

Cada escola usa os preceitos de uma ou mais linhas pedagógicas para "moldar" suas aulas. Essas teorias, no entanto, nem sempre se manifestam puramente no dia a dia dos alunos. Segundo a professora Cecília Hanna Mate, da USP (Universidade de São Paulo), é possível encontrar práticas que utilizam um ou mais aspectos de diversas linhas ao mesmo tempo, assim como é possível haver posturas individuais de escolas que seguem apenas uma dessas tendências.

O que você leva em conta ao escolher a escola do seu filho?

A professora, no entanto, pondera que a metodologia de ensino é apenas um dos fatores que rege a sala de aula: "É fundamental entender que no cotidiano de uma sala de aula há sempre o imprevisível e o imponderável, que as tendências procuram prever, regular, classificar, pois a pedagogia é uma normatização da conduta, da inteligência e do sentimento".

Algumas das linhas pedagógicas mais adotadas nas escolas brasileiras:

Escola comportamentalista
Como funciona: A concepção comportamentalista enfoca a técnica, o processo e o material postos em jogo. O ensino deve ser bem planejado, com materiais instrucionais programados e controlados. O objetivo é que os resultados possam ser mensurados e que o estudante adquira os comportamentos desejados, moldados segundo necessidades sociais determinadas.

Por essa pedagogia, o professor tem como tarefa controlar o tempo e as respostas dos alunos, dando-lhes feedback constantes. O aluno é visto como alguém que pode aprender a partir de estímulos, que são recompensados, caso os objetivos sejam alcançados.

Avaliação: O processo de avaliação é feito por provas, semelhantes às da linha tradicional.

Escola construtivista
Como funciona:No construtivismo, o saber não é passado do docente ao aluno: o estudante é que constrói o conhecimento, por meio da formulação de hipóteses e da resolução de problemas. O objetivo do construtivismo é que o aluno adquira autonomia. A ênfase está no aspecto cognitivo.

As disciplinas são trabalhadas em uma relação mais próxima com os alunos e envolve diversos elementos, como música e dramatização. As séries são organizadas em ciclos.

Avaliação: A linha construtivista foi idealizada para que não houvesse provas, uma vez que o aluno deve construir o conhecimento ao longo das aulas. As escolas, no entanto, podem adaptar esse conceito em suas avaliações.

Apesar de estar muito em voga no Brasil e em muitos países ocidentais, há também muitas controvérsias quanto à aplicabilidade do construtivismo em nossa realidade. Segundo a professora Cecília, falta de condições estruturais (como condições de trabalho dos professores e o número de alunos por sala) e aspectos políticos e ideológicos são alguns dos pontos criticados por especialistas.


Escola freiriana
Como funciona: Pela pedagogia baseada nas ideias de Paulo Freire, que é mais voltada para a alfabetização, os aspectos culturais, sociais e humanos do aluno devem ser levados em conta. Esta postura implica em ouvir o aluno para ajudá-lo a construir confiança, para que ele possa entender o mundo por meio do conhecimento.

Segundo Freire, o conhecimento faz sentido para o estudante quando o transforma em sujeito que pode transformar o mundo. Bom senso, humildade, tolerância, respeito, curiosidade são alguns dos princípios defendidos por essa corrente. A educação se torna uma ferramenta para "libertar" o aluno.

Avaliação: Assim como a linha construtivista, pedagogia de Paulo Freire não prevê provas, mas as escola podem ter avaliações.


Escola montessoriana
Como funciona: A metodologia foi criada pela educadora italiana Maria Montessori e parte do princípio da experiência concreta e da observação. A ideia é que o aluno possa utilizar o conhecimento que já tem como base para a abstração e, assim, assimilar novos conceitos.

As salas de aula das escolas que adotam essa pedagogia têm, em média, 20 alunos e procuram ter diversos materiais para estimular a aprendizagem. Em vez de a professora passar as lições, as atividades ficam dispostas em sala e o aluno escolhe qual irá fazer no dia. Ele deve cumprir os módulos obrigatórios para avançar os estudos. As salas podem ser ordenadas por séries, como no ensino tradicional, ou por ciclos, com mais alunos de idades diferentes na mesma sala.

Segundo a pedagoga e psicopedagoga Edimara Lima, a vantagem do método é que o aluno pode aprender de acordo com seu ritmo: "Quem caminha mais rápido vai mais rápido, e quem precisa ir mais devagar recebe tarefas paralelas para aprender o que precisa". "A criança aprende a fazer escolhas, tem exercício de independência e autonomia."

Avaliação: Pode ter provas ou não, de acordo com a escola. Quando não há provas, a avaliação é feita a partir dos registros que o professor tem sobre a produção do aluno. No final do ensino fundamental e do médio pode haver monografia.


Escola tradicional

Como funciona: Na pedagogia tradicional o professor é a figura central. Ele ensina as matérias de maneira sistematizada e o aluno absorve esses conhecimentos como se fosse uma "tabula rasa". Apesar de vigorar em muitas escolas, essa prática se instituiu por "inércia da burocracia e do cotidiano escolar e pela crença de que o conhecimento era imutável e transmissível", segundo Cecília.

Nas aulas tradicionais, os conhecimentos são concebidos como verdades não sujeitas a variações nem à dependência de contextos, diferentemente de pedagogias mais modernas, em que o estudante deve "construir o conhecimento" e não simplesmente absorvê-lo.

Avaliação: A forma de promoção é a avaliação, que mede a quantidade de conhecimento que foi memorizada. Quem não alcança a pontuação mínima é reprovado e deve cursar a mesma série novamente.

De acordo com a professora, muitas características do ensino tradicional estão presentes no Brasil e no mundo "já que a própria formação de professores ainda é extremamente tradicional".


Escola Waldorf

Como funciona: A pedagogia Waldorf prioriza as necessidades do desenvolvimento do estudante. A trajetória da criança é composta por ciclos de sete anos, nos quais ela tem um tutor. As aulas do ensino infantil nesse sistema tem ênfase em artes e em trabalhos manuais, como marcenaria, culinária etc.

Diferentemente do ensino tradicional, em que os alunos tem preocupações com horários e conteúdo a ser aprendido, na Waldorf o que é levado em conta são as etapas de desenvolvimento do estudante.


Tendência democrática
Como funciona: As escolas democráticas são baseadas na Escola Summerhill, nascida na Inglaterra. Segundo a professora Cecília, elas são uma uma crítica à educação tradicional, que seria baseada no "medo e no controle baseado em ameaças veladas, presenças obrigatórias e outras imposições".

Seu grande diferencial é que seus alunos não são "obrigados" a assistir as aulas obedecendo um cronograma comum, único. Eles escolhem as atividades a fazer de acordo com seus interesses.

Avaliação: Para avaliar os alunos, procura-se abolir também lições de casa e provas; a avaliação é feita por sua participação e por trabalhos que podem ser escritos, artísticos etc.

Uma mensagem para minha irmã que amo muito


Uma mensagem para minha irmã que amo muito

"Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo".

Seremos Sempre Amigos, portanto Sempre Nos Falaremos...

"Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar".

Passaremos os Dias do "Tempo" Juntos, Portanto a Amizade Será Permanente....

"Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará".

Estaremos Sempre Juntos, Portanto Jamáis Nos Afastaremos...

"Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro".

Nossos Encontros Sempre Serão Predestinados, Portanto Voltaremos Juntos...

"Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente".
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre".

...Concordo....

"Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre".

Sempre Sou Crédula, no Amor..!!!!!!!!!!!!!!
Albert Einstein

domingo, 13 de março de 2011

O que é um Churrasco?


O que é um Churrasco?

(Escrito por uma mulher)

O churrasco é a única coisa que um homem sabe cozinhar, e quando um homem se propõe a realizá-lo, ocorre à seguinte cadeia de acontecimentos:

01 - A mulher vai ao supermercado comprar o que é necessário
02 - A mulher prepara a salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa.
03 - A mulher tempera a carne e a coloca numa bandeja com os talheres necessários, enquanto o homem está deitado próximo à churrasqueira, bebendo uma cerveja.
04 - O homem coloca a carne no fogo.
05 - A mulher vai para dentro de casa para preparar a mesa e verificar o cozimento dos legumes.
06 - A mulher diz ao marido que a carne está queimando.
07 - O homem tira a carne do fogo.
08 - A mulher arranja os pratos e os põe na mesa.
09 - Após a refeição, a mulher traz a sobremesa e lava a louça.
10 - O homem pergunta à mulher se ela apreciou não ter que cozinhar e, diante do ar aborrecido da mulher, conclui que elas nunca estão satisfeitas....

DIREITO DE RESPOSTA

(Escrito por um homem)


01 - Nenhum churrasqueiro, em sã consciência, iria pedir à mulher para fazer as compras para um churrasco, pois ela iria trazer cerveja Kaiser, um monte de bifes, asas de frango e uma peça de picanha de 4,8 kg que o açougueiro disse ser 'Ótima', pois não conseguiu empurrar para nenhum homem.
02 - Salada, arroz, farofa, vinagrete e a sobremesa, ela prepara só para as mulheres comerem. Homem só come carne e toma cerveja.
03 - Bandeja com talheres? Só se for para elas. Homem que é homem, come churrasco como tira-gosto e belisca com a mão!
04 - Colocar a carne no fogo??? Tá louca??? A carne tem que ir para a grelha ou para um espeto que, a propósito, tem que ser virado a toda hora.
05 - Legumes??? Como eu já disse, só as mulheres comem isso num churrasco.
06 - Carne queimando??? O homem só deixa a carne queimar quando a mulherada reclama: 'Não gosto de carne sangrando'; 'Isto está muito cru'; 'tá viva??'. Após a décima vez que você oferece o mesmo pedaço que estava ao ponto uma hora antes, elas acabam comendo a carne tão macia quanto o espeto e tão suculenta quanto um pedaço de carvão.
07 - Pratos? Só se for para elas mesmas!
08 - Sobremesa? Só se for mais uma Skol.
09 - Lavar louça? Só usei meus dedos!!! (e limpei na bermuda).

Realmente, as mulheres nunca vão entender o que é um churrasco!!!

Fernando Veríssimo.

A vida em família


A vida em família

A vida em família se caracteriza pelas projeções, transferências e manifestações de sentimentos. Sempre estamos realizando uma dessas condições mesmo que inconscientemente. Quando reencarnamos, não sabemos como vamos encontrar aqueles com os quais contracenaremos na vida material. Criamos expectativas antes e durante o reencarnar. Quando criança, tender-se-á a adotar-se uma postura mais receptiva, mas não passiva, a qual torna o espírito vulnerável às transferências, pois se atribuirão às pessoas poderes e qualidades que nem sempre possuem.

A partir da adolescência, sem que cessem as tendências transferenciais, iniciam-se as projeções que afastarão o espírito por um bom tempo da possibilidade de que se enxergue o si mesmo, vivendo num mundo de personas.

Na vida adulta e até que venha a morte do corpo, as emoções e sentimentos adquiridos ao longo das encarnações bem como aqueles resultantes das experiências da vida atual, estarão em ebulição exigindo direcionamento adequado.

Os conhecimentos intelectuais, que tanto capacitam as pessoas a viver no mundo, são vetores importantes para que o espírito lide adequadamente com seus sentimentos. Estes sim, devem merecer atenção dobrada, pois a natureza humana se move sobre seu terreno movediço. Quando ele se alicerça em bases sólidas, o espírito está pronto para o encontro consigo mesmo. Quando os sentimentos são percebidos e tratados com o contributo da dimensão intelectiva, se constituem em poderosos recursos estruturantes no psiquismo.

O convívio em família requer a percepção das transferências, a eliminação das projeções e a expressão equilibrada dos sentimentos.

Torna-se muito importante, para qualquer filho, os adjetivos empregados pelos pais na convivência com eles. Quanto mais elogiarmos sinceramente nossos filhos, mais eles tenderão a corresponder ao que ouviram. Filhos que foram estimulados pelos pais tendem a alcançar mais sucesso do que aqueles que não foram impulsionados a um futuro promissor. Uma palavra bem colocada, um adjetivo aplicado no momento adequado, podem ser sempre lembrados para o sucesso de uma encarnação.

As relações humanas, além de serem permeadas de projeções e de transferências, se estruturam em cima de papéis pré-definidos que norteiam a comunicação entre as pessoas. Tendemos a 'exigir' que as pessoas assumam modelos de comportamento que criamos e idealizamos. Sempre esperamos que as situações se desenrolem dentro de um esquema tal que não fujam de nossas expectativas. Não gostamos quando as coisas saem de um padrão pré-estabelecido. Nem sempre sabemos lidar com o que nos foge ao controle. Não é difícil observar em família que queremos que cada um siga seu papel e não nos aborreça.

É preciso estar atento para não despejar críticas duras sobre os filhos por eles não estarem fazendo as escolhas que se esperava que fizessem. As escolhas deles podem frustrar as expectativas dos pais, não por rebeldia ou agressão, mas por estarem seguindo o impulso natural, próprio, de crescimento que trazem no íntimo. Educar é flexibilizar ou rever as próprias convicções em favor da singularidade do outro.

Aquele pai funcionou como um pescador de valores nobres para sua filha, pois em tão pouco tempo de convivência nessa encarnação, deixou marcas estruturantes em seu psiquismo.

Nem sempre nos damos conta de que as relações familiares são influenciadas por espíritos que delas participam. A qualidade dessas influências varia de acordo com o tipo de vínculo que entre eles existe. Em face de suas vinculações de natureza afetiva que conservam com seus entes queridos, como também devido a ligações cármicas negativas que os atraem, a atuação dos espíritos pode ou não contribuir para o equilíbrio familiar.

Pode-se considerar que uma família não se constitui apenas de seus membros encarnados, visto que no entorno deles vivem entidades desencarnadas dos mais variados tipos. Nela encontram-se desencarnados cujos laços se devem à atual encarnação ou outros que se encontram vinculados pelo convívio em encarnações passadas. Por outro lado, pode-se encontrar eventualmente numa família espíritos que não tenham nenhum vínculo com ela, mas que ali se encontram por intercessão de terceiros, com os mais variados objetivos.

Considerar a existência desse universo espiritual participante da família propicia a percepção das causas não só de conflitos como também das mais inusitadas alegrias. Não basta crer na existência dos espíritos. Importa considerar suas influências conscientizando-se da relevância que elas têm. Dar-se conta da presença dos espíritos e da influência que exercem constantemente pode ser o diferencial entre famílias. Enquanto ela não se dê conta de suas influências, sofre-lhes as conseqüências, ficando seus membros passivos, tal qual autômatos. Caso os considere como participantes da dinâmica familiar, podem lhes aproveitar a presença para o crescimento espiritual do grupo.

As relações humanas são permeadas por mecanismos psíquicos conscientes e inconscientes. Por este último aspecto nem sempre sabemos os motivos que nos levam a essa ou aquela atitude, pois eles podem nascer das camadas mais profundas da mente até alcançar a consciência. O inconsciente contém experiências (e emoções delas resultantes) acumuladas nas várias encarnações do espírito. Por esse motivo, as relações são influenciadas por outras que tivemos com os mesmos espíritos que hoje renascem e convivem no mesmo teto. Poucos espíritos estão juntos pela primeira vez, pois, via de regra, já se relacionaram antes, no desempenho dos mais diversos papéis sociais.

A lei de Deus nos reúne ao necessário aprendizado e para a manifestação do amor pleno. A vida em família é, portanto, o grande laboratório onde os espíritos reciclam-se para a própria felicidade. É ali onde se reúnem antigos amores e velhos desafetos para que, no desempenho dos papéis familiares, aprendam a se amar verdadeiramente.

Ao reencarnarmos, trazemos gravados os sentimentos que tivemos em relação a cada pessoa que reencontramos. Em nossos arquivos perispirituais constam as mágoas, tanto quanto as gratidões, bem como tudo que foi projetado por nós naquele espírito em vidas passadas. Quando falo em projeção quero dizer aquilo que se configura a imagem da pessoa em nós, carregada das emoções que lhe endereçamos. Se, por exemplo, reencontramos, pela reencarnação, um antigo pai que nos foi muito querido no qual confiávamos e o víamos como uma pessoa provedora, honesta, séria e competente, tenderemos a projetar essa imagem nele caso o reencontremos. Se ele renasce, como irmão consangüíneo, tenderemos a projetar nele a imagem daquele pai, gravada em nós. Em família estamos sempre projetando as emoções gravadas internamente, oriundas do passado, nos espíritos que retornam à nossa convivência. Quando, por algum motivo, aqueles espíritos não retornam à nossa convivência, tenderemos a projetar aquelas imagens em pessoas que ocupem o mesmo papel familiar. No exemplo citado, caso o antigo pai não tenha reencarnado, tender -se-á a exigir do novo pai que ele corresponda à projeção atribuída ao anterior.

Escolhemos entre pessoas que fazem parte de nosso universo consciente, tenhamos ou não relações estreitas com elas, para que ocupem funções de destaque no psiquismo. Queremos que os personagens do universo familiar sejam modelos de perfeição e de caráter. O pai será aquele indivíduo bem sucedido, sábio, experiente, moderno e conselheiro, à semelhança da imagem arquetípica gravada psiquicamente. Da mesma forma o fazemos com a mãe.

Essas imagens são modelos cunhados pela tendência que todos temos de encontrar um pai ou uma mãe exemplares e idealizados. Cristalizamos psiquicamente figuras cujas características se aproximam daqueles modelos e as transformamos em imagens recorrentes na mente inconsciente.

Imaginemos alguém que teve um péssimo pai, na atual ou em outra encarnação. Terá que fazer algum esforço para aceitar um novo pai, mesmo que ele seja efetivamente um bom pai. O mesmo ocorrerá em relação aos outros papéis familiares.

O acúmulo dos papéis resultantes das vidas sucessivas formará internamente uma imagem de pai, que tenderá a ser projetada externamente, sendo que o último exercerá maior influência na encarnação posterior.

Devemos entender que todos temos a tendência arquetípica de projetar nosso mundo interno no externo. As pessoas com quem convivemos servem também para que, inconscientemente, lancemos nosso próprio caráter nelas. Os aspectos inconscientes da personalidade do ser humano são invariavelmente colocados sobre aqueles com os quais nos relacionamos. Daí a importância de analisar a idéia que se tem dos próprios familiares como parte do seu psiquismo inconsciente. Assim pode-se conhecer um pouco mais sobre si mesmo través da relação com o outro, pois nele projetamos boa parte daquilo que somos.

Fundamental para o equilíbrio e a paz em família é o diálogo afetivo entre seus membros, principalmente nos momentos onde a tensão interna da casa ameace a harmonia doméstica. Cabe sempre aos responsáveis pelo lar a iniciativa, não se esperando que; quem não tenha razão peça desculpas ou fale primeiro. Quem compreende mais deve iniciar o processo de harmonização.

Tais diálogos devem também ocorrer fora dos momentos de tensão, quando os ânimos não estejam exaltados. Após as discussões deve-se refletir sobre qual a melhor forma de retomar o diálogo e de que maneira ele deve ser conduzido para não ferir a suscetibilidade dos outros. Será sempre importante observar o tom da voz e as palavras, que devem ser colocadas de forma a expressarem afetividade e amorosidade. Às vezes não conta o que dizemos, mas com que modulação de voz e emoção o fazemos. Uma mesma crítica poderá ser aceita por alguém que tenha dificuldade de admitir que está equivocado, se o fizermos com amorosidade.

Quando conversarmos com alguém, devemos procurar poupar a pessoa do nosso mau humor e da agressividade que porventura tenhamos, pois, caso contrário, estaremos nas mesmas condições de quem assim age conosco e, sabemos por experiência, o quanto tal tratamento é desagradável. A fala amorosa desperta no outro um sentimento recíproco que permite a comunicação num nível profundo, conectando os corações. Foi dessa forma que o Cristo conseguiu atingir as pessoas e perpetuar suas palavras até hoje.

Quando falamos com o coração, quem nos ouve guarda nossas palavras e permite que elas repercutam por muito tempo em sua mente.

Todos nós somos suscetíveis às influências do meio da mesma forma que interferimos nele. Difícil é determinar o que tem mais importância. Não é diferente na vida em família. Todos interferem no grupo como também sofrem interferência dos demais. Porém, há um fator que influencia o grupo familiar e que, de tão sutil, não é percebido por ninguém. Trata-se do modo de ser de cada um que não aparece explicitamente nos atos nem nas palavras e que não é dito, mas que é captado inconscientemente por todos.

- O que não se diz, mas se pensa;

- o que não se expressa, mas se sente;

- o que não se faz, mas se deseja;

moldam o comportamento do outro, exercendo tanta influência quanto o meio e quanto aquilo que é dito e feito pelos demais.

Quando se aconselha que prevaleça o diálogo é também no intuito de diminuir a influência do que não é dito. Quanto mais se exercita o diálogo buscando explicar aquilo que se pretende para com o outro, estreitam-se os laços e se estabelece a confiança mútua.

Tudo que se deseje fazer e que implique em reciprocidade ou atuação por parte de alguém, deve ser explicitado com o máximo de clareza possível. Quanto mais se puder explicar o que se faz, mais se obtém êxito quando o que se quer depende de terceiros.

Quando falta o diálogo na relação com alguém ou quando se economizam as palavras, permite-se que se estabeleça uma certa distância com o outro. Isso contribui para que o outro possa exercer sua imaginação e criatividade para com o desejo de quem lhe aciona. Abre-se um campo imenso de possibilidades para que o outro possa pensar o que lhe aprouver quanto às reais atitudes de quem o busca.

Quando isso se refere aos filhos, cujas personalidades podem ainda estar em vias de consolidação, sobretudo na juventude, torna-se fundamental que a comunicação se estabeleça com muita precisão e clareza.

A vida muito voltada para o trabalho que naturalmente exige atenção, pois sem ele não se sobrevive, limita uma maior aproximação entre as pessoas na família. O diálogo se dá em tempo restrito e as conversas são prejudicadas pelo estresse diário. O cansaço, o sono, dentre outros fatores, interferem na disposição em se conversar com alguém. Muitas vezes, chega-se em casa disposto apenas a ir para a cama. Qualquer outra coisa seja exaustiva demais.

Acresce a essa dificuldade, a natural timidez e dificuldade em falar de si mesmo aos outros. Restringem-se os diálogos às reivindicações, queixas e ao trivial, sem que se tenha o cuidado de abordar questões relevantes da vida de cada um.

As acusações, mesmo que tenham fundamento, que são feitas contra um outro membro da família, tendem a desestabilizar a estrutura familiar e levar dificuldades ao diálogo e ao convívio fraterno. Pode-se abordar alguém que cometeu um equívoco sem acusá-lo ou agredi-lo. Tendo-se o cuidado de colocar a questão com o objetivo de educar e não de punir sumariamente.

As brigas domésticas, as quais ocorrem naturalmente, nunca devem ameaçar o equilíbrio e a harmonia do lar. Quem discute com outra pessoa deve atentar para que, após a discussão, a paz se estabeleça.

Não se pode esquecer que estamos cercados de testemunhas invisíveis, espíritos desencarnados, que participam de nossas vidas, com os mais diversos interesses e que contribuem positiva ou negativamente para o que ocorre em casa.

"Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. (Mateus, 4:19)

Interessante a fala de Jesus no que diz respeito a comparar pessoas a peixes. Parece que ele quis mostrar àqueles pescadores que havia algo mais nobre a fazer além de pescar peixes. Pescar é retirar de dentro da água para fora, isto é, colocar no claro algo que está no escuro; é iluminar o que se encontra nas sombras; é permitir que algo saia do inconsciente para a consciência; é elevar o que está em baixo; é exaltar o que se encontra em situação de inferioridade. Poder-se-ia pensar que o Cristo estaria colocando que é necessário estimular aquele cuja auto-estima se encontra baixa. Suas palavras podem servir para os pais que podem se transformar em pescadores de seus filhos a fim de que eles se sintam confiantes em si mesmos. Nenhuma das palavras do Cristo deve ser entendida apenas em seu sentido genérico ou literal, mas considerando-as como dirigidas ao mundo psíquico de cada um. Ele falava para poucos, pois, naquela época, não havia recursos técnicos de propagação da fala. Comparar pessoas a peixes é mais do que uma figura de retórica. É colocar que cada ser humano pode, com suas palavras e atos, contribuir para estimular o outro em seu processo de desenvolvimento da consciência espiritual. Estimular os filhos é dever dos pais e não lhes exige nenhum preparo especial. Basta que se tenha o cuidado de estar atento a essa necessidade para que eles, um dia, se sintam mais do que peixes no fundo das águas, mas criaturas de Deus, nascidas para a iluminação.

O Cristo convidou pescadores para se transformarem em apóstolos, num ministério diferente do que estavam habituados. Enxergou habilidades que eles mesmos desconheciam que poderiam exercer. Agiu como um pai ao descobrir as potencialidades dos filhos estimulando-os a que as utilizem em suas vidas. Ao convocá-los diretamente transmitiu segurança no que fazia não deixando margem de dúvidas quanto ao que queria. Serviu de guia para aquelas pessoas simples.

Essa é a tarefa que nos cabe diante da indecisão dos filhos.

Iluminar suas consciências para a escolha do caminho mais seguro em suas vidas. Dar-lhes educação doméstica, a qual não pode ser substituída pela educação formal.

Nesse aspecto é também importante para os pais passar aos filhos a confiança no auxílio espiritual, visto que somos seguidos por eles, os filhos, quando reencarnamos. Eles também nos influenciam nas escolhas profissionais e contribuem para que encontremos o melhor caminho de acordo com os planejamentos reencarnatórios que fizemos. Nenhum ser humano é uma ilha, pois mesmo encarnado não se encontra isolado daqueles que fazem parte de sua família espiritual. Saber que contamos com os Bons Espíritos contribui para nosso sucesso.

Tornar-se 'pescador de homens' significa ser capaz de entender a natureza humana e encantar-se com ela iluminando os caminhos dos outros que vêm atrás de nós. Nenhum egoísmo deve fazer parte de nossa vida quando estivermos atuando na educação de nossos filhos. Eles são um dos mais importantes campos de realização nas nossas vidas. Todas as vezes que colocamos o egoísmo à frente de nossas ações, estaremos longe do verdadeiro encontro conosco mesmos, do encontro com o Self.

Cada ser humano pode se tornar o nosso 'peixe', pois poderemos elevá-lo à luz, e assim iluminarmos seu caminho da mesma forma que alcançamos as claridades da superfície.

Adenáuer Novaes

sábado, 12 de março de 2011

Dê uma chance à ética!


Dê uma chance à ética!

O texto é de Roberto Nogueira Ferreira e o poema é de Wladimir Maiakoviski (foto).

O poema de Wladimir Maiakoviski, poeta russo que, oprimido pelo stalinismo se matou em 1930, fez grande sucesso durante a ditadura militar que se instalou no país em 1964. Ele retrata bem a omissão, a alienação do homem enquanto indivíduo diante da opressão e da prepotência dos representantes do estado ditador.

Em pleno século 21, com ditaduras militares fora de moda, convém ao cidadão brasileiro enquanto eleitor, ler e reler Maiakoviski, e no lugar do agente opressor que se vê pisando nosso jardim, veja o político corrupto que começa roubando apenas uma rosa, até chegar ao cinismo descarado como nos mostra a TV, sobre o que ocorre no governo de Brasília. Não podemos deixar que eles nos arranquem a voz e nos transformem em omissos e medrosos. É preciso dar uma chance à ética.



"Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem:

Pisam as flores, matam nosso cão,

E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa,

Rouba-nos lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada."

Cruzando a linha: entre o “normal” e o “anormal”


Cruzando a linha: entre o “normal” e o “anormal”

De acordo com o relatório sobre os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) do estado de São Paulo, publicado em 2010 pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp), cerca de 10% da população precisa de assistência em saúde mental atualmente, seja ela eventual ou contínua. Entre as dez principais causas de incapacitação por doenças em geral, cinco são por transtornos psiquiátricos. Depressão, alcoolismo, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno obsessivo-compulsivo são as mais comuns. O quadro corresponde a 12% do total de incapacitações por doenças em geral e cresce para 23% em países desenvolvidos. No mundo todo, os transtornos mentais são responsáveis por uma média de 31% dos anos vividos com incapacitação.

Ainda que os transtornos mentais representem um sério problema de saúde pública, os embates e polêmicas sobre seus diagnósticos e tratamentos, e sobre os limites entre uma doença e outra ainda são muitos. Ao longo da história da humanidade e, consequentemente, do processo de construção dos conceitos envolvendo psiquiatria, psicanálise e psicologia, diversos conceitos e paradigmas entraram em jogo e, ora se destacavam, ora caíam por terra. Isso porque a ideia de “normalidade” ou “anormalidade” está relacionada, em grande medida, a conceitos históricos, culturais e socialmente elaborados, ainda que relacionados, em grande medida, a questões físico-químico-biológicas que interferem no processo de classificação daquilo que é tido como “transtorno mental”.

Normal x anormal

De acordo com a filosofia, a “normalidade” deve ser entendida como um estado de equilíbrio do organismo, seja do ponto de vista do corpo ou da mente. Segundo João de Fernandes Teixeira, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a sentença “de perto, ninguém é normal” já era em grande medida professada pela filosofia e vem cada vez mais sendo estudada e desenvolvida. Embora os filósofos tenham criticado a existência de padrões de normalidade/anormalidade rígidos nos últimos tempos, uma certa classificação é plenamente possível.

“George Canguilhem, por exemplo, tem um livro clássico sobre o assunto, que se chama O normal e o patológico, em que ele nos diz que não é possível usar critérios externos, universais, para definir normalidade. Entretanto, em The disordered mind: philosophy of mind and mental illness, George Graham, filósofo da mente americano, argumenta que a mente insana é aquela na qual a racionalidade foi profundamente afetada. Embora não possamos nos ver mais como um animal inteiramente racional, os distúrbios da racionalidade, quando em excesso, nos levam à mente insana. Nesse sentido, a insanidade é a incoerência quase total, o que leva também a uma desorganização das emoções – as emoções não estão inteiramente separadas da razão, senão, não seríamos sequer capazes de falar delas”, explica Teixeira.

Segundo o pesquisador da UFSCar, a filosofia da mente nunca se preocupou especificamente com o transtorno mental. O livro de Graham é um dos pioneiros, nesse sentido. Para os estudiosos da área, o transtorno mental é enfocado como um dos tipos de problemas que ocorrem na interação entre mente e cérebro. “Esse é o chamado problema mente-cérebro, e é a principal questão da filosofia da mente. Nesse sentido, há várias perguntas como, por exemplo: ‘a depressão e a tristeza podem afetar o cérebro?’ Ou melhor, ‘como uma série de acontecimentos ruins na vida de uma pessoa pode levar a uma modificação de neurotransmissores?’ E há a pergunta na direção inversa: ‘como drogas biopsiquiátricas podem afetar nossa maneira de pensar?’ ‘Será que elas agem só no cérebro ou também na mente?’”, enumera.

Do ponto de vista psiquiátrico/psicológico, as noções de “normalidade” ou “anormalidade” se definem também por meio de padrões culturais e sociais, mas, principalmente, por meio de reações químico-físico-biológicas. Em doenças graves como esquizofrenia, por exemplo, que compõe o grupo das psicoses, os processos de pensamento, entendimento e processamento de informações ficam desconexos e existem graves alterações no contato com a realidade. O paciente sofre com paranoias, transtornos graves de humor, delírios e alucinações (visuais, sinestésicas, e sobretudo auditivas). Diante de um caso como esse, não fica difícil identificar a “anormalidade”. De modo geral, essas características se repetem em vários dos transtornos mentais, mas existem também transtornos relativamente menos “graves” que são mais difíceis de serem diagnosticados e que dependem, em grande medida, de conceitos históricos e culturais, como a depressão, por exemplo. Embora seu potencial para afetar negativamente a vida das pessoas seja grande – pois leva à incapacitação para realizar atividades comuns do dia-a-dia, como diminuição do apetite, alteração de sono, de peso, ineficiência para processar informações, concatenar ideias e fazer escolhas –, durante muito tempo, a depressão não foi encarada como transtorno, e apenas recentemente passou a ser tratada com a devida seriedade.

De acordo com Laura Helena Silveira Guerra de Andrade, do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), e uma das organizadoras do relatório do Cremesp citado acima, a Classificação Internacional das Doenças (CID), da Organização Mundial de Saúde, e o Diagnostic and Statistic Manual of Mental Disorders (DSM), publicado pela American Psychiatric Association, são os grandes parâmetros para definir esses padrões. “A pessoa tem uma doença se preencher os critérios”, explica Andrade. “Porém, em estudos na população geral, há uma grande porcentagem que tem algum diagnóstico, por exemplo, fobia, mas não tem incapacitação. A incapacitação, o prejuízo em atividades no trabalho, em casa, no relacionamento interpessoal, associada ao diagnóstico é o que realmente implica que a pessoa tem um transtorno que necessita ser tratado”, enfatiza.

De acordo com a psiquiatra, existe uma crença de que as classificações atuais são ateóricas, sem juízos de valor, mas isso tem sido questionado e, segundo ela, não corresponde à verdade. “Tudo depende das circunstâncias. É mais fácil, em casos graves, saber quem é acometido e quem não é. Porém, em casos mais leves, muita coisa depende de valores sociais”, pondera.

Segundo o relatório do Cremesp, a carga dos transtornos mentais não é meramente um reflexo dos índices de psicopatologia, mas de uma série de condições e problemas individuais e da coletividade. Em países desenvolvidos, o uso nocivo ou a dependência de substâncias psicoativas está entre as 10 principais causas de incapacitação, sendo a Doença de Alzheimer e outros quadros demenciais a terceira causa de incapacitação e morte prematura.

Conceitos e paradigmas

Ao longo de suas quatro edições já publicadas, de fato, os DSMs vêm passando por significativas transformações em relação a seus conceitos e procedimentos. A definição de algumas doenças se alterou ao longo dos anos e nas diferentes versões do manual, o que mostra como a compreensão daquilo que é tido como “normal” ou “patológico” muda não apenas conforme os avanços e descobertas da ciência e da tecnologia mas também em relação à cultura e ao período histórico que a rodeia, conformando e modificando conceitos e paradigmas.

No artigo “Classificando as pessoas e suas perturbações: a ‘revolução terminológica’ do DSM III”, Jane Russo e Ana Teresa Venâncio mostram como os conceitos de neurose e homossexualismo, por exemplo, foram caracterizados de diferentes formas ao longo dos anos e das diversas versões do manual. A forma de lidar com os doentes e de compreender e tratar as diferentes manifestações dos transtornos mentais também se alterou ao longo da história e de suas transformações culturais e sociais. Segundo o artigo, havia e ainda há um grande embate conceitual entre a psiquiatria e a psicanálise, e mesmo dentro de cada uma dessas áreas, quando se trata de compreender os distúrbios mentais. A história dos manicômios e a resposta da sociedade a essas instituições ajudam a compreender um pouco desse processo. (Ver reportagens e sobre a história dos manicômios e da reforma psiquiátrica).

De acordo com o relatório do Cremesp, o fato de a faixa etária economicamente ativa sofrer nas últimas décadas forte impacto com problemas sociais graves como desemprego, violência, pobreza, inequidade social, desrespeito aos direitos humanos e, em diversos países, guerras civis e desastres naturais, entre outros, fez com que a população viesse a se tornar muito mais vulnerável a quadros relacionados ao estresse, pós-traumático ou não, e a diversas doenças como depressão, alcoolismo e os transtornos bipolar e obsessivo-compulsivo.

Segundo Teixeira, da UFSCar, a cultura influencia sim, e muito, os limites para aquilo que é tido como “normal” ou “anormal”. “No final do século XIX, falava-se muito em histeria e esse foi o assunto inicial da psicanálise, os famosos Estudos sobre a histeria, de Freud. Hoje em dia, pouco se fala sobre histeria no sentido freudiano e outros transtornos ganharam lugar de destaque, como, por exemplo, as depressões e o transtorno bipolar. As depressões são mais típicas de uma época como a nossa, na qual ‘não há cadeira para todo mundo sentar’, ou seja, em que há excesso de competitividade, o que acaba levando a uma maior existência de ‘perdedores’ do que ‘ganhadores’ e, por isso, um número maior de pessoas acometidas pela depressão, embora essa seja apenas uma das possíveis causas da doença”, acentua.

A classificação e suas implicações

No documentário Omissão de socorro, o cineasta Olívio Tavares de Araújo mostra a dura realidade dos doentes mentais depois da política de extinção dos leitos psiquiátricos no sistema público de saúde. Araújo já havia rodado, na década de 1980, um filme sobre travestis vivendo de prostituição, e outro, no início da década de 1990, sobre soropositivos, quando a aids ainda era uma doença inevitavelmente fatal. O cineasta conta que teve problemas parecidos durante a produção dos três filmes. “O principal é que da classe média baixa para cima, ninguém quer se expor. Acabam predominando, de longe, as personagens pobres, e é preciso muito cuidado para não ficar parecendo que o problema tratado afeta só a pobres. Senão, o cara vê o filme e diz: ‘Ah, mas isso é lá com eles. Eu estou fora’. Em todas as minorias (‘loucos’, soropositivos, deficientes físicos, negros, homossexuais etc.), a resposta é absolutamente simples e transparente. Ninguém quer olhar para as próprias feridas, sejam elas já existentes, sejam apenas possíveis de acontecer um dia. No caso da ‘loucura’, então, já imaginou? Até pessoas das mais esclarecidas têm medo de psiquiatra. Soma-se o terror do desconhecido, do incontrolável, do abismo”, aponta Araújo. “Acho que o filme deixa absolutamente evidente a diferença entre doentes tratados e não tratados, e mostra que em muitos casos, o tratamento passa forçosamente pelo hospital. Doença não tem ideologia”, destaca.

Para Teixeira, da UFSCar, essa dicotomia entre o “normal” e o “anormal” prejudica, e muito, a vida em sociedade, porque faz com que o “diferente” não seja aceito e acabe sendo até mesmo recriminado e escondido. “Tenho a impressão de que nunca vivemos uma época em que se tenta ‘normalizar’ as pessoas tanto quanto a atual. O desvio, mas também a originalidade, são fortemente coibidos atualmente. Todo mundo tem de ser igual. Esse, aliás, é o pano de fundo da neurociência hoje em dia: todos são iguais porque têm um cérebro igual. Acho isso tão ridículo como dizer que os cardápios de todos os restaurantes do mundo deveriam ser iguais porque temos todos um estômago igual. Com esse discurso, tenta-se eliminar as diferenças e, entre elas, os grupos diferentes”, argumenta. “Recentemente, o presidente do Irã declarou que no seu país não há homossexuais. Nunca vi nada tão forte no sentido de enquadrar as pessoas na ‘normalidade’. Mas ele não é o único caso. Muitas culturas fazem um discurso que pretende eliminar a exclusão, a homofobia etc, mas acho que fica só no nível do discurso. Claro que não quero dizer que as leis não devam existir, mas se soubéssemos lidar bem com as diferenças, não precisaríamos de legislação que punisse a discriminação”, aponta o filósofo.

Para saber mais:

Roda Viva, com o psiquiatra Valentim Gentil Filho:

Documentário Omissão de Socorro, de Olívio Tavares de Araújo:

Por Cristiane Paião 10/03/2011